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A relação entre assessores e trabalhadores rurais: limites e possibilidades de uma relação democráticaSILVA, Eliana Andrade da 22 August 2002 (has links)
Submitted by Rafael Santana (rafael.silvasantana@ufpe.br) on 2017-08-01T18:28:05Z
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Previous issue date: 2002-08-22 / CNPQ / No contexto da reestruturação produtiva e do avanço do projeto neoliberal no Brasil,
as políticas públicas destinadas a Questão Agrária tem sido fortemente impactadas,
tendo em vista a Reforma do Estado. É nessa realidade que se insere este estudo o
qual enfoca a relação entre assessores e trabalhadores (as) rurais. Buscamos
identificar se o processo de capacitação realizado pelos assessores junto a esses
(as) trabalhadores (as) contribui para construção de relações democráticas ou para
reproduzir e aprofundar as relações de dependência e subalternidade dos (as)
mesmos (as). Nossa unidade impírica de análise foi o assentamento Lagoa Nova,
Riachuelo/RN. Os instrumentos utilizados no processo de coleta de dados foram
entrevistas semi-estruturadas com os (as) trabalhadores (as) observação, consulta a
documentos da COOLAGOANOVA, sistematização do diário de Campo, assim,
como relatórios de atividades elaboradas pelos assessores. As principais categorias
utilizadas foram a noção de Intelectual e Educação Politécnica, com base no
pensamento Gramsciano. Os resultados da pesquisa revelam que a relação que se
processa entre assessores e trabalhadores (as) é uma relação contraditória e que
durante a capacitação podem ser exercitadas tanto relações de democráticas como
podem ser reproduzidas e fortalecidas as relações de poder vigentes na sociedade.
A capacitação pode contribuir para que os (as) trabalhadores (as) elaborem uma
nova visão de mundo e superem o momento econômico-corporativo, o que pode
colaborar com a tomada de consciência acerca de sua identidade de classe social. A
vivência de relações democráticas apenas será possível se a capacitação for
implementada com base na concepção de Educação Politécnica, de forma que haja
articulação entre conteúdos técnicos, as práticas políticas de classe dos (as)
trabalhadores (as) e o fortalecimento de suas organizações, possibilitando-lhes
realizar uma reforma moral e intelectual na sociedade, contribuindo também para
que se torne classe social dirigente. / Au cours de la restructuration productive et de l´avancement du projet neolibéral au
Brésil, les politiques publiques concernant les enjeux ruraux ont été fortement
Influencées, dû à la réforme de l´État. C´est donc dans ce contexte que se situe cette
étude qui traite du rapport entre les conseillers et les agricultrices et agriculteurs.
Nous avons cherché à identifier si le processus de formation réalisé par les
conseillers auprès des agriculteurs(trices) contribue à la construction de relations
démocratiques ou si, au contraire, reproduit et favorise les relations de dépendance
et soumission de ces derniers. Notre unité empirique d´analyse a été le Projeto de
assentamento Lagoa Nova, dans la municipalité de Riachuelo (Rio Grande do Norte
- Brésil). Les outils utilisés dans la collecte de données ont été les entrevues semistructurées
avec les agriculteurs(trices), l´observation, la consultation de documents
de la Coolagoanova, la systématisation du journal de bord, ainsi que les rapports
d´activités élaborés par les conseillers. Les principales catégories utilisées ont été la
notion de l´Intelectuel et de l´Educação Politécnica, selon la pensée de Gramsci. Les
résultats de la recherche démontrent que le rapport qui s´établit entre les conseillers
et les agriculteurs(trices) est une relation contradictoire. En effet, lors des activités
de formation, ce même rapport peut évoluer tant vers de relations démocratiques,
tant vers une reproduction et un renforcement des relations de pouvoir connues dans
la société. La formation peut aider les agriculteurs(trices) à élaborer une nouvelle
vision du monde et à surmonter le moment économique-corporatif, ce qui peut
appuyer la prise de conscience de leur identité de classe sociale. L´existence de
rapports démocratiques ne peut être possible que si la formation est réalisée dans la
perspective de l´Educação Politécnica. Ces rapports nécessitent également une
articulation entre les contenus techniques, les pratiques politiques de la classe des
agriculteurs(trices) et le renforcement de leurs organisations. Ce sont donc ces
facteurs qui favorisent la réalisation d´une réforme morale et intelectuelle dans la
société et qui peuvent amener cette dernière à devenir une classe sociale dirigeante.
