Made available in DSpace on 2013-08-07T18:46:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000437810-Texto+Completo-0.pdf: 1160861 bytes, checksum: c5237d67e7868f9570aee951cfd13447 (MD5) Previous issue date: 2012 / Literary journalism narratives began gaining momentum with New Journalism at the end of the Nineteen-fifties and the beginning of the Sixties, modifying information's textual construction, especially in newspapers and magazines. The formula caught on with a legion of journalists all over the world, who sought and still seek support for their nonfiction narratives in the world of literature – though New Journalism often combines fact and fiction, making this writing a hybrid of the two. Many Brazilian journalists also use New Journalism as the foundation for their extended reportage. This work intends to identify the fiction of New Journalism in book-length reports by two highly respected Brazilian journalists, Caco Barcellos and Fernando Morais. Based on this, the study seeks to question what genre we are dealing with, influenced as it is by the fiction of New Journalism; that works with tools of historical research like exhaustive investigation of documents and an approach that focuses on real events; that structures its narrative using literary techniques like the novel format and detailed description of scenes and, at the same time, presents itself as a textual narrative built solidly on the foundations of journalism, in other words, as a reflection of reality, of truth. / A narrativa jornalística literária ganhou impulso a partir do Novo Jornalismo, no final dos anos 50, início dos 60, alterando a construção textual da informação em jornais e revistas, especialmente. A fórmula contagiou uma legião de jornalistas no mundo inteiro que buscaram no universo da literatura o suporte para suas narrativas não-ficcionais, embora o Novo Jornalismo misture com frequência fato e ficção, tornando o texto híbrido. Muitos jornalistas brasileiros também utilizam o Novo Jornalismo como pilares de suas grandes reportagens. Este trabalho pretende identificar a ficção do Novo Jornalismo nos livrosreportagem de dois conceituados jornalistas brasileiros, Caco Barcellos e Fernando Morais. A partir disso, a pesquisa busca questionar que gênero é esse que, influenciado pela ficção do Novo Jornalismo, trabalha com ferramentas típicas da história, como a exaustiva investigação de documentos e a abordagem sobre acontecimentos reais, que estrutura sua narrativa com recursos da literatura, como a ficção do romance e a descrição detalhada de cenas, e, ao mesmo tempo, se apresenta como produção textual erguida sobre os alicerces do jornalismo, ou seja, como sendo o reflexo da realidade, da verdade.

Made available in DSpace on 2013-08-07T19:02:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000447488-Texto+Completo-0.pdf: 1931020 bytes, checksum: 0603a27b28e76c03dca4b9871876aae9 (MD5) Previous issue date: 2013 / This thesis seeks to establish a connection between the Brazilian nonfiction novel from the seventies and the contemporary book-length work of literary journalism. The former was condemned as a spurious literary form by literary criticism, for its “referentiality” and its intention to “expose the truth” about social reality were considered a mere consequence of censorship and political repression by the military dictatorship; it would have no place in a democratic regime. The latter continues to attract reporters who crave to escape from the "dictatorship of objectivity" they are subjected to when working for newspapers; it is described by Journalism researchers as a successful combination of “reporting techniques” and “stylistic resources” borrowed from literature. Through the analysis of the books Aracelli, meu amor (José Louzeiro, 1976), Corações sujos (Fernando Morais, 2000) and Abusado: o dono do morro Dona Marta (Caco Barcellos, 2003), this study intends to show that both – the nonfiction novel from the seventies and the new pieces of narrative reportage – rely on “fictionalising reality”. For this purpose, it adopts a concept of mimesis as narrative configuration or the creation of a fictional time experience, proposed by authors such as Paul Ricoeur, Käte Hamburger, and Mikhail Bakhtin, among others. / Esta tese busca estabelecer uma relação entre o romance-reportagem brasileiro da década de 1970 e o chamado livro-reportagem. O primeiro foi considerado um tipo espúrio de literatura e teve sua morte decretada pela crítica literária, pois sua “referencialidade” e seu caráter de “denúncia” seriam consequência direta da censura e da repressão exercidas pela ditadura militar; o segundo não cessa de atrair repórteres que desejam escapar à “ditadura da objetividade” a que são submetidos nos jornais, e é descrito por pesquisadores da área do Jornalismo como uma feliz combinação de “técnicas de apuração jornalística” e “recursos estilísticos tomados de empréstimo à literatura”. Por meio da análise das obras Aracelli, meu amor (José Louzeiro, 1976), Corações sujos (Fernando Morais, 2000) e Abusado: o dono do morro Dona Marta (Caco Barcellos, 2003), pretende-se mostrar que tanto o romance-reportagem quanto o livro-reportagem empreendem uma “ficcionalização do real”. Para isso, adota-se uma concepção de mimesis enquanto configuração narrativa ou criação de uma experiência temporal fictícia, proposta por autores como Paul Ricoeur, Käte Hamburger e Mikhail Bakhtin, entre outros.