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As vogais pretÃnicas no falar popular de Fortaleza: uma abordagem variacionista / The pretonic medium vowels in the popular speech of Fortaleza: a variationist approach

Aluiza Alves de AraÃjo 05 December 2007 (has links)
nÃo hà / Sob a perspectiva variacionista, defendida, principalmente, por Weinreich, Labov e Herzog (1968) e Labov (1972, 1994), este estudo aborda a realizaÃÃo variÃvel das vogais mÃdias pretÃnicas /e/ e /o/, em posiÃÃo interconsonÃntica, com o propÃsito de descrever o comportamento variÃvel das vogais mÃdias prÃ-acentuadas na variedade do portuguÃs popular dos fortalezenses. A escolha por um aspecto fÃnico, como matÃria de estudo, justifica-se, em primeiro lugar, por ser o nÃvel fonÃtico o que mais, imediatamente, denuncia as diferenÃas sociais e regionais; e, em segundo, por ser o comportamento das vogais mÃdias pretÃnicas, um dos fatos lingÃÃsticos que permitem reconhecer as diversas Ãreas dialetais do portuguÃs. Os 72 informantes utilizados, nesta pequisa, foram estratificados, igualitariamente, em funÃÃo do sexo, da faixa etÃria e da escolaridade. Nesta anÃlise, foram testados os seguintes fatores: vogal tÃnica, vogal Ãtona seguinte, distÃncia em relaÃÃo à tÃnica, tipo de atonicidade, nasalidade, contexto fonolÃgico precedente e seguinte, tipo de sÃlaba, estrutura morfolÃgica, sexo, faixa etÃria e escolaridade. A hipÃtese principal era a de que a pretÃnica copiava o traÃo de altura da vogal tÃnica. Os resultados obtidos revelam que as variantes abertas, tanto as de /e/ quanto as de /o/, predominam, maciÃamente, sobre as fechadas e altas. Confirmou-se a suspeita de que o fenÃmeno em questÃo à regido, primordialmente, pela harmonizaÃÃo vocÃlica da pretÃnica em relaÃÃo à altura da tÃnica. No entanto, outros fatores, tanto de natureza lingÃÃstica quanto extralingÃÃstica, tambÃm podem favorecer ou desfavorecer a regra variÃvel, dentre os quais, destacam-se: o contexto consonÃntico precedente e seguinte, o tipo de atonicidade, a faixa etÃria e a escolaridade. Pode-se concluir que a variaÃÃo das pretÃnicas se apresenta como um fenÃmeno sistÃmico, ou seja, condicionado, basicamente, por fatores estruturais. / Under the variationist perspective, mainly defended by Weinreich, Labov and Herzog (1968) and Labov (1972, 1994), this study approaches the variable realization of the medium pretonic vowels /e/ and /o/, in interconsonantal position, aiming at describing the variable behavior of the pre-stressed medium vowels in the popular variable of the Portuguese language spoken by the people from the city of Fortaleza. The choice of a phonic aspect for this study is mainly justified by the fact that the phonetic level is the one which immediately shows the social and regional differences; besides, the behavior of the medium pretonic vowels is one of the linguistic facts that permits the recognition of the various dialectal areas of the Portuguese language. The 72 participants in this research were equally stratified, according to gender, age and school level. The following factors were tested in this analysis: tonic vowel, following non-tonic vowel, distance in relation to the tonic, kind of non-tonic vowel, nasality, pre and post phonological context, type of syllable, morphological structure, gender, age and school level. The main hypothesis was that the pre-tonic would copy the pitch feature of the tonic vowel. The results reveal that the open variable vowels, the /e/ and the /o/, appear in a greater number than the closed and high ones. We confirmed the idea that this phenomenon is mainly led by the vocalic harmonization of the pre-tonic related to the height of the tonic one. However, there are other factors, either linguistic or extra-linguistic, that can either favor or not the variable rule. Some of these factors are: the pre and post consonant context, the type of unstressed vowels, the age and the school level. Thus, the pre-tonics variation is a systemic phenomenon, that is, it is basically conditioned by structural factors.
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As vogais pretônicas no falar popular de Fortaleza: uma abordagem variacionista / The pretonic medium vowels in the popular speech of Fortaleza: a variationist approach