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Licenciatura em Educação do Campo: contradições, limites e possibilidades para a emancipação na formação de educadoresSilva, Isaac Alexandre da 31 March 2016 (has links)
Submitted by Leonardo Cavalcante (leo.ocavalcante@gmail.com) on 2018-05-14T16:03:36Z
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Previous issue date: 2016-03-31 / La presente thèse s’inscrit dans le contexte du Mouvement de l’Education du Champ qui s’est développé au Brésil depuis les années 1990, donnant priorité aux contributions politico-pédagogiques et épistémologiques de licence en éducation du champ aux écoles publiques et aux expériences formatives non scolaires fasciné par les sujets du champ, situé dans la zone semi-aride du Paraibe. Dans ce sens, nous avons voulu analyser les limites et les possibilités d'émancipation présentes dans la formation initiale des enseignants en éducation du champ, considerant comme lieu d’investigation le cycle de licence en Éducation du Champ de l'Université Fédérale de Campina Grande - UFCG. Emettant l’hypothèse que la formation des professeurs, lorsque fondée sur les préssuposés politiques et éducatifs défendus par le mouvement d'éducation du champ, même avec les contradictions qu'elle présente, se limite dans le contexte de la capitale, contribue à la promotion d’une éducation émancipatrice/ omnilatérale dans le milieu rural, une fois qu’elle offre des outils théorico-méthodologiques qui peuvent positivement recadrer le travail pédagogique, produisant de nouveaux sens et conceptions cohérents avec le projet historique des travailleurs ruraux organisés. Cependant, malgré l'importance des mouvements populaires ruraux, surtout le MST, dans la définition et la mise en oeuvre de cette licence, la perspective éducative de la nature émancipatrice, dans le sens de construction d'une éducation au-delà de la capitale, apparaît comme une tendance face à des défis politico-pédagogiques dans les processus formatifs du cycle de graduat en question. Pour la construction et l’analyse des données, elle a eu recours à des sources documentaires et à l'expérience de l'enseignant chercheur dans cette matière, priorisant comme approche théorico-conceptuelle, le matérialisme historico-dialectique. Par conséquent, les processus analysés dans cette recherche ont été conçus dans le cadre des rapports sociaux capitalistes, dans le contexte où a émergé la perspective de l'éducation du champ, qui a favorisé l’explicitation des fonctions que la licence en Éducation du Champ de UFCG assume dans la texture sociale évoqué. Les résultats constuits nous permettent d’affirmer que les travaux analysés avancaient dans un cadre très complexe, dont les intentions politiques et pédagogiques s’alignent aux intérêts et aux valeurs des classes ouvrières, une perspective émancipatrice, de contre-hégémonie de la classe par elle-même; maintenant se conforment à une perspective éclectique, présentant, contradictoirement, dans le même travail: a) les traces d'une éducation émancipatrice, qui rompent ou questionnent la société de classes et ses contradictions b) les traces d'une éducation domesticatrice, fonctionnelle aux intérêts du capital en réduisant les processus éducatifs à l'utilisation de techniques et de méthodologies pédagogiques à la logique du marché, négligeant/omettant donc l’aspect politique de l'éducation. / A presente tese inscreve-se no contexto do movimento da Educação do Campo que se desenvolve no Brasil a partir dos anos 90, priorizando como pauta as contribuições político-pedagógicas e epistemológicas da Licenciatura em Educação do Campo às escolas públicas e às experiências formativas não escolares protagonizadas pelos sujeitos do campo, situados no Semiárido paraibano. Neste sentido, objetivou-se analisar os limites e possibilidades de emancipação presentes na formação inicial de professores em Educação do Campo, considerando como locus de investigação o Curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. Levanta a hipótese de que a formação de professores, quando fundamentada nos pressupostos políticos e educativos defendidos pelo movimento da Educação do Campo, mesmo com as contradições que apresenta, por estar circunscrita no contexto da sociedade do capital, contribui para a promoção de uma educação emancipadora/omnilateral no meio rural, uma vez que oferece instrumentos teórico-metodológicos que podem ressignificar positivamente o trabalho pedagógico, produzindo novos sentidos e concepções coerentes com o projeto histórico dos trabalhadores organizados do campo; entretanto, em que pese a importância dos movimentos sociais populares do campo, sobretudo do MST, na definição e implementação dessa licenciatura, a perspectiva educacional de cunho emancipatório, no sentido da construção de uma educação para além do Capital, se configura como uma tendência que enfrenta alguns desafios político-pedagógicos nos processos formativos do curso de graduação em questão. Para construção e análise dos dados, recorreu-se às fontes documentais e à experiência docente do pesquisador no referido curso, priorizando como abordagem teórico-conceitual o materialismo histórico-dialético. Portanto, os processos analisados nesta pesquisa foram concebidos no marco das relações sociais capitalistas, no contexto das quais se originou a perspectiva da Educação do Campo, o que permitiu explicitar as funções que a Licenciatura em Educação do Campo da UFCG assume na contextura social abordada. Os resultados construídos permitem afirmar que os trabalhos analisados apontam para um quadro bastante complexo, cujas intencionalidades políticas e pedagógicas ora se alinham aos interesses e valores das classes trabalhadoras, numa perspectiva emancipadora, de contra-hegemonia de classe para si; ora se conformam a uma perspectiva eclética, apresentando, contraditoriamente, nos mesmos trabalhos, traços de uma educação emancipadora, que rompem ou questionam a sociedade de classes e suas contradições, e traços de uma educação domesticadora, funcional aos interesses do Capital, reduzindo os processos educativos à utilização de técnicas e metodologias de ensino alinhadas à lógica de mercado, negligenciando/omitindo, portanto, o aspecto politizador-emancipador da educação.
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