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Análise da hemoglobina glicada na expressão de risco cardiovascular e renal em população acompanhada na atenção primária / Analysis of glycated hemoglobin in the expression of cardiovascular and renal risk in population accompanied in primary careVeronica Alcoforado de Miranda 12 December 2013 (has links)
Indivíduos com hemoglobina glicada (HbA1c) ≥6,5% e níveis normais de glicemia têm maior risco de complicações relacionadas ao diabetes, em médio e longo prazo. Estas evidências foram importantes na recomendação de que HbA1c ≥6,5% fosse aceita como critério diagnóstico de diabetes. Diferenças raciais/ étnicas tem sido encontradas quanto aos níveis de HbA1c. Níveis elevados de HbA1c em indivíduos sem diabetes e com níveis normais de glicemia em jejum tem sido associados a alterações micro e macrovasculares, entre elas alterações da filtração glomerular. Diversos marcadores inflamatórios, em especial a MCP-1 (proteína quimiotática de macrófagos-1), estão envolvidos no mecanismo de lesão glomerular descrito em casos de nefropatia diabética No entanto, a HbA1C ainda não foi amplamente incorporada a rotina de diagnóstico e de acompanhamento na atenção primária brasileira. O objetivo deste estudo foi o de investigar a associação entre a alteração da HbA1c e da glicemia e fatores étnicos/ raciais e de risco cardiovascular e renal em adultos assistidos pelo Programa Médico de Família de Niterói, sem diagnóstico prévio de diabetes. Trata-se de um estudo transversal, onde foram reunidas informações de participantes do Estudo Cardio Metabólico Renal (CAMELIA), colhidas entre os meses de julho de 2006 a dezembro de 2007. Observou-se que o perfil de risco cardiovascular foi mais acentuado em indivíduos com alterações simultâneas da glicemia e da HbA1c. A alteração isolada da glicemia indicou ser condição de maior risco que a alteração isolada da HbA1c. Indivíduos com HbA1c ≥ 6,5% eram em sua maioria mulheres de pele preta e apresentavam maiores níveis de LDL e creatinina sérica. Verificamos associação independente entre a alteração da HbA1c (≥ 5,7 e < 6,5% versus < 5,7%) e diminuição da taxa de filtração glomerular estimada. A HbA1c mostrou ser um marcador subclinico de alterações metabólicas em pacientes nao diabéticos e com glicemia de jejum < 126 mg/dL, em especial na população de mulheres e de indivíduos com a cor da pele preta. Os resultados apontam para a possibilidade de se utilizar a HbA1c como marcador de risco cardiovascular e renal visando propor estratégias de intervenção precoce e assim promover a prevenção de condições de agravos relacionados as alterações do metabolismo da glicose. / Individuals with glycated hemoglobin (HbA1c) ≥ 6.5% and normal levels of blood glucose are at increased risk of complications related to diabetes. This evidence led to the American Diabetes Association (ADA) to recommend HbA1c ≥ 6.5% as a criterion for the diagnosis of diabetes. Racial / ethnic differences have been found regarding HbA1c levels. Elevated HbA1c levels in individuals without diabetes and with normal fasting glucose levels have been associated with microvascular and macrovascular complications, including changes in glomerular filtration. Inflammatory markers, in particular MCP -1 ( macrophage chemotactic protein -1), are involved in the glomerular lesions described in cases of diabetic nephropathy mechanism However, this test has not been widely incorporated as a routine examination in primary care in Brazil. The objective os this study was to describe and analyse the association between changes in HbA1c and blood glucose, racial / ethnic factors and cardiovascular and renal risk in adults in adults assisted by the Family Doctor Program of Niteroi, with no previous medical diagnosis of diabetes. It is a cross sectional study, with information of CAMELIA Studys participants. Data was collected from July 2006 to December 2007. It was noted that the cardiovascular risk profile was more pronounced in individuals with concurrent changes in blood glucose and HbA1c. The cardiovascular risk of individuals with high levels of glycemia and normal HbA1c was greater than the risk of individuals with HbA1c≥6,5% alone. Individuals with HbA1c ≥ 6.5%, mostly women and black skin persons, had higher LDL and creatinine levels. Independent association between changes in HbA1c ( ≥ 5.7 and < 6.5% versus < 5.7 % ) and decreased estimated glomerular filtration rate . HbA1c showed to be a subclinical marker of metabolic disorders in diabetic patients and not with fasting glucose < 126 mg / dL, especially in the population of women and individuals with black skin color. HbA1c showed to be a subclinical marker of metabolic disorders in diabetic patients and not with fasting glucose < 126 mg / dL , especially in the population of women and individuals with black skin color. The results point to the possibility of using HbA1c as a marker of cardiovascular and renal risk aiming to propose strategies for early intervention and thus promote the prevention of diseases and conditions related changes in glucose metabolism.
