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Dinâmica temporal da vegetação e da decomposição da serapilheira em sucessão secundária da floresta atlântica do sul do BrasilMartins, Kelly Geronazzo 09 August 2013 (has links)
Resumo: O presente estudo fez parte do projeto teuto-brasileiro SOLOBIOMA II, o qual tinha como objetivo avaliar a qualidade de ecossistemas de florestas secundárias e de seu potencial para conservação da biodiversidade. Neste contexto, este documento é formado por um conjunto de três estudos que versam sobre temas complementares e que tentam explicar as mudanças que ocorrem durante a sucessão secundária na Floresta Ombrófila Densa do Paraná. Primeiramente, efetuou-se uma classificação das parcelas escolhidas para o estudo de fitossociologia mediante a análise de TWINSPAN; o objetivo foi comprovar que as áreas compunham cronossequências de estabelecimento e extinção de espécies dominantes. Posteriormente foram relacionados atributos pedológicos e as trajetórias sucessionais do componente arbóreo. A terceira pesquisa investigou a interferência do estádio sucessional na decomposição da serapilheira. Para tanto, 21 sítios, 12 em Cambissolo (CA) e 9 em Gleissolo (GL) que perfazem 4 períodos após o distúrbio (e.g. 9- 11; 15-20; 40-55 e >100 anos), cada qual representado por três repetições, foram selecionados mediante o mapeamento da vegetação sobreposto ao mapa de solos e aerofotos de diferentes períodos (1952, 1980 e 2002), além de entrevistas com antigos moradores. Todas as áreas sofreram corte raso da vegetação e uso do solo para pastagem e agricultura, antes do abandono e início da regeneração. Em cada sítio foram alocadas 10 parcelas justapostas de 100m2, onde todos os indivíduos com DAP ?4,8cm foram identificados e tiveram seus diâmetros registrados. Paralelamente, análises de solo em três profundidades (0-5; 5-10 e 10-20cm), foram realizadas para determinação de atributos pedológicos (Areia, Silte, Argila, pH, Alumínio, Fósforo, Potássio, Cálcio, Magnésio, Nitrogênio e Carbono). Foi também instalado um ensaio com bolsas de decomposição (litterbags), confeccionadas com dois tamanhos de abertura de malha (5 mm e 0,02 mm). Estas bolsas foram preenchidas com serapilheira recém depositada nas áreas de estudo. Para a análise fitossociológica foram amostrados 2,1ha de floresta, onde 3355 indivíduos foram classificados em 151 espécies e 44 famílias. A síndrome de dispersão mais comum foi a zoocoria (46%); as famílias mais representativas foram Myrtaceae e Lauraceae. A classificação das parcelas mediante a TWINSPAN se mostrou compatível com a idade estimada das mesmas após o distúrbio. No segundo estudo, os resultados comprovaram que na Floresta Atlântica a composição florística e suas trajetórias ao longo do gradiente sucessional são fortemente influenciadas pelo solo, em especial pela textura e pelo hidromorfismo, onde florestas sobre solos arenosos e hidromórficos apresentaram uma resiliência menor. Portanto, estes atributos devem ser levados em consideração nas medidas de conservação, restauração e manejo dos remanescentes da Floresta Atlântica. Finalmente, no último trabalho, os resultados mostraram que não existe influência pronunciada dos estágios sucessionais na decomposição da serapilheira devido a uma baixa especificidade entre macro e meso-decompositores e a serapilheira produzida, além da aparente elevada capacidade da microbiota do solo adaptar-se a diferentes tipos de substratos.