Araújo, Aluiza Alves de January 2007 (has links)
ARAÚJO, Aluiza Alves de. As vogais pretônicas no falar popular de Fortaleza: uma abordagem variacionista. 2007. 152f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortaleza-CE, 2007. / Submitted by nazareno mesquita (nazagon36@yahoo.com.br) on 2012-06-26T13:31:29Z No. of bitstreams: 1 2007_tese_ALAraujo.pdf: 1223499 bytes, checksum: 2fef4e6ab89ff5a2d18017063d31e33c (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-08-02T14:36:23Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2007_tese_ALAraujo.pdf: 1223499 bytes, checksum: 2fef4e6ab89ff5a2d18017063d31e33c (MD5) / Made available in DSpace on 2012-08-02T14:36:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2007_tese_ALAraujo.pdf: 1223499 bytes, checksum: 2fef4e6ab89ff5a2d18017063d31e33c (MD5) Previous issue date: 2007 / Under the variationist perspective, mainly defended by Weinreich, Labov and Herzog (1968) and Labov (1972, 1994), this study approaches the variable realization of the medium pretonic vowels /e/ and /o/, in interconsonantal position, aiming at describing the variable behavior of the pre-stressed medium vowels in the popular variable of the Portuguese language spoken by the people from the city of Fortaleza. The choice of a phonic aspect for this study is mainly justified by the fact that the phonetic level is the one which immediately shows the social and regional differences; besides, the behavior of the medium pretonic vowels is one of the linguistic facts that permits the recognition of the various dialectal areas of the Portuguese language. The 72 participants in this research were equally stratified, according to gender, age and school level. The following factors were tested in this analysis: tonic vowel, following non-tonic vowel, distance in relation to the tonic, kind of non-tonic vowel, nasality, pre and post phonological context, type of syllable, morphological structure, gender, age and school level. The main hypothesis was that the pre-tonic would copy the pitch feature of the tonic vowel. The results reveal that the open variable vowels, the /e/ and the /o/, appear in a greater number than the closed and high ones. We confirmed the idea that this phenomenon is mainly led by the vocalic harmonization of the pre-tonic related to the height of the tonic one. However, there are other factors, either linguistic or extra-linguistic, that can either favor or not the variable rule. Some of these factors are: the pre and post consonant context, the type of unstressed vowels, the age and the school level. Thus, the pre-tonics variation is a systemic phenomenon, that is, it is basically conditioned by structural factors. / Sob a perspectiva variacionista, defendida, principalmente, por Weinreich, Labov e Herzog (1968) e Labov (1972, 1994), este estudo aborda a realização variável das vogais médias pretônicas /e/ e /o/, em posição interconsonântica, com o propósito de descrever o comportamento variável das vogais médias pré-acentuadas na variedade do português popular dos fortalezenses. A escolha por um aspecto fônico, como matéria de estudo, justifica-se, em primeiro lugar, por ser o nível fonético o que mais, imediatamente, denuncia as diferenças sociais e regionais; e, em segundo, por ser o comportamento das vogais médias pretônicas, um dos fatos lingüísticos que permitem reconhecer as diversas áreas dialetais do português. Os 72 informantes utilizados, nesta pequisa, foram estratificados, igualitariamente, em função do sexo, da faixa etária e da escolaridade. Nesta análise, foram testados os seguintes fatores: vogal tônica, vogal átona seguinte, distância em relação à tônica, tipo de atonicidade, nasalidade, contexto fonológico precedente e seguinte, tipo de sílaba, estrutura morfológica, sexo, faixa etária e escolaridade. A hipótese principal era a de que a pretônica copiava o traço de altura da vogal tônica. Os resultados obtidos revelam que as variantes abertas, tanto as de /e/ quanto as de /o/, predominam, maciçamente, sobre as fechadas e altas. Confirmou-se a suspeita de que o fenômeno em questão é regido, primordialmente, pela harmonização vocálica da pretônica em relação à altura da tônica. No entanto, outros fatores, tanto de natureza lingüística quanto extralingüística, também podem favorecer ou desfavorecer a regra variável, dentre os quais, destacam-se: o contexto consonântico precedente e seguinte, o tipo de atonicidade, a faixa etária e a escolaridade. Pode-se concluir que a variação das pretônicas se apresenta como um fenômeno sistêmico, ou seja, condicionado, basicamente, por fatores estruturais.

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