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Geologia, geoquímica e petrologia magnética do magmatismo básico da área de Nova Canadá (PA), Província CarajásMARANGOANHA, Bhrenno 29 August 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / INCT/GEOCIAM - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Geociências da Amazônia / O mapeamento geológico realizado na área de Nova Canadá, porção sul do Domínio Carajás, Província Carajás, possibilitou a individualização de duas unidades de caráter máfico e intrusivas nos granitoides do Complexo Xingu e, mais restritamente, na sequência greenstone belt do Grupo Sapucaia. São representadas por diques de diabásio isotrópicos e por extensos corpos de anfibolito, com os últimos descrevendo texturas nematoblástica e granoblástica, de ocorrência restrita à porção SW da área. Ambos apresentam assinatura de basaltos subalcalinos de afinidade toleítica, sendo que os diques de diabásio são constituídos por três
variedades petrográficas: hornblenda gabronorito, gabronorito e norito, sendo essas diferenças restritas apenas quanto à proporção modal de anfibólio, orto- e clinopiroxênio, já que texturalmente, as mesmas não apresentam diferenças significativas. São formados por plagioclásio, piroxênio (orto- e clinopiroxênio), anfibólio, minerais óxidos de Fe-Ti e olivina, apresentam um padrão ETR moderadamente fracionado, discreta anomalia negativa de Eu, ambiente geotectônico correspondente a intraplaca continental, e assinaturas dos tipos OIB e E-MORB. Já os anfibolitos são constituídos por plagioclásio, anfibólio, minerais opacos,
titanita e biotita, mostram um padrão ETR horizontalizado, com anomalia de Eu ausente, sendo classificados como toleítos de arco de ilha e com assinatura semelhante aos N-MORB.
Os dados de química mineral obtidos nessas unidades mostram que, nos diques de diabásio, o
plagioclásio não apresenta variações composicionais significativas entre núcleo e borda,
sendo classificados como labradorita, com raras andesina e bytownita; o anfibólio mostra uma
gradação composicional de Fe-hornblenda para actinolita, com o aumento de sílica. Nos
anfibolitos, o plagioclásio mostra uma grande variação composicional, de oligoclásio à
bytownita nas rochas foliadas, sendo que nas menos deformadas, sua classificação é restrita à
andesina sódica. O piroxênio, presente apenas nos diabásios, exibe considerável variação em
sua composição, revelando um aumento no teor de magnésio nos núcleos, e de ferro e cálcio,
nas bordas, permitindo classificá-los em augita, pigeonita (clinopiroxênio) e enstatita (ortopiroxênio). Os diabásios apresentam titanomagnetita, magnetita e ilmenita como os principais óxidos de Fe-Ti, permitindo reconhecer cinco formas distintas de ilmenita nessas rochas: ilmenita treliça, ilmenita sanduíche, ilmenita composta interna/externa, ilmenita em
manchas e ilmenita individual. Feições texturais e composicionais sugerem que a
titanomagnetita e os cristais de ilmenita composta externa e individual foram originados
durante o estágio precoce de cristalização. Durante o estágio subsolidus, a titanomagnetita foi
afetada pelo processo de oxi-exsolução, dando origem a intercrescimentos de magnetita pobre
em titânio com ilmenita (ilmenitas treliça, em mancha, sanduíche e composta interna). Os
anfibolitos possuem a ilmenita como único mineral óxido de Fe e Ti ocorrendo, portanto, sob
a forma de ilmenita individual, onde encontra-se sempre associada ao anfibólio e à titanita. Os
valores mais elevados de suscetibilidade magnética (SM) estão relacionados aos gabronoritos
e noritos, os quais exibem maiores conteúdos modais de minerais opacos e apresentam
titanomagnetita magmática em sua paragênese. A variedade hornblenda gabronorito define as
amostras com valores intermediários de SM. Os menores valores de SM são atribuídos aos
anfibolitos, que são desprovidos de magnetita. A correlação negativa entre valores de SM com
os conteúdos modais de minerais ferromagnesianos indica que os minerais paramagnéticos
(anfibólio e piroxênio) não possuem influência significativa no comportamento magnético dos
diabásios, enquanto nos anfibolitos a tendência de correlação positiva entre estas variáveis
pode sugerir que estas fases são as principais responsáveis pelos seus valores de SM. Dados
geotermobarométricos obtidos a partir do par titanomagnetita-ilmenita nos diabásios indicam
que estes se formaram em condições de temperatura (1112°C) e Fo2 (-8,85) próximas
daquelas do tampão NNO. / Through geologic mapping of the Nova Canadá area, was possible to individualize two mafic
units, typified for diabase dikes, isotropic, and extensive bodies of amphibolites with
nematoblastic and granoblastic textures, outcropping only in the southwestern part of the area.
