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Enfrentamentos ao racismo e discriminações na educação superior: experiências de mulheres negras na construção da carreira docente

Silva, Maria de Lourdes 28 June 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:35:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 5412.pdf: 2049837 bytes, checksum: 41242ba2c5f20e445622dfbae3a30dd0 (MD5) Previous issue date: 2013-06-28 / This research, based on the experiences of four black women teachers in public universities in the State of Mato Grosso do Sul, aimed to understand how black women teachers who opted politically by facing racism and discrimination have been building their careers in Higher Education. And also understand the strategies that rely on the support received and the constitution of being women, black and teachers at this level of education. The question that guided this research was: How black women teachers with the option of facing racism and discrimination build their careers in Higher Education? The theoretical-methodological approach was built on the Phenomenology. Data collection was done through lengthy conversations, inspired already done by King (1996, 2000) and Machado (2007). The analysis is supported unleashed on principles and procedures as, among others, from: Silva, P. B. G. (1987), Silva, D. V. (2009); Bernardes (1992), and T. Nobrega P. (2010). The results reaffirm that black women constitute persons in unfavorable conditions, by virtue of their descent from the African people who were enslaved in Brazil, and their ethnic-racial roots being disrespected. These conditions require them to strengthen their identities as women, blacks, and to challenge and overcome the conditions imposed by the joints between male domination, sexism, racism and capitalism. The participants expressed that they have built their careers as teachers in higher education, facing racism and discrimination. Therefore, seek training opportunities and improvement, act comprometidamente movements aimed at social, political, academic and educational. Jogging dialogical educational processes that enable them to educate themselves and educate others to ethno-racial fairer, equitable and supportive. To do this they had to seek strategies triggered learning in family, support from friends, colleagues teachers, former teachers of their training routes and militancy. Activism in humanitarian causes enables them to strengthen the pride of their ethnic-racial, protecting them from misfortunes and at the same time, enabling them to cope with hostile situations with courage and consciousness of blackness. / Esta pesquisa, pautada nas experiências de quatro mulheres negras professoras em universidades públicas do Estado de Mato Grosso do Sul, teve por objetivo compreender como mulheres negras professoras que optaram politicamente pelo enfrentamento ao racismo e às discriminações vêm construindo suas carreiras na Educação Superior. E, igualmente compreender as estratégias de que se valem e os apoios recebidos na constituição de serem mulheres, negras e professoras nesse nível de ensino. A questão que orientou esta investigação foi: Como mulheres negras, professoras com opção de enfrentamento ao racismo e discriminações constroem suas carreiras na Educação Superior? A postura teórico-metodológica foi construída com base na Fenomenologia. A coleta de dados foi feita por meio de conversas prolongadas, inspiradas no já realizado por King (1996, 2000) e Machado (2007). A análise se desencadeou apoiada em princípios e procedimentos conforme, entre outros, os de: Silva, P. B. G. (1987); Silva, D. V. (2009); Bernardes (1992); e, Nóbrega T. P. (2010). Os resultados reafirmam que mulheres negras se constituem pessoas em condições desfavoráveis, em virtude de descenderem de pessoas africanas que foram escravizadas no Brasil e, de suas raízes étnico-raciais serem desrespeitadas. Essas condições, as obrigam a fortalecer suas identidades como mulheres, negras, bem como a desafiar e superar condições impostas pelas articulações entre machismo, sexismo, capitalismo e racismo. As participantes manifestaram que têm construído suas carreiras de docentes na educação superior, enfrentando racismo e discriminações. Para tanto, buscam oportunidades de formação e aperfeiçoamento, atuam comprometidamente em movimentos que visam transformações sociais, políticas, acadêmicas e educacionais. Movimentam-se dialogicamente em processos educativos que lhes permitem se educar e educar as outras pessoas para relações étnico-raciais mais justas, equânimes e solidárias. Para tanto, tiveram de buscar estratégias em aprendizados desencadeados na família, no apoio de amigos, colegas professores, antigos professores de seus percursos de formação e da militância. O ativismo em causas humanitárias lhes possibilita fortalecer o orgulho do pertencimento étnico-racial, resguardando-as de infortúnios e, ao mesmo tempo, possibilitando-lhes enfrentar situações hostis, com consciência de negritude e coragem.

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