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Mata ciliar em processo de recuperação no baixo Rio São Francisco : florística e fitossociologia / Riparian forest in recovery process in the lower São Francisco River : floristic and phytosociologyMatos, Gilda Maria do Amarante 31 August 2016 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / In the state of Sergipe, few floristic and phytosociological studies have been conducted in areas of Riparian Forest. This study was conducted in order to characterize the floristic composition and phytosociological structure of a plant community in riparian area during recovery process, at Mother Nature Farm in Santana de São Francisco - Sergipe. The vegetation object of study is the result of a pilot project that used heterogeneous planting of native tree species, which aimed to obtain data to support future models of restoration in riparian degraded areas in the Lower São Francisco River region. Therefore, there was soil analysis in the area for comparison with ground data performed at the time of implementation of the initial project, floristic and phytosociological survey, with the analysis of horizontal and vertical structure, diversity index of Shannon-Weaver (H '), evenness index Peilou (J'), canopy cover (CC), floristic similarity and dispersion and successional groups syndrome. For phytosociological study of the shrubby- arboreous stratum was conducted a census of individuals present in an area of 1.66 ha, where we sampled all living individuals with bole girth at the level of 1.30 cm (CAP) ≥ 6 cm. The floristic survey of the area for all habits had total richness of 165 species, 133 genera and 51 families, with predominance of herbaceous species, represented by 44.8% of the identified species. Herbaceous families with the highest species richness were Malvaceae (16.7%), Cyperaceae (13.7%), Asteraceae (11%), Fabaceae (8.2%) Poaceae (6.8%), which together represent 56.4% of the richness in herbaceous species recorded in the area. A total 1640 individuals were sampled, belonging to 52 species, 44 genera and 20 families. Through the survey of the natural regeneration of shrub and tree species in the area, were identified individuals belonging to 70 species (38.6% and 61.4% shrubs trees), 58 genera and 25 families. Of these 70 species sampled, 57 species were not derived from planting and thus from the natural regeneration duct through dispersion. With respect the absolute density estimated was 1,025 ha-1 subjects with basal area of 9.79 m2 / ha, average individual diameter of 6.53 cm and average height of 5.65 m. Families who contributed to this floristic richness were Fabaceae, with 17 species, Anacardiaceae with five species, Rubiaceae with four species, Euphorbiaceae and Myrtaceae with three each, Capparaceae, Meliaceae, Polygonaceae, Salicaceae and Sapindaceae with two species each, the remaining families presented only one species each. The species Mimosa caesalpiniifolia Benth. with 2,70 m2 of basal area was the one with the highest values in all phytosociological parameters analyzed, a fact that may indicate a greater adaptation of species to the environment or ecological dominance of this kind. The diversity index Shannon-Wiener (H ') for sampling with 1.640 individuals was 2.78 nats / ind., the evenness index of evenness (J') of 0.70, Jentsch mix coefficient was 0.032 and Simpson's dominance index found was 0.135. The area has a high diversity of species and high dominance. The species in the study area were grouped into three categories dispersion (zoochorous, anemochoric and autochorous) and two series of categories (pioneer and climax). From these ratings was obtained 31 species (59.62%) classified as zoochorous, with 18 pioneer and 13 climax; 15 autochorous species (28.85%), with 12 pioneer and 3 climax; six anemochoric (11.54%), four pioneers and two climax. Independently of analyzed and compared physiognomy, there was a low floristic similarity with other areas of the region. Therefore, all analyzed areas are defined floristic peculiarities. It is also observed that, over the years, recomposing the soil fertility is probably due to increased nutrient cycling and also for vegetation cover which promotes a greater protection of the soil, thereby facilitating the establishment of new species in the area. / Em