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Análise da hemoglobina glicada na expressão de risco cardiovascular e renal em população acompanhada na atenção primária / Analysis of glycated hemoglobin in the expression of cardiovascular and renal risk in population accompanied in primary careVeronica Alcoforado de Miranda 12 December 2013 (has links)
Indivíduos com hemoglobina glicada (HbA1c) ≥6,5% e níveis normais de glicemia têm maior risco de complicações relacionadas ao diabetes, em médio e longo prazo. Estas evidências foram importantes na recomendação de que HbA1c ≥6,5% fosse aceita como critério diagnóstico de diabetes. Diferenças raciais/ étnicas tem sido encontradas quanto aos níveis de HbA1c. Níveis elevados de HbA1c em indivíduos sem diabetes e com níveis normais de glicemia em jejum tem sido associados a alterações micro e macrovasculares, entre elas alterações da filtração glomerular. Diversos marcadores inflamatórios, em especial a MCP-1 (proteína quimiotática de macrófagos-1), estão envolvidos no mecanismo de lesão glomerular descrito em casos de nefropatia diabética No entanto, a HbA1C ainda não foi amplamente incorporada a rotina de diagnóstico e de acompanhamento na atenção primária brasileira. O objetivo deste estudo foi o de investigar a associação entre a alteração da HbA1c e da glicemia e fatores étnicos/ raciais e de risco cardiovascular e renal em adultos assistidos pelo Programa Médico de Família de Niterói, sem diagnóstico prévio de diabetes. Trata-se de um estudo transversal, onde foram reunidas informações de participantes do Estudo Cardio Metabólico Renal (CAMELIA), colhidas entre os meses de julho de 2006 a dezembro de 2007. Observou-se que o perfil de risco cardiovascular foi mais acentuado em indivíduos com alterações simultâneas da glicemia e da HbA1c. A alteração isolada da glicemia indicou ser condição de maior risco que a alteração isolada da HbA1c. Indivíduos com HbA1c ≥ 6,5% eram em sua maioria mulheres de pele preta e apresentavam maiores níveis de LDL e creatinina sérica. Verificamos associação independente entre a alteração da HbA1c (≥ 5,7 e < 6,5% versus < 5,7%) e diminuição da taxa de filtração glomerular estimada. A HbA1c mostrou ser um marcador subclinico de alterações metabólicas em pacientes nao diabéticos e com glicemia de jejum < 126 mg/dL, em especial na população de mulheres e de indivíduos com a cor da pele preta. Os resultados apontam para a possibilidade de se utilizar a HbA1c como marcador de risco cardiovascular e renal visando propor estratégias de intervenção precoce e assim promover a prevenção de condições de agravos relacionados as alterações do metabolismo da glicose. / Individuals with glycated hemoglobin (HbA1c) ≥ 6.5% and normal levels of blood glucose are at increased risk of complications related to diabetes. This evidence led to the American Diabetes Association (ADA) to recommend HbA1c ≥ 6.5% as a criterion for the diagnosis of diabetes. Racial / ethnic differences have been found regarding HbA1c levels. Elevated HbA1c levels in individuals without diabetes and with normal fasting glucose levels have been associated with microvascular and macrovascular complications, including changes in glomerular filtration. Inflammatory markers, in particular MCP -1 ( macrophage chemotactic protein -1), are involved in the glomerular lesions described in cases of diabetic nephropathy mechanism However, this test has not been widely incorporated as a routine examination in primary care in Brazil. The objective os this study was to describe and analyse the association between changes in HbA1c and blood glucose, racial / ethnic factors and cardiovascular and renal risk in adults in adults assisted by the Family Doctor Program of Niteroi, with no previous medical diagnosis of diabetes. It is a cross sectional study, with information of CAMELIA Studys participants. Data was collected from July 2006 to December 2007. It was noted that the cardiovascular risk profile was more pronounced in individuals with concurrent changes in blood glucose and HbA1c. The cardiovascular risk of individuals with high levels of glycemia and normal HbA1c was greater than the risk of individuals with HbA1c≥6,5% alone. Individuals with HbA1c ≥ 6.5%, mostly women and black skin persons, had higher LDL and creatinine levels. Independent association between changes in HbA1c ( ≥ 5.7 and < 6.5% versus < 5.7 % ) and decreased estimated glomerular filtration rate . HbA1c showed to be a subclinical marker of metabolic disorders in diabetic patients and not with fasting glucose < 126 mg / dL, especially in the population of women and individuals with black skin color. HbA1c showed to be a subclinical marker of metabolic disorders in diabetic patients and not with fasting glucose < 126 mg / dL , especially in the population of women and individuals with black skin color. The results point to the possibility of using HbA1c as a marker of cardiovascular and renal risk aiming to propose strategies for early intervention and thus promote the prevention of diseases and conditions related changes in glucose metabolism.
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