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Parque Augusta na luta pelo comum urbano: uma etnografia de redes e ruas / Augusta Park in the fight for the urban commons: an ethnography of networks and streetsOliveira, Maria de Lourdes Silva de 25 March 2019 (has links)
Palco de manifestações multitudinárias neste início de século, as cidades têm presenciado o embate entre os desejos subjetivos por habitar espaços inclusivos, sustentáveis, compartilhados e geridos entre todos, e a crescente exclusão e destruição dos espaços comuns, provocadas principalmente pela especulação imobiliária e pelo consumo como experiência de vida. Em luta por um direito à cidade renovado, calcado no fazer cidade entre todos, de baixo para cima, coletivos de ativistas e movimentos de moradores vêm se conformando como laboratórios de comuns urbanos em todo o mundo. Em cinco anos de luta pela criação de um parque no Centro de São Paulo, impedindo a construção de três torres de concreto em uma região já adensada e com baixo índice de áreas verdes, o Movimento Parque Augusta tornou-se, a partir de suas práticas, um símbolo das possibilidades geradas nesses laboratórios, experimentando e produzindo em comum, como uma comunidade epistêmica. Este estudo traz um relato das características que permitem configurar o Movimento Parque Augusta como um comum urbano, construído em dois anos de observação colaborativa, análise de documentos e redes digitais. Ele mostra como a constituição da comunidade e sua governança, as ferramentas de ação, deliberação e comunicação por ele utilizadas, bem como os produtos construídos em comum, formam um protótipo que entregam como legado para coletivos e lutas afins / A stage of multitudinous demonstrations in the beginning of XXI century, big cities have witnessed the clash between subjective desires for inhabiting inclusive, sustainable, shared and managed spaces among all, and the increasing exclusion and destruction of common spaces, caused mainly by real estate speculation and consumption as a life experience. In a struggle for a renewed right to the city, based on making city among all, a bottom-up experience, collective activists and neighbors movements around the world have been conforming themselves as urban common laboratories. In five years of struggle for a park in São Paulo center area, preventing the construction of three towers in an already densely populated area with a low index of trees, Movimento Parque Augusta became, through its practices, a symbol of these laboratories possibilities, experimenting and producing in common, as an epistemic community. This study brings an ethnographic view about what characterizes Movimento Parque Augusta as an urban common, built in two years of collaborative observation, document and digital networks analysis. It shows how the constitution of the community and its governance, the tools of action, deliberation and communication used by it, as well as the products built in common, form a prototype that they deliver as a legacy for collectives and related struggles
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