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Estado e violência em tempos de capitalismo neoliberal / State and violence in times of neoliberal capitalismAraújo, Carlos Sidney Avelar January 2017 (has links)
ARAÚJO, Carlos Sidney Avelar. Estado e violência em tempos de capitalismo neoliberal. 2017. 160f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2017. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-08-23T13:00:00Z
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Previous issue date: 2017 / The theme of the research entitled ‘State and violence in times of neoliberal capitalism’ is limited to the tracing of violence inserted in the context of State actions, having the prerogative that 'the State is a violent fact' as its starting point. When designing violence in three dimensions: the symbolic, the objective (or systemic) and the subjective, the Slovenian philosopher Slavoj Žižek provides us theoretical-analytical support to problematize the use of force and/or coercion by the State as a fundamental element for its own foundation and existence. It is by analyzing the pairing of the tripod ‘capitalism - democracy - (neo)liberalism’, as legitimating structures of the State management of society, that the expressions of the violent State are addressed. On the other hand, besides the judicial system, the ideological apparatus at the service of the state is built as invisible forms which legitimize the social organization by the State. The theoretical line based on dialectical materialism leaded us to the conclusion that, yes, the State is a violent fact, more than that, the State is violence. The violent faces of the State are only visible to us through policies aimed at the exploitation of the wage labor force by the bourgeoisie, through the defense of private property by the accumulation of capital by the owners of the means of production. Those policies tend to result in more exploitation, misery, hunger, social inequality and exclusion, subordination and human suffering. We’ve come to the conclusion that, given the social, political and economic structures in which we are based, if we want to fight for a society without violence (systemic), that addresses the emergence of political acts of rupture with the systemic coordinates of capture of the politically disinterested subject and that can propel the class struggle is only possible not inside but outside the State. / A temática desta pesquisa se circunscreve no rastreamento da violência inserida no contexto das ações do Estado gerencialista da vida em sociedade. Tem como ponto de partida a prerrogativa de que ‘o Estado é um fato violento’. Ao conceber a violência em três dimensões: a simbólica, a objetiva (ou sistêmica) e a subjetiva, o filósofo esloveno Slavoj Žižek nos fornece o elemento central para problematizarmos o uso da força e/ou coerção pelo Estado enquanto elemento fundamental para a sua própria fundação e existência. É pela análise do estreitamento do tripé capitalismo-democracia-(neo)liberalismo enquanto estruturas legitimadoras do gerenciamento da sociedade pelo Estado que se chega às formas violentas que lhe veste. O aparato ideológico a serviço do Estado se constitui por outro lado, enquanto formas invisíveis. Nesse contexto, consideram-se ainda as estruturas objetivas como o aparelho jurídico, de legitimação da organização social pelo Estado. A linha teórica baseada no materialismo dialético nos permitiu concluir que sim, o Estado é um fato violento, mais que isso, o Estado é violência. Suas faces violentas só nos são visíveis através de políticas que visam à exploração da força de trabalho assalariada pela burguesia, a defesa da propriedade privada e ao acúmulo de capital, pelos donos dos meios de produção. Tais políticas resultam em exploração, miséria, fome, desigualdades, exclusão, subordinação e sofrimento humano. Concluimos que, dada às estruturas sociais, político e econômicas em que estamos assentadados, se pretendemos lutar por uma sociedade sem violência (sistêmica), que aborde as condições de emergência de atos políticos de ruptura com as coordenadas sistêmicas de captura do sujeito politicamente desinteressado e que impulsionem a luta de classes, isso só nos será possível fora do Estado.
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Sociabilidade violenta e regulação da violência no Brasil estudo sobre a especificidade da violência urbana brasileiraFRANÇA, Márcio Abreu de 06 August 2015 (has links)
Submitted by Isaac Francisco de Souza Dias (isaac.souzadias@ufpe.br) on 2016-05-13T18:10:29Z
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Previous issue date: 2015-08-06 / CAPES / A Tese trata da especificidade da violência urbana brasileira contemporânea a partir da obra de Luiz Antonio Machado da Silva. Com a noção de sociabilidade violenta, Machado da Silva busca apreender uma dimensão qualitativa da criminalidade contemporânea, marcada pela emergência do uso autonomizado da violência, e, por isso, sem a necessidade de justificação. Na primeira parte deste trabalho, apresentamos a contribuição de Machado da Silva e tomamos a sociabilidade violenta como forma desregulada de emprego da violência, o que indicaria seu caráter de novidade em relação ao panorama da criminalidade urbana. Na segunda parte, o foco recai sobre o contraponto teórico da “tese” de Machado da Silva, a saber, o estudo de formas teoricamente possíveis de regulação de uso da violência. Essa estratégia leva à composição de um tipo de conduta relacionada ao processo de pacificação social, compondo um importante contraponto à ideia de sociabilidade violenta. Ao mesmo tempo, pensando especificamente a sociedade brasileira, buscou-se relacionar formas específicas de regulação da violência que, ao contrário de outras, não resultariam na pacificação social. Na terceira parte, tentou-se aprofundar a relação possível entre as distintas formas de regulação do uso da violência para estabelecermos uma hipótese explicativa para a emergência da sociabilidade violenta como “forma de vida” singular na contemporaneidade brasileira, apoiado nos pressupostos metodológicos da Sociologia da Ação. Ao mesmo tempo, tentamos relacionar explicativamente alguns mecanismos sociais possivelmente atuantes no caso brasileiro para que se estabeleça um encadeamento causal de diversos fatores, cuja resultante, no que se refere à questão da criminalidade urbana, é a sociabilidade violenta. Concluindo o trabalho, busca-se defender que há indícios teóricos de que o uso desregulado da violência, consoante a uma mudança de percepção social sobre a violência urbana, pode ser relacionado a um desenvolvimento singular do uso legítimo da violência para fins privados. / This Thesis addresses the specificity of contemporary Brazilian urban violence from the works of Luiz Antonio Machado da Silva. With the notion of violent sociability, Machado da Silva aims to apprehend a qualitative dimension of contemporary violence, marked by the emergence of the autonomic use of violence, and, therefore, without the need for justification. In the first part of this work, we present the contribution made by Machado da Silva and take the violent sociability as an unregulated form for the use of violence, which would indicate its novelty quality regarding the overview of urban criminality. In the second part, the focus falls on the theoretical counterpoint of Machado da Silva's "thesis", namely the study of theoretically possible forms of regulating the use of violence. This strategy leads to the composition of a type of conduct related to the process of social pacification, creating an important counterpoint to the idea of violent sociability. At the same time, thinking specifically of Brazilian society, we aimed to relate specific forms of regulation of violence that, unlike others, would not result in social pacification. In the third part, we tried to deepen the possible relation between the distinct forms of regulating the use of violence to establish an explanatory hypothesis for the emergence of violent sociability as a singular "way of life" in Brazilian contemporaneity, supported on the methodological tenets from the Sociology of Action. At the same time, we tried to relate explanatorily some social mechanisms possibly active in the Brazilian case in order to establish a causal concatenation of diverse factors, whose result, regarding the issue of urban criminality, is the violent sociability. In conclusion, we aim to advocate that there are theoretical indications that the unregulated use of violence, alongside a change in social perception about urban violence, can be related to a singular development in the legitimate use of violence for private ends.
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