Both units cross-cut granitoids of Xingu Complex and Sapucaia greenstone belts sequence.
They are classified as subalkaline tholeiitic basalts. Diabase dikes are divided into three
varieties, namely hornblende-gabbronorite, gabbronorite and norite, being the differences
between these ones only concerned the modal contents of amphibole, ortho- and
clinopyroxene, once petrographically, they don’t show significant differences. They consist of
plagioclase, ortho-/clinopyroxene, amphibole, Fe-Ti oxides and olivine; they show a moderate
fractional pattern REE and unremarkable negative Eu anomaly. Tectonically, they are related
to a continental intraplate environment, and show OIB and E-MORB-types signatures. On the
other hand, the amphibolites show a flat REE pattern and an absence of Eu anomaly. They are
classified as island arc tholeiites and show N-MORB-type signature. This lithotype includes
plagioclase, amphibole, opaque minerals, titanite and biotite as main mineralogical phases.
The mineral chemistry shows in the diabases no significant variation between plagioclase core
and rim, being classified as labradorite, with rare andesine and bytownite; the amphibole
shows a compositional gradation from Fe-hornblende to actinolite with increasing silica. In
the amphibolites, the plagioclase shows a wide compositional variation, from oligoclase to
bytownite in the foliated rocks; in the amphibolites less/no foliated, there is only sodic
andesine. Pyroxene is only found in the diabase dikes and exhibits considerable variation
compositional, showing a magnesium content increasing in the cores; the iron and calcium
contents increase toward the rims; it is classified as augite, pigeonite (clinopyroxene) and
enstatite (orthopyroxene). Diabase dikes have titanomagntite, magnetite and ilmenita as main
Fe-Ti oxides. Textural analyses of these oxides allowed identifying five distinct forms of
ilmenite in the diabase dikes: trellis ilmenite, sandwich ilmenite, patch ilmenite, individual
ilmenite, internal and external composite ilmenite. Texture features suggest that
titanomagnetite and individual and external composite ilmenite crystallized in early magmatic
stage. During the subsolidus stage, titanomagnetite was transformed by oxidation-exsolution
in intergrowths of almost pure magnetite and ilmenite (sandwich, patch, trellis and internal
composite ilmenite). Amphibolites have ilmenite as the only Fe-Ti oxide mineral, that occurs
as individual ilmenite, and it is always associated to amphibole and titanite. Norites and
gabbronorites are characterized by the highest values of the magnetic susceptibility (MS);
these varieties exhibit the highest modal opaque minerals content, having primary
titanomagnetite as mineralogical phase. Hornblende-gabbronorites exhibit the moderate
values of the MS, and amphibolites, the lowest ones. The negative correlation between MS
values with modal ferromagnesian contents of the diabases shows that paramagnetic minerals
(amphibole and pyroxene) don’t have significant influence in the magnetic behavior in these
rocks. In contrast, the positive correlation between these variables, of the amphibolites,
suggests these mineral phases are the main responsible for its values of the MS.
Geothermobarometric data obtained from titanomagnetite-ilmenite pair in the diabase dikes
show temperature and oxygen fugacity conditions (1112°C and -8,85, respectively) close to
NNO buffer.
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