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Estudo da atividade anti-inflamatória e toxicológica em extratos de corais do gênero Tubastraea / Extracts of the coral genus Tubastraea: anti-inflamatory and toxicologic activities studies

Vanessa Gomes Santos 25 February 2013 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O ambiente marinho é um dos ecossistemas mais diversos e complexos em termos de biodiversidade. As condições químicas, físicas e biológicas desse ambiente favorecem a produção de uma variedade de substâncias pela biota, transformando os produtos naturais marinhos em um dos recursos promissores na pesquisa por novos compostos bioativos. O gênero Tubastraea (Scleractinia, Dendrophylliidae) inclui corais ahermatípicos que produzem compostos secundários bioativos em situações de competição. No estado do Rio de Janeiro são encontradas duas espécies invasoras desse gênero, Tubastraea coccinea e Tubastraea tagusensis. A primeira é amplamente distribuída nas águas tropicais do Atlântico e do Pacífico, e a segunda é nativa do leste do pacífico, ambas invasoras no Atlântico Sul. Este trabalho objetiva avaliar as atividades anti-inflamatória, antioxidante e toxicológica de extratos metanólicos de T. coccinea e T. tagusensis. As colônias de Tubastraea foram coletadas na Baía de Ilha Grande, Rio de Janeiro - Brasil e extraídas com metanol. A caracterização química foi realizada através da espectroscopia ultravioleta, visível e de infravermelho. Ação anti-inflamatória foi avaliada pelo modelo in vivo de edema em pata de camundongo induzido por carragenina. Atividade sequestrante de radicais livres foi avaliada pelo método do DPPH. Na avaliação toxicológica utilizamos o ensaio Salmonella/microssoma, na presença e ausência de ativação metabólica exógena, o teste in vitro de micronúcleo com células de macrófagos de rato e o teste de mortalidade com o microcrustáceo Artemia salina. Foi possível a distinção dos grupos químicos presentes nos extratos, com os resultados encontrados sendo corroborados com os presentes na literatura. Os extratos de ambas as espécies apresentaram inibição significativa no edema da pata nas doses testadas, em relação ao veículo. Ambos os extratos demonstraram capacidade pela captura do radical DPPH. Atividades citotóxica e mutagênica na ausência de metabolização exógena não foram observadas para as linhagens TA97, TA98 e TA102 nas duas espécies; para a TA100 o extrato de T. coccinea induziu citotoxidade na concentração de 50 g/placa. Os dois extratos induziram citotoxicidade na presença de metabolização exógena para a cepa TA98, tendo sido detectada também indução de mutagenicidade nesta linhagem para T. coccinea. Os extratos não foram capazes de induzir a formação de micronúcleos e não foram tóxicos para o microcrustáceo A. salina. A resposta inibitória do edema após 2 h da indução indica que os compostos presentes nos extratos atuam na segunda fase da inflamação, possivelmente pela inibição da produção de prostaglandinas. Os resultados sugerem que os extratos das espécies T. coccinea e T. tagusensis apresentam substâncias com potencial uso farmacológico, como agente anti-inflamatório e antioxidante. / The marine environment is one of the most diverse and complex ecosystems in terms of biodiversity. The conditions of chemical, physical and biological environment enables the production of a variety of substances by the biota, transforming the marine natural products resources on a promising research for new bioactive compounds. The genus Tubastraea (Scleractinia, Dendrophylliidae) includes ahermatypic corals that produce bioactive secondary compounds in competitive situations. In the state of Rio de Janeiro are found two invasive species of this genus, Tubastraea coccinea and Tubastraea tagusensis. The first is widely distributed in the tropical waters of the Atlantic and Pacific, and the second is native to the eastern Pacific, both are invasive in the South Atlantic. This study is focused on the anti-inflammatory, antioxidant and toxicological evaluation of methanol extracts of T. coccinea and T. tagusensis. Tubastraea colonies were collected in the Ilha Grande Bay, Rio de Janeiro - Brazil and extracted with methanol. Chemical characterization was performed by spectroscopies ultraviolet, visible and infrared. Anti-inflammatory properties were assessed by in vivo carrageenan-induced mouse paw oedema. Radical scavenging was evaluated by DPPH method. In toxicological evaluation Salmonella/microsome mutagenicity assay, in the presence and absence of exogenous metabolic activation, the in vitro mammalian cell micronucleus test and mortality test to brine shrimp Artemia salina were performed. Distinct chemical groups in extracts were found, with the results being corroborated with the literature. The extracts from both species showed significant inhibition of paw oedema at the doses tested, in relation to the vehicle. Both extracts showed DPPH radicals scavenger capacity. Cytotoxic and mutagenic activities in the absence of exogenous metabolism were not observed for TA97, TA98 and TA102 strains by both species. T. coccinea extract induced cytotoxicity in TA100 at 50 μg/placa. Both extracts induced cytotoxicity in the presence of exogenous metabolism for TA98 strain, and was also detected induction of mutagenicity by T. coccinea extract. The extracts were unable to induce micronucleus formation and were not toxic to the brine shrimp assay. The inhibitory response of carrageenan-induced mouse paw oedema after two hours indicates that the compounds present in the extracts act on the second stage of inflammation, possibly by inhibiting prostaglandin production. The results suggest that the extracts of the species T. coccinea and T. tagusensis contain pharmacological substances with potential use as anti-inflammatory and antioxidant.
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Estudo da atividade anti-inflamatória e toxicológica em extratos de corais do gênero Tubastraea / Extracts of the coral genus Tubastraea: anti-inflamatory and toxicologic activities studies

