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Dinâmica de sistemas de bancos oceânicos da Cadeia Norte do Brasil: caracterização experimental e simulação numéricade Oliveira Geber, Fabio January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Neste trabalho utilizou-se os dados físicos oceanográficos e meteorológicos, obtidos durante o
Programa REVIZEE - Nordeste, para analisar a dinâmica de sistemas bancos oceânicos da
cadeia Norte do Brasil. Num primeiro momento, foram identificadas as massas d água, a
espessura da camada de barreira, a energia cinética turbulenta, os perfis de temperatura e de
salinidade na área do banco Aracati. Numa segunda etapa, estas informações foram utilizadas
em um modelo matemático tri-dimensional, visando identificar situações potenciais de
ressurgência orográfica nesta sub-região. Foram identificadas duas massas d água na região
do banco Aracati, sendo essas: a Água Tropical, cujo limite inferior está à cerca de 150 m,
aproximadamente, e a Água Central do Atlântico Sul, situada entre a Água Tropical e a
profundidade de cerca de 670 m. A camada de barreira variou sazonalmente de uma situação
menos espessa na primavera a mais espessa no outono, com mínimo de 2 m (outubro a
dezembro) e máximo de 20 m (abril a junho). Já as camadas de mistura e isotérmica
alcançaram maiores profundidades médias (84 m e 96m, respectivamente) no inverno
correspondendo ao trimestre de julho a setembro. Na primavera, estas camadas ficaram
restringidas nas primeiras profundidades médias de 6 e 8 m, correspondentemente. A energia
média produzida pelo cisalhamento eólico foi de 9,8x10-4 m2 s-2, e a produzida por quebra de
ondas superficiais foi de cerca de 10,8x10-2 m2 s-2. Os perfis verticais de temperatura
indicaram a presença de uma termoclina ao longo de todo o ano, com seu início variando
entre as profundidades de 70 e 150 m, aproximadamente. No tocante à salinidade, as isoalinas
mostraram uma variação similar à das isotermas com destaque a formação de células de baixa
salinidade na parte rasa do banco. O modelo matemático reproduziu satisfatoriamente os
perfis de temperatura e salinidade observados. A estrutura cinemática gerada nas simulações
indicou o desenvolvimento de velocidades verticais da ordem de 10-3 m/s na região situada à
montante do banco, tanto no inverno quanto no verão. Nesta última estação, entretanto, as
velocidades verticais mais importantes ficaram localizadas abaixo do limite inferior da zona
eufótica enquanto que, no inverno, foram constatadas velocidades significativas dentro desta
zona de penetração de luz
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