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A organizaÃÃo da sequencia Narrativa nos rÃcits de vie / The organization on narrative sequence in rÃcits de vie.Isabel Roque Viana 16 August 2012 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / The already presented work has the rÃcits de vie narrative sequence as theme, delimitating the organization of rÃcits de vie narrative sequence in compositions produced by EJA students â High School Level, accomplished during 04 meetings in a 02 (two) months period of time. The autobiographical studies acquired miscellaneous through time and in many study fields, being practiced in many Human Sciences areas and changing its epistemological modality, targeting data, etc. Resulting from biography, the autobiography is a slope which can be known in several nomenclatures: life narrative, life story, report, statement, memoire etc. Josso (2007) classifies it as a opportunity to think over many expression records and self-representations. Manifold studies in other Human Sciences fields discourse about these narrative subjective constructions in its objective composing in social life. In this sense, Bourdieu [2001 (1994)] notes a autobiography coherent sense in the autobiography formulation construction, where the author-actor, attempting to rationalize diverse events that happened in his story journey, canalizes some of them and forbids the others, formulating his own ideal representation of his âmeâ. The author considers that the narrative, biographical or autobiographical, tempts to organize the events in ordered and intelligible sequences. In the educational field, this study object choice aims to give the chance to the professional teacher, as a way to meditate his training and proceeding (ECKERT-HOFF, 2008), to other subjects as well (ARAÃJO & OLINDA, 2010). In Liguistics within, the rÃcits de vie as corpus are a certain novelty. Consequently, the necessary theorical-methodological apparatus for data analysis needed to be gradually built and in interdisciplinary form: using Educational, Historical and Social Sciences sources, without neglecting the linguistics studies contribution â as Barthes (1971) declared and considering our researchâs problems, âit seems to be right-minded to provide as a founding model to the narrative structural analysis its own linguisticâ â making possible to list the liable analysis application criteria. Thus, this research objectives to analyze the narrative organization in rÃcits de vie composed by EJA [EducaÃÃo de Jovens e Adultos (Youth and Adults Education)] students. Our general aim was analyzing by comparison of theses rÃcits de vie narrative sequence organization composed by EJA students with the prototypical narrative sequence. Thereby, we used the castes proposed by Barthes (1971), questing a proper classification for narratives in general, to understand: function and indexes. Machado de Assisâ Conto de escola, was the elected prototypical narrative to this research achievement. The results show that a first characteristic of rÃcits de vie is the presence of the cardinal functions, even if they donât establish a direct relationship, as proposed by Barthes. Regarding the classification according to these categories, we admit rÃcits de vie as narratives strongly indexical, rather than its functionality. Another very important result is the possibility of identifying the classes in these texts by Barthes proposed that - and here the author deemed admitted as such - are essential to prepare an analysis of narrative structure and characterize the text as such. / O trabalho ora apresentado tem como tema a sequÃncia narrativa em rÃcits de vie,
delimitando-se na organizaÃÃo da sequÃncia narrativa em rÃcits de vie em redaÃÃes escolares
produzidas por alunos de EJA â Ensino MÃdio durante 04 encontros realizados num perÃodo
de tempo de 02 (dois) meses. Os estudos autobiogrÃficos adquiriram facetas variadas atravÃs
do tempo e nos mais diversos campos de estudo, sendo praticados em vÃrias Ãreas das
CiÃncias Humanas, e variando de modalidade epistemolÃgica, maneira de abordagem dos
dados etc. A autobiografia à uma vertente advinda da biografia, podendo ser conhecida por
diferentes nomenclaturas: narrativa de vida, histÃria de vida, relato, depoimento, memorial
etc. Josso (2007) classificaâa como uma oportunidade de refletir sobre diferentes registros de
expressÃo e representaÃÃes de si. Diversos estudos em outros campos das CiÃncias Humanas
discorrem sobre a construÃÃo subjetiva dessas narrativas em sua composiÃÃo objetiva da vida
social. Nesse contexto, Bourdieu [2001(1994)] sinaliza para a construÃÃo de um sentido
coerente na formulaÃÃo da autobiografia, em que o autor-ator, na tentativa de racionalizar
diversos eventos ocorridos no percurso de sua histÃria contada, canaliza eventos e interdita
outros, formulando uma prÃpria representaÃÃo de um ideal do seu eu. O autor considera que a
narrativa, biogrÃfica ou autobiogrÃfica, busca organizar os eventos em sequÃncias ordenadas e
inteligÃveis. Na educaÃÃo, a escolha desse objeto de estudo visa a dar voz ao profissional
professor, como meio de refletir sobre sua formaÃÃo e atuaÃÃo (ECKERT-HOFF, 2008) e a
demais sujeitos (ARAÃJO & OLINDA, 2010). No Ãmbito da LinguÃstica, os rÃcits de vie
como corpus possuem certo ineditismo. Consequentemente, o aparato teÃrico-metodolÃgico
necessÃrio para a anÃlise dos dados precisou ser construÃdo aos poucos e de forma
interdisciplinar: utilizamos fontes da EducaÃÃo, da HistÃria e das CiÃncias Sociais, sem
preterir as contribuiÃÃes dos estudos linguÃsticos â pois, como afirmou Barthes (1971) e
considerando nossos problemas de pesquisa, âparece razoÃvel dar como modelo fundador Ã
anÃlise estrutural da narrativa a prÃpria linguÃsticaâ - para que fosse possÃvel elencar critÃrios
de anÃlise passÃveis de aplicaÃÃo. Esta pesquisa objetiva, entÃo, analisar a organizaÃÃo
narrativa nos rÃcits de vie produzidos por alunos da EJA - EducaÃÃo de Jovens e Adultos.
Nosso objetivo geral foi analisar por comparaÃÃo a organizaÃÃo dessa sequÃncia narrativa em
rÃcits de vie produzidos por alunos da EJA com a organizaÃÃo de uma sequÃncia narrativa
prototÃpica. Para tanto, utilizamos classes propostas por Barthes (1971), na sua busca por uma
classificaÃÃo empregÃvel Ãs narrativas de forma geral, a saber: funÃÃes e Ãndices. A narrativa
eleita como prototÃpica para a realizaÃÃo desse estudo foi Conto de escola, de Machado de
Assis. Os resultados demonstram que uma primeira caracterÃstica dos rÃcits de vie à a
presenÃa das funÃÃes cardinais, ainda que estas nÃo estabeleÃam relaÃÃo direta, como propÃe
Barthes. Quanto à classificaÃÃo segundo essas categorias, admitimos os rÃcits de vie como
narrativas fortemente indiciais, em detrimento de sua funcionalidade. Outro resultado deveras
importante à a possibilidade de identificar nesses textos as classes propostas por Barthes que -
consideradas pelo autor e aqui admitidas como tais - sÃo essenciais para a elaboraÃÃo de uma
anÃlise da estrutura narrativa e caracterizam o texto como tal.
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