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Percepção de imprevisibilidade familiar e sua relação com a propensão ao risco e o desconto do futuroRodrigues, Anna Beatriz Carnielli Howat 08 December 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-12-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Propõe-se que a percepção da imprevisibilidade de recursos durante a infância promove o desenvolvimento de um modelo mental de imprevisibilidade, precursor da preferência pela obtenção imediata do recurso (desconto do futuro) e propensão ao risco, como forma de maximizar as chances de obtenção destes recursos percebidos como imprevisíveis. A aparente irracionalidade destes comportamentos (desconto do futuro e propensão ao risco) podem ser interpretadas como respostas adaptativas a ambientes imprevisíveis produzidas por mecanismos cognitivos de processamento de informações sobre o ambiente, selecionados ao longo da evolução humana. Esta dissertação teve por objetivo investigar relações existentes entre dimensões de imprevisibilidade familiar na infância, propensão ao risco e desconto de futuro. Participaram 394 pessoas, sendo 158 adultos em conflito com a lei que já haviam passado pela prisão (média de idade=34.23 anos; dp=10.17), 122 jovens universitários (M=19.26; dp=2.06) e 114 mulheres com idade superior a 40 anos e escolaridade a partir de ensino médio (M=51.19; dp=8.64). Trabalhamos com a hipótese de que percepções de imprevisibilidade familiar na infância favoreceriam escolhas de curto prazo e maior propensão ao risco. Utilizamos o procedimento de escolhas monetárias de desconto do futuro e as Escalas de Imprevisibilidade Familiar na Infância (EIFI) e de Propensão ao Risco (EPRE), validadas para a população brasileira nos dois primeiros artigos desta dissertação. Ambas as escalas apresentaram solução fatorial de quatro fatores com índices de confiabilidade satisfatórios para fins de pesquisa. Os resultados do terceiro artigo apontaram relação parcial entre os construtos de risco e imprevisibilidade, todavia, baixa relação com o valor de desconto do futuro. Os grupos diferiram em relação ao desconto do futuro (ANOVA), à propensão ao risco (retirados os efeitos da renda MANCOVA) e à imprevisibilidade familiar na infância (retirados os efeitos da idade e da renda MANCOVA). O grupo que exibiu maiores médias de imprevisibilidade, também foi aquele com maiores taxas de desconto do futuro (adultos em conflito com a lei), indicando alguma relação entre estas variáveis, principalmente no domínio de recursos financeiros. Variáveis de risco, todavia, comportaram-se de maneira não esperada com a imprevisibilidade e o desconto 12 do futuro. Concluímos, a partir da abordagem multidimensional utilizada, que as relações entre os construtos não ocorrem de forma linear como proposto inicialmente. Apontamos para a possibilidade de ampliação do estudo destas relações considerando modelos não lineares e refinamento das hipóteses evolucionistas / It is proposed that the perception of resource unpredictability during childhood promotes the development of a mental model of unpredictability, precursor of the preference for the immediate attainment of the resource (future discount) and for risk-taking, as a way of maximizing the chances of obtaining those resources perceived as unpredictable. The apparent irrationality of those behaviors (future discount and risk-taking) could be interpreted as adaptive responses to unpredictable environments produced by cognitive mechanisms of information processing on the environment, selected over human evolution. This study aimed to investigate relations between childh od family unpredictability dimensions, risk-taking and future discount. It included 394 people: 158 adults in conflict with the law that had already been in prison (mean age = 34.23 years; sd=10.17), 122 college students (M=19.26; sd=2.06) and 114 women above 40 years old and at least high school concluded (M=51.19; sd=8.64). We hypothesized that perceptions of childhood family unpredictability would favor short term choices and greater risk-taking. We used the procedure of monetary choice to evaluate future discount, the Childhood Family Unpredictability Scale (EIFI) and Specifc Risk-Taking Scale (EPRE), validated for the Brazilian population in the first two papers of this work. Both scales showed factor structure of four factors with satisfactory reliability indexes for research purposes. The results of the third paper indicated partial relation between the constructs of risk-taking and unpredictability, however, low relation of those and future discounting. The groups differed in relation to future discount (ANOVA), risk-taking (removed the effects of income MANCOVA) and family unpredictability (removed the effects of age and income MANCOVA). The group that exhibited the highest means of unpredictability also exhibited higher rates of future discount (adults in conflict with the law), indicating some relationship among these variables, especially in the area of financial resources. Risk-taking variables, however, behaved in an unexpected way with unpredictability and future discount. We concluded, considering the multidimensional approach, that relations among the constructs may not be linear as originally proposed. We indicate the possibility of expanding the study of these relations considering nonlinear models and refinement of evolutionary hypotheses. 14 Key-words: unpredictability, risk attitudes, Evolutionary Psychology, psychological measure, Life History Theory
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