Sergipe, poucos estudos florísticos e fitossociológicos têm sido realizados em áreas de Matas Ciliares. O presente estudo foi realizado com o objetivo de caracterizar a composição florística e a estrutura fitossociológica de uma comunidade vegetal em área de mata ciliar, em processo de recuperação, na Fazenda Mãe Natureza em Santana do São Francisco - Sergipe. A vegetação objeto do estudo é resultado de um projeto-piloto que utilizou o plantio heterogêneo de espécies arbóreas nativas, que visou obter dados para subsidiar futuros modelos de restauração de áreas de mata ciliar degradadas na região do Baixo Rio São Francisco. Para tanto, realizou-se análise do solo da área para comparação com os dados do solo realizados na época da implantação do projeto inicial, levantamento florístico e fitossociológico, com a análise da estrutura horizontal e vertical, índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’), índice de equabilidade de Peilou (J’), cobertura de copa (CC), similaridade florística e síndrome de dispersão e grupos sucessionais. Para o estudo fitossociológico do estrato arbustivo-arbóreo foi realizado o censo dos indivíduos presentes numa área de 1,66 ha, onde foram amostrados todos os indivíduos vivos com circunferência do caule ao nível de 1,30 cm (CAP) ≥ 6 cm. O levantamento florístico da área para todos os hábitos apresentou riqueza total de 165 espécies, 133 gêneros e 51 famílias, havendo predominância das espécies herbáceas, representadas por 44,8% das espécies identificadas. As famílias herbáceas que apresentaram maior riqueza de espécies foram Malvaceae (16,7%), Cyperaceae (13,7%), Asteraceae (11%), Fabaceae (8,2%) Poaceae (6,8%), que juntas representam 56,4% da riqueza em espécies herbáceas registradas na área. Através do levantamento da regeneração natural das espécies arbustivo-arbóreas da área, foram identificados indivíduos pertencentes a 70 espécies (arbustos 38,6% e 61,4% árvores), 58 gêneros e 25 famílias. Destas 70 espécies amostradas, 57 espécies não foram oriundas do plantio sendo, portanto, provenientes da regeneração natural via dispersão. Para o levantamento estrutural da área, foi mensurado um total 1.640 indivíduos, pertencentes a 52 espécies, 44 gêneros e 20 famílias. A densidade absoluta, estimada foi de 1.025 indivíduos ha-1 com área basal de 9,79 m2/ ha, diâmetro médio individual de 6,53 cm e altura média de 5,65 m. As famílias que mais contribuíram para essa riqueza florística foram Fabaceae, com 17 espécies, Anacardiaceae com cinco espécies, Rubiaceae com quatro espécies, Euphorbiaceae e Myrtaceae com três cada, Capparaceae, Meliaceae, Polygonaceae, Salicaceae e Sapindaceae com duas espécies cada, as demais famílias apresentaram apenas uma espécie cada. A espécie Mimosa caesalpiniifolia Benth., com 2,70 m2 de área basal foi a que apresentou os maiores valores em todos os parâmetros fitossociológicos analisados, fato este que pode indicar uma maior adaptação da espécie ao ambiente ou dominância ecológica desta espécie. O índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’) para a amostragem com 1640 indivíduos foi de 2,78 nats/ind., o índice de Equabilidade de Pielou (J’) de 0,70, o Coeficiente de Mistura de Jentsch foi de 0,032 e o índice de dominância de Simpson encontrado foi 0,135. A área apresenta uma alta diversidade de espécies e alta dominância. As espécies da área em estudo foram agrupadas em três categorias de dispersão (zoocóricas, anemocóricas e autocóricas) e duas categorias de sucessão (pioneiras e clímax). A partir dessas classificações obteve-se 31 (59,62%) espécies classificadas como zoocóricas, sendo 18 pioneiras e 13 clímax, 15 (28,85%) espécies autocóricas, sendo 12 pioneiras e 3 clímax, e seis (11,54%) espécies anemocóricas, sendo quatro pioneiras e duas clímax. Independente da fisionomia analisada e comparada, observou-se uma baixa similaridade florística com outras áreas da região. Assim, todas as áreas analisadas apresentam particularidades florísticas definidas. Observa-se também que, ao longo dos anos, o solo está recompondo sua fertilidade, provavelmente devido à maior ciclagem de nutrientes
e também pela cobertura da vegetação que promove uma maior proteção do solo, facilitando assim o estabelecimento de novas espécies na área. / São Cristóvão, SE
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