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Dinâmica de espécies arbóreas e arbustivas sob manejo florestal madeireiro, durante 27 anos, em uma floresta ombrófila densa no Estado do Amapá, BrasilMendes, Fernanda da Silva January 2016 (has links)
Orientador : Prof. Dr. Sebastião do Amaral Machado / Coorientador : Dr. Ademir Roberto Ruschel, Dr. Afonso Figueiredo Filho e Dr. João Olegário P. de Carvalho / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal. Defesa: Curitiba, 20/06/2016 / Inclui referências: f. 78-93 / Área de concentração : Manejo Florestal / Resumo: A produção de madeira legal na Amazônia Brasileira é regida por planos técnicos de manejo florestal. Todavia, é necessário conhecer aspectos das respostas da vegetação ao manejo. O objetivo do presente trabalho foi analisar o efeito de diferentes intensidades de colheita de madeira e desbaste na comunidade de espécies arbóreas e arbustivas, em uma Floresta Ombrófila Densa, monitorada de 1984 a 2011, para esclarecer aspectos da dinâmica da vegetação sob manejo na Amazônia Oriental. Foram utilizados dados cedidos pela Embrapa Amazônia Oriental, no município de Vitória do Jari, Estado do Amapá, Brasil. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com três repetições. Em 1985 foram colhidos 400 ha, com três intensidades de redução de volume (15, 25 e 35%), considerando árvores com DAP ? 60 cm; e 100 ha foram mantidos sem colheita (testemunha). Em 1994 foram aplicados tratamentos silviculturais, com desbaste de indivíduos a partir de 15 cm de DAP, com quatro intensidades de redução da área basal original (0, 30, 50 e 70%). Esses tratamentos foram combinados com as intensidades de colheita, resultando em 12 tratamentos, mais a testemunha. O monitoramento ocorreu em 40 parcelas permanentes de 1 ha (36 colhidas e 4 testemunhas). Foram mensurados todos os indivíduos com DAP ? 20,0 cm. Dentro das parcelas, foram sorteadas 10 subparcelas e medidas arvoretas de 5,0 ? DAP < 20,0 cm. Nestas subparcelas, em parcelas de 5 x 5 m, foram medidas varas de 2,5 ? DAP < 5,0 cm. Nas parcelas de 5 x 5 m, foram instaladas parcelas triangulares e contados os indivíduos com HT > 30 cm e DAP < 2,5 cm. Foram realizadas medições em 1984, 1986, 1994, 1996, 2004 e 2011. Foi analisada a riqueza, composição florística, estrutura (densidade, dominância e frequência), diversidade e agrupamento. As análises estatísticas foram realizadas utilizando modelos lineares generalizados. A riqueza de espécies não foi influenciada pelo desbaste, mas sim pela colheita, crescendo proporcionalmente à sua intensidade. A florística não diferiu significativamente entre tratamentos, porém a similaridade entre as intensidades de colheita aumentou com o passar dos anos. A similaridade dentro dos tratamentos decresceu com o aumento da intensidade de colheita. A abundância não foi influenciada pelo desbaste, porém aumentou proporcionalmente à intensidade de colheita. A diversidade aumentou após os tratamentos. Os parâmetros estruturais das espécies comuns não foram influenciados pelos tratamentos. A densidade das espécies comuns, colhidas e desbastadas não foi influenciada pela intensidade de colheita, bem como pela redução de área basal. A similaridade da área em relação à densidade das espécies comuns não foi influenciada pela colheita e desbaste. Palavras chave: Colheita de madeira. Tratamentos silviculturais. Resiliência florestal. Monitoramento de florestas. Amazônia Oriental. Dinâmica pós-colheita. / Abstract: The production of legal timber in the Brazilian Amazon is governed by technical forest management plans. However, it is necessary to know the aspects of the responses of vegetation to management. The objective of this present work was to analyze the effect of different forest harvesting intensities and girdling on the tree and shrub species community, in a Dense Ombrophilous Forest, monitored from 1984 to 2011, in order to understand aspects of vegetation dynamics under forest management in Eastern Amazon. It was used data ceded by Embrapa Amazônia Oriental, in Vitória do Jari, Amapá, Brazil. The experimental design was carried out in random blocks with three replications. In 1985 400 ha were logged, with three volume reduction intensities (15, 25 e 35%), considering trees with DBH ? 60 cm; and 100 ha were kept without harvesting (control area). In 1994, silvicultural treatments were applied with thinning of individuals from 15 cm DBH with four reduction intensities from the original basal area (0, 30, 50 and 70%). These treatments were combined with the harvesting intensities, resulting in 12 treatments, more the control area. The monitoring of vegetation was performed in 40 permanent sample plots of 1 ha each (36 logged and 4 unlogged) (trees with DBH ? 20 cm). Within the plots, 10 subplots were established and saplings with 5.0 ? DBH < 20.0 cm were measured. In the subplots, were installed plots of 5 x 5 m and measured 2.5 ? DBH < 5.0 cm sticks. In the 5 x 5 m plots, were installed triangular plots and counted all seedlings with HT > 30 cm and DBH < 2.5 cm. The plots were measured in 1984, 1986, 1994, 1996, 2004 and 2011. Floristic composition, richness, structure (density, dominance and frequency), diversity and cluster were analyzed. Statistical analyses were performed using generalized linear models. Species richness was not influenced by thinning, but it is was influenced by the logging in proportion to their intensity. Floristic did not differ significantly between treatments, but the similarity between the logging intensities increased with the years. The similarity within treatments decreased with the increasing of logging intensity. The abundance was not affected by thinning, however increases in proportion to the intensity of logging. The diversity increased after treatment. The structural parameters of the most common species were not affected by treatments. The density of the common species, which were harvested and girdled, were not influenced by the intensity of logging or reduced basal area. The area did not present differentiation to the treatments, considering the density of the most common species. Key-words: Wood logging. Silvicultural treatments. Forest resilience. Forest monitoring. Eastern Amazon. Postharvest dynamic.
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