Vanessa Gomes Santos 25 February 2013 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O ambiente marinho é um dos ecossistemas mais diversos e complexos em termos de biodiversidade. As condições químicas, físicas e biológicas desse ambiente favorecem a produção de uma variedade de substâncias pela biota, transformando os produtos naturais marinhos em um dos recursos promissores na pesquisa por novos compostos bioativos. O gênero Tubastraea (Scleractinia, Dendrophylliidae) inclui corais ahermatípicos que produzem compostos secundários bioativos em situações de competição. No estado do Rio de Janeiro são encontradas duas espécies invasoras desse gênero, Tubastraea coccinea e Tubastraea tagusensis. A primeira é amplamente distribuída nas águas tropicais do Atlântico e do Pacífico, e a segunda é nativa do leste do pacífico, ambas invasoras no Atlântico Sul. Este trabalho objetiva avaliar as atividades anti-inflamatória, antioxidante e toxicológica de extratos metanólicos de T. coccinea e T. tagusensis. As colônias de Tubastraea foram coletadas na Baía de Ilha Grande, Rio de Janeiro - Brasil e extraídas com metanol. A caracterização química foi realizada através da espectroscopia ultravioleta, visível e de infravermelho. Ação anti-inflamatória foi avaliada pelo modelo in vivo de edema em pata de camundongo induzido por carragenina. Atividade sequestrante de radicais livres foi avaliada pelo método do DPPH. Na avaliação toxicológica utilizamos o ensaio Salmonella/microssoma, na presença e ausência de ativação metabólica exógena, o teste in vitro de micronúcleo com células de macrófagos de rato e o teste de mortalidade com o microcrustáceo Artemia salina. Foi possível a distinção dos grupos químicos presentes nos extratos, com os resultados encontrados sendo corroborados com os presentes na literatura. Os extratos de ambas as espécies apresentaram inibição significativa no edema da pata nas doses testadas, em relação ao veículo. Ambos os extratos demonstraram capacidade pela captura do radical DPPH. Atividades citotóxica e mutagênica na ausência de metabolização exógena não foram observadas para as linhagens TA97, TA98 e TA102 nas duas espécies; para a TA100 o extrato de T. coccinea induziu citotoxidade na concentração de 50 g/placa. Os dois extratos induziram citotoxicidade na presença de metabolização exógena para a cepa TA98, tendo sido detectada também indução de mutagenicidade nesta linhagem para T. coccinea. Os extratos não foram capazes de induzir a formação de micronúcleos e não foram tóxicos para o microcrustáceo A. salina. A resposta inibitória do edema após 2 h da indução indica que os compostos presentes nos extratos atuam na segunda fase da inflamação, possivelmente pela inibição da produção de prostaglandinas. Os resultados sugerem que os extratos das espécies T. coccinea e T. tagusensis apresentam substâncias com potencial uso farmacológico, como agente anti-inflamatório e antioxidante. / The marine environment is one of the most diverse and complex ecosystems in terms of biodiversity. The conditions of chemical, physical and biological environment enables the production of a variety of substances by the biota, transforming the marine natural products resources on a promising research for new bioactive compounds. The genus Tubastraea (Scleractinia, Dendrophylliidae) includes ahermatypic corals that produce bioactive secondary compounds in competitive situations. In the state of Rio de Janeiro are found two invasive species of this genus, Tubastraea coccinea and Tubastraea tagusensis. The first is widely distributed in the tropical waters of the Atlantic and Pacific, and the second is native to the eastern Pacific, both are invasive in the South Atlantic. This study is focused on the anti-inflammatory, antioxidant and toxicological evaluation of methanol extracts of T. coccinea and T. tagusensis. Tubastraea colonies were collected in the Ilha Grande Bay, Rio de Janeiro - Brazil and extracted with methanol. Chemical characterization was performed by spectroscopies ultraviolet, visible and infrared. Anti-inflammatory properties were assessed by in vivo carrageenan-induced mouse paw oedema. Radical scavenging was evaluated by DPPH method. In toxicological evaluation Salmonella/microsome mutagenicity assay, in the presence and absence of exogenous metabolic activation, the in vitro mammalian cell micronucleus test and mortality test to brine shrimp Artemia salina were performed. Distinct chemical groups in extracts were found, with the results being corroborated with the literature. The extracts from both species showed significant inhibition of paw oedema at the doses tested, in relation to the vehicle. Both extracts showed DPPH radicals scavenger capacity. Cytotoxic and mutagenic activities in the absence of exogenous metabolism were not observed for TA97, TA98 and TA102 strains by both species. T. coccinea extract induced cytotoxicity in TA100 at 50 μg/placa. Both extracts induced cytotoxicity in the presence of exogenous metabolism for TA98 strain, and was also detected induction of mutagenicity by T. coccinea extract. The extracts were unable to induce micronucleus formation and were not toxic to the brine shrimp assay. The inhibitory response of carrageenan-induced mouse paw oedema after two hours indicates that the compounds present in the extracts act on the second stage of inflammation, possibly by inhibiting prostaglandin production. The results suggest that the extracts of the species T. coccinea and T. tagusensis contain pharmacological substances with potential use as anti-inflammatory and antioxidant.

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