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A RACIONALIDADE PEDAGÃGICA NO PROCESSO DE CORPORIFICAÃÃO DO CURRÃCULO QUE FORMA O PROFESSOR NA UNIVERSIDADE. / Pedagogic rationality in the process of corporation of the curriculum that forms the professor in the universityAdriana Campani 07 January 2008 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Apresentamos, nesse estudo, uma reflexÃo sobre a racionalidade pedagÃgica que produz a formaÃÃo do professor na Universidade a partir de uma anÃlise sobre o processo de corporificarÃo dos currÃculos das licenciaturas no contexto de reforma curricular da Universidade Estadual Vale do AcaraÃ, situada em Sobral-CE. Analisamos os elementos constituÃdores dessa racionalidade a partir das formas de subjetivaÃÃo docente, produzidas pelo discurso pedagÃgico presente nas polÃticas de formaÃÃo do professor nas licenciaturas no Brasil e no processo de corporificaÃÃo dos currÃculos desses cursos no contexto de reforma curricular institucional. Defendemos a tese de que a racionalidade pedagÃgica produzida no processo de corporificarÃo dos currÃculos das licenciaturas na Universidade institui regras e modelos de ser e de conhecer do professor, à histÃrica, regionalizada e produzida no campo de luta e produÃÃo cultural; portanto, ela à uma epistemologia socialmente construÃda. Com base em nossos estudos teÃricos, compreendemos que o discurso pedagÃgico sobre a formaÃÃo do professor à uma prÃtica que envolve poder-saber e tÃcnicas de efeitos produtivos e prÃticos sobre os sujeitos e objetos. à um discurso que disputa formas de subjetividades e demarca diferenciaÃÃes, presenÃas, exclusÃes, saberes e verdades acerca do como pensar, ser e agir do docente. Identificamos esses âdispositivosâ no discurso oficial das Diretrizes Curriculares para formaÃÃo de professores, que estipula regras de poder que normatiza verdades sobre os professores e sua existÃncia e produzem formas de saberes que disputam modelos hegemÃnicos de subjetivaÃÃo docente, cujo poder de regulaÃÃo està no papel que o prÃprio docente passa a exercer quando sua competÃncia à vinculada a desenvolver formas inventivas para o seu prÃprio aprisionamento. No entanto, a anÃlise sobre a recontextualizaÃÃo desse discurso no contexto da prÃtica de reforma curricular identificou campos discursivos de novas relaÃÃes de saber-poder instituÃdas para resistir a essa regulaÃÃo. Constatamos que as decisÃes curriculares nas licenciaturas da UVA foram frutos de relaÃÃes conflituosas que disputaram territÃrio, identidade, autonomia e autoridade curricular com o conhecimento pedagÃgico na formaÃÃo do professor e a racionalidade pedagÃgica produzida no processo de reforma emergiu das condiÃÃes institucionais, a partir das quais houve interesse de mudanÃa, mas tambÃm de regulaÃÃo. AlÃm disso, entende-se que o conhecimento corporificado no currÃculo à tanto o resultado de relaÃÃes de poder quanto o constituidor das mesmas. A contribuiÃÃo dessa pesquisa à fornecer elementos para compreender que a racionalidade pedagÃgica que forma o professor na universidade se estrutura em um processo arenoso de disputa de subjetividade docente.
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