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O mercado de terras e as transforma??es na sociedade agr?ria, na regi?o de Cruz Alta R/S, a partir do avan?o da produ??o de gr?os, entre os anos 1990 a 2004Maroso, Gilmar Mantovani 27 March 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-03-27 / O presente estudo tem como objetivo, analisar o mercado de terras e as transforma??es na sociedade agr?ria na regi?o de Cruz Alta R/S, a partir do avan?o da produ??o de gr?os, entre os anos de 1994 a 2004. Visa elucidar a problem?tica das mudan?as na estrutura fundi?ria, com o estabelecimento de um mercado de terra que provoca transforma??es na sociedade agr?ria regional. A hip?tese b?sica afirma que as mudan?as no espa?o agr?rio regional s?o estudadas pelas din?micas e caracter?sticas de uso e apropria??o da terra, e de seu fluxo de compra, pelo fato do adquirente buscar estabelecer uma maior escala de produ??o, com amplia??o de ?rea sob seu dom?nio. Para a compreens?o da din?mica da hist?ria agr?ria regional, o recorte hist?rico foi entre os anos de1990 a 2004, per?odo de mudan?as das pol?ticas econ?micas e agr?cola do governo Collor. Metodologicamente quanto aos fins, a pesquisa foi descritiva e explicativa, j? em rela??o aos meios, utilizou-se referencial bibliogr?fico, documental e pesquisa de campo. A pesquisa de campo foi realizada no munic?pio de Peju?ara R/S, nos meses de fevereiro a julho de 2008, utilizou-se do m?todo de entrevista, com 28 perguntas semiestruturadas, com amostra de 30 produtores/propriet?rios que representou 10,9 % do universo. A tese apresenta uma nova abordagem, com objetivo de contribuir na reflex?o a respeito das quest?es fundi?rias. Sua interpreta??o busca resgatar o passado contido no presente, atrav?s da forma??o socioespacial. Mas o ineditismo reside na pesquisa local, sua interpreta??o a partir do estudo dos processos de coloniza??o, moderniza??o, transforma??es e perman?ncias da classe de propriet?rios rurais. O estudo permitiu identificar a renda fundi?ria e suas possibilidades de apropria??o, al?m de demonstrar que a renda ? um fator determinante no pre?o da terra. Revelou que, em 1983, um hectare de terra para o cultivo, valia o equivalente a 50 sacas de soja; 80 sacas no ano de 1988 e 250 sacas em 1991. No ano de 1996 atinge a cota??o de 480 sacas de soja o hectare, mesmo recuando para 250 no ano de 2000, volta a subir para 310 sacas no ano de 2002, chegando novamente ao patamar de 480 sacas por hectare no ano 2006. Dos produtores pesquisados, 40 % consideram a compra de terras um investimento excelente e 57 % consideram um bom investimento, e dotada de um valor simb?lico e de muita signific?ncia, pois segundo eles ? meio de sobreviv?ncia, patrim?nio para o futuro e alta valoriza??o. O n?vel do pre?o da terra ? o resultado das expectativas: rendas produtivas decorrentes da propriedade do ativo; custo de manuten??o; pr?mio de liquidez e ganho patrimonial. Essa realidade induz a jun??o do propriet?rio fundi?rio e o capitalista arrendat?rio numa s? figura social, como forma de minimizar as perdas de renda absoluta, diferencial e at? mesmo a renda agr?cola. Essa nova configura??o, mesmo sendo uma tend?ncia, aponta para o surgimento de novos atores sociais e um novo modelo agr?cola.
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