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A paz e o recurso à violência no Reino dos Francos: os mecanismos de resolução de conflito no período  merovíngio (séculos VI - VII) / Peace and the use of violence in the Kingdom of Francs: mechanisms of conflict resolution in the Merovingian period (centuries VI - VII)

Milton Mazetto Junior 07 April 2009 (has links)
A dissertação de mestrado intitulada \"A paz e o recurso à violência no Reino dos Francos: os mecanismos de resolução de conflito no período merovíngio (séculos VI - VII)\" tem como objeto central a questão do caráter dos meios de resolução de conflito no período merovíngio: público, provenientes de uma autoridade comprometida com a manutenção da ordem; ou privado, emanados dos laços de solidariedade entre os diversos grupos de parentesco presentes nesse reino. O fundamento de tal problema reside nas diversas interpretações, presente na historiografia sobre o período, sobre o papel exercido pelo poder real na resolução dos conflitos. Alguns dos estudos, próximos da antropologia jurídica, apontam que a realeza não possuiria o poder para controlar as disputas e a violência, as quais seriam controladas através da \'faida\'. Outros, apontam que o rei merovíngio seria o responsável por levar fim as discórdias, através da instituição de códigos normativos e da delegação de seu poderes judiciários à um corpo de funcionários. Essa distinção nos estudos teria como causa distintas interpretações, por um lado, do sentido dos relatos de violência presentes nos \'Decem libri historiarum\' de Gregório de Tours, e por outro, da natureza do \'Pactus legis salicae\'. Nesse sentido, a pesquisa apresentada na dissertação busca, através da reflexão sobre essas fontes à luz dos estudos mais recentes sobre elas e da análise dos cânones dos concílios e das \'formulae Andecavenses\', posicionar-se de maneira crítica em relação a ambas concepções da realeza merovíngia. / The Master\'s dissertation entitled \"Peace and the use of violence in the Kingdom of Francs: mechanisms of conflict resolution in the Merovingian period (centuries VI - VII)\" has as its main object the question of the character of the forms of conflict resolution in the Merovingian period: public, result of the action of an authority concerned with the groups of that society. The fundament of that problem lies in the different interpretations, present in the historiography, of the role of the royal power in the conflict resolution. Some studies, related with the anthropology of law, outpoint that the royalty didn\'t has the means to control the disputes and the violence, whose were controlled by the feud. Other works, indicate that the Merovingian king was the sole responsible for the end of disputes, through the institution of law codes and the delegation of judiciary power to a body of functionaries. This distinction in the studies were caused by the distinct interpretations of, by one side, the meaning of the violence in the narrative of the \'Decem libri historiarum\' of Gregory of Tours, and, by another, the nature of thses sources, guided by the most recent researches in the field, and the investigation of the canons of the councils and the \'formulae Andecavenses\', to position himself critically within the discussion of the both conceptions of Merovingian royal power.
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A paz e o recurso à violência no Reino dos Francos: os mecanismos de resolução de conflito no período  merovíngio (séculos VI - VII) / Peace and the use of violence in the Kingdom of Francs: mechanisms of conflict resolution in the Merovingian period (centuries VI - VII)

Mazetto Junior, Milton 07 April 2009 (has links)
A dissertação de mestrado intitulada \"A paz e o recurso à violência no Reino dos Francos: os mecanismos de resolução de conflito no período merovíngio (séculos VI - VII)\" tem como objeto central a questão do caráter dos meios de resolução de conflito no período merovíngio: público, provenientes de uma autoridade comprometida com a manutenção da ordem; ou privado, emanados dos laços de solidariedade entre os diversos grupos de parentesco presentes nesse reino. O fundamento de tal problema reside nas diversas interpretações, presente na historiografia sobre o período, sobre o papel exercido pelo poder real na resolução dos conflitos. Alguns dos estudos, próximos da antropologia jurídica, apontam que a realeza não possuiria o poder para controlar as disputas e a violência, as quais seriam controladas através da \'faida\'. Outros, apontam que o rei merovíngio seria o responsável por levar fim as discórdias, através da instituição de códigos normativos e da delegação de seu poderes judiciários à um corpo de funcionários. Essa distinção nos estudos teria como causa distintas interpretações, por um lado, do sentido dos relatos de violência presentes nos \'Decem libri historiarum\' de Gregório de Tours, e por outro, da natureza do \'Pactus legis salicae\'. Nesse sentido, a pesquisa apresentada na dissertação busca, através da reflexão sobre essas fontes à luz dos estudos mais recentes sobre elas e da análise dos cânones dos concílios e das \'formulae Andecavenses\', posicionar-se de maneira crítica em relação a ambas concepções da realeza merovíngia. / The Master\'s dissertation entitled \"Peace and the use of violence in the Kingdom of Francs: mechanisms of conflict resolution in the Merovingian period (centuries VI - VII)\" has as its main object the question of the character of the forms of conflict resolution in the Merovingian period: public, result of the action of an authority concerned with the groups of that society. The fundament of that problem lies in the different interpretations, present in the historiography, of the role of the royal power in the conflict resolution. Some studies, related with the anthropology of law, outpoint that the royalty didn\'t has the means to control the disputes and the violence, whose were controlled by the feud. Other works, indicate that the Merovingian king was the sole responsible for the end of disputes, through the institution of law codes and the delegation of judiciary power to a body of functionaries. This distinction in the studies were caused by the distinct interpretations of, by one side, the meaning of the violence in the narrative of the \'Decem libri historiarum\' of Gregory of Tours, and, by another, the nature of thses sources, guided by the most recent researches in the field, and the investigation of the canons of the councils and the \'formulae Andecavenses\', to position himself critically within the discussion of the both conceptions of Merovingian royal power.

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