Submitted by Caroline Falcao (caroline.rfalcao@ufpe.br) on 2016-05-31T16:39:39Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) 39M791p Dissertação.pdf: 9494590 bytes, checksum: 820690008a9febba80ac6cbcfd72309d (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-31T16:39:39Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) 39M791p Dissertação.pdf: 9494590 bytes, checksum: 820690008a9febba80ac6cbcfd72309d (MD5) Previous issue date: 1988-08 / Este trabalho refere-se a uma pesquisa de campo, realizada com jovens de camada de baixa renda, nas idades de 13 a 17 anos do sexo feminino, e tem o intuito de verificar a possível existência de rituais de passagem que caracterizem esta fase juvenil. Esta busca deve-se também à possibilidade de verificação da existência da adolescência feminina na pobreza, fato que é questionado pela comunidade científica como algo, por vezes, inexistente, devido à carência de condições socioeconômico-psicologicas das camadas de baixa renda. A partir de entrevistas semi-estruturadas com 45 moças de 3 ruas de um bairro pobre favela), a autora encontrou nos discursos das Jovens o ritual da "preparação para o casamento" como algo fundamental à fase juvenil desta população. A Jovem é iniciada peia mãe por volta dos 10 aos 13 anos no aprendizado dos "afazeres domésticos", devendo tudo saber sobre eles antes do casamento. O ritual é visto como necessário para o futuro desempenho de mulher casada, bem como para a sua sobrevivência e da sua família. O não passar por este ritual do aprendizado dos "afazeres domésticos" é visto por elas de uma forma depreciativa - não preparada para casar. A Jovem tem como obrigação preparar-se para o casamento; sua mãe tem como obrigação prepará-la. Após uma análise antropológico-psicanalítica, a autora constatou a existência de "rituais de passagem" da adolescência à vida adulta, e também a existência de "adolescência" como fase de vida, na população pesquisada. O trabalho revela ainda o quanto essa ritualização mantêm o "status quo" da mulher pobre e inserida na situação sócio-econômica que é tradicionalmente vivida em nossa região.