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Hidrogeoquímica e isotopia de águas com alta salinidade do Sistema Aquífero Serra Geral na região do Alto Uruguai, BrasilFREITAS, Marcos Alexandre de January 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016 / CPRM / O presente estudo dedicou-se à análise da água subterrânea com alta salinidade no Sistema
Aquífero Serra Geral na região do Alto Rio Uruguai, norte/noroeste do Rio Grande do Sul e
oeste de Santa Catarina. O Sistema Aquífero Serra Geral (SASG) é um aquífero fraturado que
compreende rochas vulcânicas basálticas e riolíticas mesozoicas da Bacia do Paraná,
recobrindo e confinando parcialmente o Sistema Aquífero Guarani (SAG), que se encontra
sobreposto a aquíferos mais profundos (Pré-SAG). O objetivo principal desta pesquisa é
aprimorar a compreensão dos fenômenos que regem a interação entre o SASG e os aquíferos
sotopostos às rochas vulcânicas (SAG e Pré-SAG) e os seus reflexos na composição química
do aquífero fraturado da região. Previamente foi realizada uma Análise Exploratória de Dados
de um conjunto de 7.620 poços que continham informações de condutividade elétrica na área
de ocorrência do SASG nos dois estados. Condutividades Elétricas superiores a 378,35µS/cm
foram consideradas anômalas e são decorrentes de níveis de salinidade elevados nas águas do
SASG, muitas vezes, inviabilizando-as para o consumo humano. Foram amostrados 39 poços
do SASG na região em estudo que apresentavam anomalia na condutividade elétrica e 19
poços que captam águas do SAG. As águas foram quimicamente analisadas em relação aos
elementos maiores, elementos-traço e isótopos estáveis (2H, 18O e 13C). Os dados físico-
químicos obtidos foram processados através de Análise de Componentes Principais e
posteriormente por Análise de Agrupamentos. A análise tectônica da área realizada através da
interpretação de imagens de satélite permitiu constatar que o pacote vulcânico foi mais
afetado nas direções N-60 a 80-W, N-70 a 80-E e EW. A salinidade das águas mostrou-se
mais elevada nos poços influenciados por lineamentos morfoestruturais de direções N-30 a
45-W, N-15-30-W, N-30-45-E, N-60-75-E e E-W. As águas termais no SASG ocorrem
somente a oeste da zona de falha Lancinha-Cubatão e na zona de influência do lineamento do
Rio Uruguai. O estudo estatístico de agrupamento discriminou quatro grupos de águas, que
possuem clara evolução hidrogeoquímica. Nesta evolução, a condutividade elétrica, as
concentrações de cloreto, potássio, sódio, sais dissolvidos, sulfato e estrôncio sofrem
incremento, enquanto o pH e o carbonato diminuem. A tipologia química das águas aponta
para tipos bicarbonatados e sulfatados sódicos nos grupos I e II, enquanto o grupo III mostra
águas sulfatadas sódicas a cálcicas. O grupo IV exibe águas cloretadas sódicas e cálcicas. As
águas do grupo I estão intimamente relacionadas com a recarga ascendente do SAG. No grupo
II ocorrem processos de mistura de águas do SASG com as águas do Pré-SAG. Nos grupos III
e IV torna-se evidente a recarga ascendente a partir das Unidades Hidroestratigráficas Rio do
Rasto e Teresina. A aplicação do geotermômetro de sílica para as águas termais
demonstraram a circulação da água nos poços estudados atinge profundidades máximas da
ordem de 3,0 km e, em sua maioria, situa-se entre 1,1 e 1,5km. O gradiente geotérmico médio
calculado para a área de estudo é de 23,5ºC/km. Os mecanismos e elementos apresentados
auxiliam como guias para decisões de gerenciamento do SASG na região.
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