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O rito (fúnebre) individual do neurótico em tempos de dessocialização da morte e do luto: uma leitura psicanalítica das tatuagens in memoriam / The neurotic s individual (funeral) rite in times of desocialization of death and mourning: a psychoanalytic reading of in loving memory tattoos

Pinho, Miriam Ximenes 20 August 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Miriam Ximenes Pinho.pdf: 6783239 bytes, checksum: 005de88c724fc9bdfb776c626ad1c1f5 (MD5) Previous issue date: 2015-08-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / For centuries, the death was treated as a social and public event taking place accompanied by sacred rites. Right after the World War I, a precipitation of the dismantling of the traditional models of care for the dying and the bereaved just occurred. Death has become taboo and that same ban hit everything that it refers, including the mourning that has become an intimate and lonely experience. The desecration of death led to unritualized mourning, however, this did not imply neglect or abandonment of the Dead. Instead, we observe the emergence of new forms of relationship with the Dead in which the rites appear reconfigured, the manner of a bricolage. In order to study these new configurations we have chosen to investigate one of them that is called "in loving memory tattoos" produced due to a bereavement. This research suggests that in loving memory tattoos constitute an neurotic s individual (funeral) rite , that is, a private way of ritualizing mourning and paying funeral tribute in times of suppression of the death of social spaces and unritualized mourning. As we consider the making of a memorial tattoo a private rite, it was important to investigate the function of this rite that can both serve as a possible treatment of the real by the symbolic order in a kind of mourning written on the skin, as a rite that it aims to prolong the relationship with the departed one, producing an endless mourning in which the writing of the mourning never ends / Durante séculos, a morte foi tratada como um fato social e público que ocorria acompanhado por ritos sagrados. Logo após a Primeira Guerra, observou-se a precipitação do desmantelamento dos modelos tradicionais de cuidados aos agonizantes e amparo aos enlutados. A morte tornou-se tabu e essa mesma interdição atingiu tudo o que a ela se refere, incluindo o luto que se tornou uma experiência íntima e solitária. A dessacralização da morte levou à desritualização do luto, porém isso não implicou em abandono ou esquecimento dos mortos. Ao contrário, observamos a emergência de novas modalidades de relação com os mortos em que os ritos aparecem reconfigurados, ao modo de um bricolage. Com o intuito de estudar essas novas configurações, optamos por investigar uma delas, as chamadas tatuagens in memoriam produzidas em decorrência de um luto. Essa pesquisa sugere que as tatuagens in memoriam se constituem em um rito fúnebre individual do neurótico , isto é, um modo privado de ritualizar o luto e prestar tributo fúnebre em tempos de dessocialização da morte e desritualização do luto. Ao considerarmos a produção das tatuagens in memoriam um rito privado coube-nos investigar a função desse rito que pode tanto servir como tratamento possível do real pelo simbólico em forma de uma escrita do luto grafada no corpo, quanto um rito que visa prolongar a relação com o ser perdido, produzindo um luto interminável em que a escrita do luto não se conclui

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