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Uma análise de recalques associada a biodegradação no aterro de resíduos sólidos da MuribecaMELO, Marcio Camargo de January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Os resíduos sólidos depositados em aterros têm diversas origens e são estruturalmente
diferentes, quanto à sua composição química e física. Aliado a esta diferença estrutural
tem-se fatores ambientais como temperatura, umidade, além de parâmetros internos à célula
de lixo que influem na biodegradação dos resíduos.
Todos estes fatores direcionam a magnitude e velocidade dos recalques, já que a maior
parcela dos recalques em aterros de resíduos sólidos urbanos é função da degradação
biológica. Além dos recalques proporcionados pela degradação biológica da massa de lixo,
tem-se os recalques que são função dos processos físicos e químicos. Os recalques que
ocorrem no lixo podem ser divididos em imediatos, primários e secundários.
Em aterros de resíduos sólidos urbanos o recalque secundário, por ser mais longo, é, sem
dúvida, o mais importante. A compressão secundária ocorre exclusivamente devido à
biodegradação. Daí a importância de estudar os recalques correlacionando-os à
biodegradação. O recalque secundário se prolonga com o tempo e está relacionado com o
decaimento biológico e o progressivo reacomodamento do esqueleto sólido.
O objetivo neste trabalho foi estabelecer uma estreita correlação entre a microbiologia e a
geotecnia ambiental, na tentativa de melhor compreender o fenômeno dos recalques em
Aterros de Resíduos Sólidos.
Os estudos abordados neste trabalho referem-se à compreensão do comportamento dos
recalques secundários ocorridos na Célula 4 do Aterro da Muribeca correlacionando-os a
aspectos mecânicos, biodegradativos e climáticos. Com os resultados obtidos pôde-se
verificar que na Célula 4 do Aterro da Muribeca tem-se recalques acelerados, pois as
condições climáticas são favoráveis ao processo degradativo da matéria orgânica. Além
disso, os recalques ocorreram em três etapas de comportamentos distintos, tanto nos
recalques superficiais e, mais visivelmente, nos medidos em profundidade. Estas três etapas
do comportamento dos recalques foi explicado através de relações diretas entre aspectos
mecânicos, biodegradativos e climáticos.
A comparação dos recalques medidos e os previstos em um modelo matemático tem um
bom ajuste de curvas, tanto para os recalques medidos em profundidade como os
superficiais. Além disso, fez-se uma previsão dos recalques teóricos para um período de 5
anos após o período de medição
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[en] BEHAVIOR OF AN EMBANKMENT ON A SOFT CLAY DEPOSIT AT BAIXADA FLUMINENSE / [pt] COMPORTAMENTO DE UM ATERRO SOBRE ARGILA MOLE DA BAIXADA FLUMINENSELUIS EDUARDO FORMIGHERI 04 December 2003 (has links)
[pt] O comportamento de um aterro sobre argila mole da Baixada
Fluminense foi estudado. Este aterro foi executado para a
implantação da Indústria Rio Polímeros, com 3 metros de
espessura, assente sobre um colchão drenante. Antes da
construção, a área foi coberta com uma manta de geotêxtil.
Para acelerar os recalques do aterro, geodrenos foram
instalados na argila mole. O aterro foi instrumentado com
inclinômetros, placas de recalque e piezômetros. Durante a
construção, foram observadas rupturas em áreas localizadas
do aterro. Ensaios de palheta e piezocone foram realizados
em diferentes etapas da obra. A resistência não drenada
(Su) nos ensaios de palheta apresentaram-se dentro dos
valores reportados em trabalhos anteriores. Nos ensaios de
piezocone, Su apresentou um decréscimo com a profundidade.
Os valores de OCR, estimados com o piezocone, situaram-se
entre 1,5 e 3,0. O comportamento do aterro foi avaliado
quanto a recalques e estabilidade. O método de Asaoka
permitiu uma estimativa satisfatória do coeficiente de
adensamento e dos recalques. Os recalques estimados pela
teoria de Terzaghi foram cerca de 2,5 vezes maiores do que
os registrados no campo, devido a incertezas na
compressibilidade da argila mole. O método de Asaoka
indicou, para drenagem puramente vertical, um valor de cv
cerca de 100 vezes maior que os valores de ensaios de
laboratório e 2 vezes menor que os valores estimados
para drenagem combinada e para ensaios de piezocone. A
estabilidade do aterro foi avaliada em análises por
equilíbrio limite. Os resultados confirmaram a existência
de uma potencial instabilidade em algumas regiões do aterro. / [en] The behavior of an embankment on a soft clay deposit at
Baixada Fluminense was studied. This embankment was
constructed for implantation of Rio Polimeros Industry. The
embankment layer is 3m thick and is placed over a layer of
granular material. Before construction the entire area was
covered with a geotextil. Geodrains were also installed to
accelerate clay layer settlements. Some localized
embankment failures were observed during construction. Vane
and CPTU tests were performed at different construction
stages. Values of undrained strength (Su), provided by vane
tests, are in agreement with results reported in
literature, for soft clay deposits at Baixada Fluminense.
On the other hand, CPTU tests indicated a Su profile
decreasing with depth. OCR values were estimated between
1.5 and 3.0. The performance of the embankment construction
was evaluated with respect to its stability and settlement.
The Asaoka`s method allowed a suitable evaluation of both
coefficient of consolidation and final settlements.
However, settlements computed by Terzaghi`s theory were
about 2.5 times greater than monitored field values. These
differences were attributed to uncertainties related to the
clay layer compressibility parameters. The vertical
coefficient of consolidation, computed with Asaoka`s
method, was 100 times greater than laboratory results and 2
times smaller than values estimated for combined
consolidation and by CPTU data. The embankment stability
was evaluated with limit equilibrium analyses. The results
confirmed the occurrence of instability conditions at
localized embankment areas.
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