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Eu me senti morto: sentidos de risco e proteÃÃo para adolescentes ameaÃados de morteDaniele Jesus Negreiros 07 July 2017 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O presente estudo aborda a problemÃtica da violÃncia urbana, destacando as ameaÃas de
morte sofridas por adolescentes e jovens em Fortaleza, no CearÃ, cidade que se destacou
negativamente em nÃvel nacional ao liderar (em 2012 e em 2014) o ranking das capitais com
mais mortes de adolescentes na faixa de 12 a 18 anos, segundo o Ãndice de HomicÃdios na
AdolescÃncia. Alinhados à perspectiva histÃrico-cultural e à teorizaÃÃo de Vigotski sobre a
construÃÃo subjetiva nas interaÃÃes sociais, tivemos como objetivo geral analisar a produÃÃo
dos sentidos de risco e proteÃÃo por adolescentes inseridos no Programa de ProteÃÃo Ã
CrianÃa e ao Adolescente AmeaÃados de Morte (PPCAAM) do estado do CearÃ, que tem
como uma das principais aÃÃes a acomodaÃÃo da crianÃa/adolescente e sua famÃlia em
ambiente compatÃvel com a proteÃÃo, geralmente em um municÃpio diferente do que a famÃlia
residia quando sofreu ameaÃas. Como objetivos especÃficos incluem-se: compreender o
sentido de ameaÃa de morte para os adolescentes ao adentrarem em um programa de proteÃÃo;
conhecer os impactos psicossociais advindos da inserÃÃo dos adolescentes no novo contexto
de proteÃÃo e, por Ãltimo, compreender como as novas redes de apoio social, que se formam
com a entrada do adolescente no PPCAAM, sÃo dimensionadas por estes em termos de risco e
proteÃÃo. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, que utilizou como procedimento
de produÃÃo de dados entrevistas narrativas e observaÃÃo participante. Houve ainda a
construÃÃo de diÃrios de campo intentando a compreensÃo dos sentidos de risco e proteÃÃo
para os adolescentes ameaÃados de morte, aliando-se a anÃlise dos documentos produzidos
pelo PPCAAM. Tivemos a participaÃÃo de um jovem no estudo piloto e de dois adolescentes
acompanhados pelo PPCAAM que, antes do ingresso na proteÃÃo, residiam em Fortaleza e
foram incluÃdos na modalidade familiar de atendimento. A partir das categorias analÃticas
empÃricas construÃdas para o entendimento do problema, destacamos como principais
resultados: os sentidos de risco e proteÃÃo construÃdos pelos adolescentes dialogam com a
forma como as famÃlias constroem aspectos protetivos para a superaÃÃo de seus problemas
coletivos. A correlaÃÃo entre violÃncia, adolescÃncia e ameaÃa que implica em dinÃmicas
itinerantes forjadas pelas famÃlias para sua proteÃÃo e que, no entanto, vulnerabilizam as redes
de apoio sociais, comunitÃrios e institucionais estabelecidas com estas. Os adolescentes, na
busca por reconhecimento e autonomia, demonstram o que compreendem como falhas em
aspectos protetivos no decorrer de suas vidas e expressam expectativas de reparaÃÃo destes.
AlÃm disso, as experiÃncias de varejo no comÃrcio ilegal de drogas sÃo significadas de formas
diversas pelos adolescentes e a vivÃncia das famÃlias em proteÃÃo repercute na forma como
vÃo gerar independÃncia do programa, buscando autonomia, bem como na maneira como
promovem o desenvolvimento e a transformaÃÃo na vida dos adolescentes / El presente estudio aborda la problemÃtica de la violencia urbana, destacando las amenazas de
muerte sufridas por adolescentes y jÃvenes en Fortaleza, CearÃ, ciudad que se destacÃ
negativamente a nivel nacional al liderar (en 2012 y en 2014) el ranking de las capitales con
mÃs muertes de adolescentes en el grupo de edad de 12 a 18 aÃos, segÃn el Ãndice de
Homicidios en la Adolescencia. De acuerdo con las bases conceptuales del enfoque histÃricocultural,
presentado por Vigotski, sobre la construcciÃn subjetiva en las interacciones sociales,
tuvimos como objetivo general analizar la producciÃn de los sentidos de riesgo y protecciÃn
por los adolescentes incluÃdos en el Programa de ProtecciÃn al NiÃo y al Adolescente
Amenazados de Muerte (PPNAAM) del estado de CearÃ, que tiene como una de las
principales acciones el alojamiento del niÃo/adolescente y su familia en un ambiente
compatible con la protecciÃn, generalmente en un municipio diferente de lo que la familia
vivÃa cuando sufrià amenazas. Y como objetivos especÃficos tenemos: compreender el sentido
de amenaza de muerte para adolescentes al entrar en un Programa de protecciÃn; conocer los
impactos psicosociales surgidos de la inserciÃn de los adolescentes en el nuevo contexto de
protecciÃn y, por Ãltimo, comprender cÃmo las nuevas redes de apoyo social, que se forman
con la entrada del adolescente en el PPNAAM, son dimensionadas por Ãstos en riesgo y
protecciÃn. Se trata de un estudio de enfoque cualitativo, que utilizà como procedimiento de
producciÃn de datos entrevistas narrativas y observaciÃn participante. TambiÃn hubo la
construcciÃn de diarios de campo intentando la comprensiÃn de los sentidos de riesgo y
protecciÃn para los adolescentes amenazados de muerte, aliÃndose el anÃlisis de los
documentos producidos por el PPNAAM. Tuvimos la participaciÃn de un joven en el estudio
piloto y de dos adolescentes acompaÃados por el PPNAAM que, antes del ingreso en la
protecciÃn, vivÃan en Fortaleza y fueron incluidos en la modalidad familiar de atenciÃn. Por
las categorÃas analÃticas empÃricas construidas para el entendimiento del problema,
destacamos como principales resultados: los sentidos de riesgo y protecciÃn construidos por
los adolescentes dialogan con la forma como las familias construyen aspectos protectores para
la superaciÃn de sus problemas colectivos. La correlaciÃn entre violencia, adolescencia y
amenaza implica en dinÃmicas itinerantes que las familias enfrentan para su protecciÃn y que,
sin embargo, vulnerabilizan las redes de apoyo sociales, comunitarios e institucionales
establecidas. Los adolescentes, en busca de reconocimiento y autonomÃa, demuestran lo que
comprenden como faltas en los aspectos protectores en el transcurso de sus vidas y expresan
expectativas de reparaciÃn de Ãstos. AdemÃs, las experiencias en el comercio ilegal de drogas
son significadas de formas diversas por los adolescentes y la vivencia de las familias en
protecciÃn repercute en la forma en que van a generar independencia del programa, buscando
autonomÃa, asà como en la manera como promueven el desarrollo y la transformaciÃn en la
vida de los adolescentes
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