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A República oligárquica de Pernambuco: montagem e declínio do domínio de Francisco de Assis da Rosa e SilvaZACARIAS, Audenice Alves dos Santos 05 June 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-06-05 / O presente trabalho é uma análise do contexto político-social que permitiu o surgimento, a sustentação e o declínio do oligarca de Pernambuco, Francisco de Assis da Rosa e Silva (1856-1929). Com rápida ascensão, nos anos finais do Império, o líder partidário e legislador Rosa e Silva produziu decisiva inscrição no debate político que consolidou a maneira pelas quais as relações de poder se desenvolveram na Primeira República. No cenário nacional, o Senador pernambucano conduziu o Parlamento na reforma eleitoral de 1904. Porém, mesmo inserindo positivas inovações, a lei eleitoral ficou centrada em assegurar a continuidade de bases regulatórias excludentes e elitistas que mantinham o tranquilo domínio dos partidos maioritários. Em sua terra, a rede político-partidária do conselheiro Rosa e Silva controlou a administração pública estadual, desde 1896. Desta forma, obtinha condições para atender clientes urbanos e coronéis que, em troca de cargos e outros favores, hipotecavam seus serviços, os votos de seus dependentes, participavam das fraudes eleitorais e, sobretudo, controlavam possíveis rebeliões dos opositores. Até o momento em que, na sua primeira disputa ao executivo estadual, Rosa e Silva venceu nas urnas, mas teve de aceitar a diplomação do general Emídio Dantas Barreto como governador em Pernambuco para o quadriênio de 1911 a 1915. Ao abordar a mais sangrenta eleição da Primeira República, esta tese evidenciou não apenas a tecnicidade da campanha oposicionista, mas a atuação de grupos até então marginalizados. Deixando em choque a plateia nacional e internacional, o milionário representante da elite nacional que um dia foi descrito como “o Napoleão do Norte”, Francisco Rosa e Silva, foi derrotado não apenas pela união da coligação partidária oposicionista pernambucana e as tropas do Exército, mas também pela ação decisiva de mulheres (desprovidas do direito ao voto) e pobres vendedores de jornais (que formavam “o batalhão dos 34 pés descalços”). Precedendo o que se verificaria no país em Revolução de 1930, a poderosa classe oligárquica sofreu grande derrotada. / The present work is an analysis of the political-social context that allowed the emergence, the sustentation and the decline of the oligarch of Pernambuco, Francisco de Assis da Rosa e Silva (1856-1929). With rapid rise, in the final years of the Empire, party leader and legislator Rosa e Silva produced a decisive inscription in the political debate that consolidated the way in which the power relations developed in the First Republic. In the national scenario, the Senator from Pernambuco led the Parliament in the 1904 electoral reform. However, even with positive innovations, the electoral law focused on ensuring the continuity of exclusive and elitist regulatory bases that retained the quiet dominance of the majority parties. In his land, the political-partisan network of Counselor Rosa e Silva controlled the state public administration, since 1896. In this way, he obtained the conditions to serve urban clients and colonels who, in exchange for positions and other favors, mortgaged their services, votes Of their dependents, participated in electoral fraud and, above all, controlled possible rebellions by opponents. At the time when Rosa e Silva won the first ballot at the polls, he had to accept the diploma of General Emídio Dantas Barreto as governor in Pernambuco for the four-year period from 1911 to 1915. By addressing the most bloody election Of the First Republic, this thesis evidenced not only the technicity of the opposition campaign, but the performance of previously marginalized groups. Shocking the national and international audience, the millionaire representative of the national elite who was once described as "the Napoleon of the North", Francisco Rosa e Silva, was defeated not only by the union of the Pernambuco opposition party coalition and the Army troops, But also by the decisive action of women (deprived of the right to vote) and poor newspaper sellers (who formed the "battalion of 34 feet barefoot"). Preceding what would happen in the country in Revolution of 1930, the powerful oligarchic class suffered great defeat.
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