Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Esta tese é um estudo do imaginário da felicidade no discurso prescritivo/terapêutico de um gênero jornalístico caracterizado por oferecer conselhos, orientações, fórmulas e modelos para a condução da vida em diferentes esferas aqui denominado imprensa conselheira . O objetivo é compreender como daí emerge uma concepção de felicidade cujos aspectos problemáticos seriam abrandados, contrastando com a imagem dessa experiência que emana dos diagnósticos da subjetividade moderna empenhados em denunciar os males da civilização. A partir do exame das imagens dos estados aprazíveis e dos mal-estares elaboradas nesse discurso, dos princípios subjacentes que as organizam e dos aspectos estruturais do aconselhamento midiático à luz da noção de pacificação, formula-se uma interpretação da tendência do imaginário do discurso prescritivo/terapêutico a dissolver os impasses e conflitos identificados como peculiares à experiência moderna da felicidade. Essa interpretação se articula em torno da ideia de controle das emoções e de uma percepção mais geral de que a mídia proporcionaria experiências emocionais num quadro imaginário e que elas seriam caracterizadas pelo abrandamento ou supressão dos aspectos problemáticos. / This thesis contains a study of the imaginary of happiness in the prescriptive/therapeutic discourse of a journalistic style characterized by providing counseling, guidance, formulas and models for people to carry out their lives in different spheres herein named counseling press. The aim is to understand how a concept of happiness, whose problematic aspects would be softened, emerges from it, contrasting with the image of this experience that comes from the diagnosis of modern subjectivity, driven to denounce the illness of civilization. From the analysis of the images of states of easiness and uneasiness , the subjacent principles that underlie them and the structural aspects of press counseling in the light of the notion of pacification, an interpretation of the trend of the imaginary of the prescriptive/therapeutic discourse is formulated to wipe out impasses and conflicts identified as peculiar to the modern experience of happiness. Said interpretation articulates itself around the idea of the control of emotions and of a more general perception that media would provide emotional experiences in an imaginary picture, and that they would be characterized by the softening or suppression of problematical aspects.

Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Esta tese é um estudo do imaginário da felicidade no discurso prescritivo/terapêutico de um gênero jornalístico caracterizado por oferecer conselhos, orientações, fórmulas e modelos para a condução da vida em diferentes esferas aqui denominado imprensa conselheira . O objetivo é compreender como daí emerge uma concepção de felicidade cujos aspectos problemáticos seriam abrandados, contrastando com a imagem dessa experiência que emana dos diagnósticos da subjetividade moderna empenhados em denunciar os males da civilização. A partir do exame das imagens dos estados aprazíveis e dos mal-estares elaboradas nesse discurso, dos princípios subjacentes que as organizam e dos aspectos estruturais do aconselhamento midiático à luz da noção de pacificação, formula-se uma interpretação da tendência do imaginário do discurso prescritivo/terapêutico a dissolver os impasses e conflitos identificados como peculiares à experiência moderna da felicidade. Essa interpretação se articula em torno da ideia de controle das emoções e de uma percepção mais geral de que a mídia proporcionaria experiências emocionais num quadro imaginário e que elas seriam caracterizadas pelo abrandamento ou supressão dos aspectos problemáticos. / This thesis contains a study of the imaginary of happiness in the prescriptive/therapeutic discourse of a journalistic style characterized by providing counseling, guidance, formulas and models for people to carry out their lives in different spheres herein named counseling press. The aim is to understand how a concept of happiness, whose problematic aspects would be softened, emerges from it, contrasting with the image of this experience that comes from the diagnosis of modern subjectivity, driven to denounce the illness of civilization. From the analysis of the images of states of easiness and uneasiness , the subjacent principles that underlie them and the structural aspects of press counseling in the light of the notion of pacification, an interpretation of the trend of the imaginary of the prescriptive/therapeutic discourse is formulated to wipe out impasses and conflicts identified as peculiar to the modern experience of happiness. Said interpretation articulates itself around the idea of the control of emotions and of a more general perception that media would provide emotional experiences in an imaginary picture, and that they would be characterized by the softening or suppression of problematical aspects.