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Tramas do cotidiano: religião, política, guerra e negócios no Grão-Pará do setecentos - um estudo sobre a Companhia de Jesus e a política pombalinaSouza Junior, José Alves de 02 October 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-10-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work aims to investigate the daily webs of Grao Para in the years of the seven
hundreds, in order to try to understand the practices of several social actors, such as
the Indians, the Jesuits, the settlers, the colonial authorities, the negros, the mixed
race, and the white poor men, before and after Pombal s intervention in the colonizing
process of the North Region of Portuguese Brazil. Such practices included religion,
politics, war, and business. They developed in a historical context of a strong fight
between missionaries and settlers, to control of the Indian workers, which led to an
Indian legislation that changed according to the interests in dispute, and to each
contender s power beyond the metropolis. The arrival of Sebastião José de Carvalho e
Melo, who later became the Marquis of Pombal, at the State Office for Foreign
Business and War, resulted in remarkable changes in the politics of the Portuguese
colony in the amazon region, which conflicted with the saving plans of the Jesus
Company, causing its banishing from Portugal and all of its domains. Explaining this
fact required an inquiry into the Jesuit political thinking, in order to show how it
conflicted with D. Jose I s intention to settle absolutism, and laicize the Portuguese
State. It also required examining issues concerning the relations between the Jesuits
and the Governor of the State of Grao Para and Maranhao, Francisco Xavier de
Mendonça Furtado, who built and executed the new colonial politics. The banishing
of the Jesuits from the Grao Para led to confiscating their belongings, which made it
possible both to reconstruct the patrimony they had accumulated, and to make them
the target of uses and abuses. The work tries to penetrate into daily life in the
villages, which had been transformed into small towns and places, through the Indians
Directory. It also tries to analyze how social actors who took part in this new social
reality experienced it, and to recover the origins of the laymen proprietary elite in the
Grao Para, which had become empowered by the Jesuits banishing, as well as its
business, and its compartment, after the Portuguese troops left the captaincy and
conquered and settled in Caiena / O presente trabalho pretende mergulhar nas tramas do cotidiano do Grão-
Pará do setecentos, no sentido de tentar compreender as práticas engendradas por
diversos atores sociais, índios, jesuítas, colonos, autoridades coloniais, negros,
mestiços e homens brancos pobres antes e depois da intervenção pombalina no
processo de colonização da Região Norte do Brasil português. Tais práticas
envolviam religião, política, guerra, negócios, e se desenvolviam num contexto
histórico marcado por uma acirrada disputa pelo controle da mão-de-obra indígena
travada por missionários e colonos, que fazia com que a legislação indigenista
oscilasse de acordo com os interesses em jogo e o poder de barganha na Metrópole
dos contendores. A ascensão de Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês
de Pombal, à Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra marcou
sensíveis mudanças na política colonial portuguesa na Amazônia, que entraram em
rota de colisão com o plano salvacionista da Companhia de Jesus, resultando na sua
expulsão de Portugal e de todos os seus domínios. A explicação de tal fato exigiu um
mergulho no pensamento político jesuítico, para mostrar como ele ia de encontro às
pretensões de D. José I de implementar um absolutismo de fato, laicizando o Estado
português, e nas questões que envolveram os jesuítas e o governador do Estado do
Grão-Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, construtor e executor
da nova política colonial. A expulsão dos jesuítas do Grão-Pará levou ao confisco dos
seus bens, o que possibilitou, não só reconstituir o patrimônio por eles formado na
capitania, mas, também, os usos e abusos de que foram alvos. Além disso, o trabalho
busca penetrar no dia-a-dia dos aldeamentos, transformados em vilas e lugares pelo
Diretório dos Índios, e como tal experiência foi vivenciada pelos diversos atores
sociais neles presentes, e recuperar as origens da elite proprietária leiga do Grão-Pará,
fortalecida pela expulsão dos jesuítas, assim como seus negócios, e seu
fracionamento, a partir da conquista e ocupação de Caiena por tropas portuguesas
saídas da capitania
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