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Cefaleia pós-punição dural: características clínicas e critérios para o diagnósticoAMORIM, Jane Auxiliadora 30 August 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-08-30 / Justificativa e objetivos: Os critérios diagnósticos de cefaleia pós-punção dural (CPPD)
estabelecidos pela International Classification of Headache Disorders (ICHD-II, 2004),
afirmam que a cefaleia postural aparece até o quinto dia após a punção e desaparece
espontaneamente dentro de uma semana, ou até 48 horas após um tampão sangüíneo peridural
ser realizado e deve ser acompanhada de pelo menos um dos seguintes sintomas: rigidez de
nuca, zumbido, hipoacusia, fotofobia e náuseas. Neste estudo foram avaliadas as
características clínicas da CPPD e a validade desses critérios diagnósticos da (ICHD-II,
2004). Métodos: Durante o período de um ano, foram acompanhados 640 pacientes (332
mulheres e 308 homens), com idade entre 8 e 65 anos, submetidos à punção da duramáter/
aracnoide para raquianestesia, com agulhas tipo Quincke, 25G (n=239) e 27G (n=401).
Cefaleia postural, i.e., a dor piora ou surge após o indivíduo sentar-se ou ficar de pé e alivia
ou desaparece após deitar-se, foi investigada por um único pesquisador, por meio de visitas
diárias aos pacientes e/ou contato telefônico até o sétimo dia após a anestesia. Nos pacientes
que apresentaram cefaleia com essas características foram avaliados: (1) o período de latência
entre a punção e o aparecimento da cefaleia; (2) a localização e intensidade da dor; (3) a
presença de sintoma (s) acompanhante (s); e (4) o tempo de duração. Os procedimentos de
estatística descritiva empregados foram medidas de tendência central: média, dispersão
(desvio-padrão e amplitude de variação) e distribuição de frequências. O teste do quiquadrado
foi aplicado e considerado estatisticamente significativo quando p < 0,05. Este
estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e o consentimento livre e esclarecido
foi obtido dos pacientes ou de seus responsáveis legais. Resultados: 48 pacientes (7,5%)
apresentaram cefaleia postural. O período de latência variou de 6 a 72 horas (24,0±16,8 horas)
e o tempo de duração de 3 a 15 dias (4±2 dias). A dor foi referida nas regiões: occipital em 26
(54%) pacientes, frontal em 19 (40%) e holocraniana em 3 (6%). Em 85% dos pacientes a
intensidade da cefaleia, nas primeiras 24 horas, foi moderada ou forte. Um ou mais de um
sintoma acompanharam a cefaleia postural em 34 (70,8%) pacientes, em contrapartida 14
(29,2%) não apresentaram sintoma (s) acompanhante (s). Conclusões: Os resultados deste
estudo não estão em concordância com os critérios diagnósticos da ICHD-II em dois aspectos:
(1) que a cefaleia postural deve ser acompanhada de pelo menos um dos sintomas
acompanhantes descritos na classificação; e (2) na resolução espontânea da cefaleia em uma
semana. Em raras situações, a CPPD pode persistir além do período estabelecido, desde que
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Amorim JA Cefaleia pós-punção dural: características clínicas e critérios para o diagnóstico
os exames de neuroimagem mostrem ausência de lesão expansiva intracraniana e o exame do
líquido cerefalorraquidiano ausência de infecção ou hemorragia. Foram sugeridas algumas
modificações nos critérios diagnósticos de CPPD da ICHD-II, 2004.
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