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Distribuição, tamanho populacional e conservação de Mimus gilvus (Aves: Mimidae) no Estado do Rio de Janeiro / Geographic distribution, population size and conservation of Mimus gilvus (Aves: Mimidae) in the State of Rio de JaneiroMariana Santos Zanon 23 February 2010 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A extensão da distribuição geográfica e a abundância local se combinam para determinar o tamanho populacional total das espécies. Entretanto, tais atributos são desconhecidos para a maioria das aves. Isso representa um problema para a conservação das espécies, baseada primariamente na manutenção do número e distribuição destas. A União
Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), por exemplo, adota a distribuição geográfica e o tamanho populacional como critérios para avaliação de ameaça de extinção de espécies. Mimus gilvus, o sabiá-da-praia, é uma ave afetada por alterações no seu hábitat e captura. No litoral oriental brasileiro, habita exclusivamente restingas, e seu desaparecimento vem sendo divulgado para alguns remanescentes de restinga fluminenses. Essa ave é
categorizada como Em Perigo em avaliações dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. O objetivo geral do presente estudo foi prover uma atualização da distribuição geográfica de M. gilvus no estado do Rio de Janeiro e fornecer uma estimativa do tamanho atual de sua população remanescente neste estado. Duas metodologias foram aplicadas: transecções
lineares e amostragem por pontos (marcados ao longo de transecções). As transecções foram realizadas em 15 remanescentes de restinga. O esforço de busca pela espécie foi complementado por meio de visitas fortuitas, gerando uma soma de 21 áreas exploradas. Um total de 40 pontos foi amostrado em quatro remanescentes onde a presença da espécie havia sido confirmada. Os dados de presença e ausência permitiram a geração de um mapa de
extensão de ocorrência atual de M. gilvus no estado do Rio de Janeiro. Adicionalmente, produziu-se um mapa de extensão de ocorrência original de M. gilvus, para comparação. A
extensão de ocorrência da espécie foi calculada segundo definição da IUCN. A partir dos dados de abundância populacional gerados por transecções e pontos, calculou-se a densidade populacional de M. gilvus para cada remanescente onde a espécie esteve presente. A espécie foi encontrada em apenas quatro (19%) das 21 áreas amostradas. Sua densidade populacional média foi de 37 indivíduos/km2 (transecções) e de 52 indivíduos/km2 (pontos). Os valores de
extensão de ocorrência estimados foram de 760 km2 (atual) e 2143 km2 (original). Combinando-se a extensão de ocorrência e a densidade média populacional, foram obtidos valores de tamanho populacional máximo de 29640 (transecções) e 39520 indivíduos (pontos) e mínimo considerando a probabilidade de ocorrência da espécie de 8299 (transecções) e 17784 indivíduos (pontos). No estado do Rio de Janeiro, M. gilvus sofreu redução dos limites de sua extensão de ocorrência ao leste, e surgiram vazios na porção central de sua extensão de ocorrência original. De acordo com as quantificações dos critérios propostos pela IUCN,
confirmou-se a categoria regional de ameaça Em Perigo (EN) para M. gilvus. Isso reflete a intensa pressão antrópica sobre as restingas e, possivelmente, também está associado com a
captura de ninhegos. Portanto, pressões antrópicas levam a espécie a uma situação de isolamento populacional e de extinções locais, provavelmente irreversível. Recomendam-se
uma efetiva proteção formal dos remanescentes de restinga e educação ambiental para mitigar as pressões sobre a espécie e evitar mais extinções locais.
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Distribuição, tamanho populacional e conservação de Mimus gilvus (Aves: Mimidae) no Estado do Rio de Janeiro / Geographic distribution, population size and conservation of Mimus gilvus (Aves: Mimidae) in the State of Rio de JaneiroMariana Santos Zanon 23 February 2010 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A extensão da distribuição geográfica e a abundância local se combinam para determinar o tamanho populacional total das espécies. Entretanto, tais atributos são desconhecidos para a maioria das aves. Isso representa um problema para a conservação das espécies, baseada primariamente na manutenção do número e distribuição destas. A União
Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), por exemplo, adota a distribuição geográfica e o tamanho populacional como critérios para avaliação de ameaça de extinção de espécies. Mimus gilvus, o sabiá-da-praia, é uma ave afetada por alterações no seu hábitat e captura. No litoral oriental brasileiro, habita exclusivamente restingas, e seu desaparecimento vem sendo divulgado para alguns remanescentes de restinga fluminenses. Essa ave é
categorizada como Em Perigo em avaliações dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. O objetivo geral do presente estudo foi prover uma atualização da distribuição geográfica de M. gilvus no estado do Rio de Janeiro e fornecer uma estimativa do tamanho atual de sua população remanescente neste estado. Duas metodologias foram aplicadas: transecções
lineares e amostragem por pontos (marcados ao longo de transecções). As transecções foram realizadas em 15 remanescentes de restinga. O esforço de busca pela espécie foi complementado por meio de visitas fortuitas, gerando uma soma de 21 áreas exploradas. Um total de 40 pontos foi amostrado em quatro remanescentes onde a presença da espécie havia sido confirmada. Os dados de presença e ausência permitiram a geração de um mapa de
extensão de ocorrência atual de M. gilvus no estado do Rio de Janeiro. Adicionalmente, produziu-se um mapa de extensão de ocorrência original de M. gilvus, para comparação. A
extensão de ocorrência da espécie foi calculada segundo definição da IUCN. A partir dos dados de abundância populacional gerados por transecções e pontos, calculou-se a densidade populacional de M. gilvus para cada remanescente onde a espécie esteve presente. A espécie foi encontrada em apenas quatro (19%) das 21 áreas amostradas. Sua densidade populacional média foi de 37 indivíduos/km2 (transecções) e de 52 indivíduos/km2 (pontos). Os valores de
extensão de ocorrência estimados foram de 760 km2 (atual) e 2143 km2 (original). Combinando-se a extensão de ocorrência e a densidade média populacional, foram obtidos valores de tamanho populacional máximo de 29640 (transecções) e 39520 indivíduos (pontos) e mínimo considerando a probabilidade de ocorrência da espécie de 8299 (transecções) e 17784 indivíduos (pontos). No estado do Rio de Janeiro, M. gilvus sofreu redução dos limites de sua extensão de ocorrência ao leste, e surgiram vazios na porção central de sua extensão de ocorrência original. De acordo com as quantificações dos critérios propostos pela IUCN,
confirmou-se a categoria regional de ameaça Em Perigo (EN) para M. gilvus. Isso reflete a intensa pressão antrópica sobre as restingas e, possivelmente, também está associado com a
captura de ninhegos. Portanto, pressões antrópicas levam a espécie a uma situação de isolamento populacional e de extinções locais, provavelmente irreversível. Recomendam-se
uma efetiva proteção formal dos remanescentes de restinga e educação ambiental para mitigar as pressões sobre a espécie e evitar mais extinções locais.
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