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Dos antigos e dos modernos se enriquece o pecúlio comum: Machado de Assis e a literatura greco-latinaSoares Silva, Patrícia January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Ao estudarem as obras de Machado de Assis, analistas como Passos (1996, p. 10)
identificaram um belo arsenal literário haurido em outras literaturas . Uma parcela
desse conjunto de referências pertence à literaturas grega e latina, cujas citações
explícitas, em cinco romances machadianos, são tratadas neste trabalho. As obras
constituintes do corpus são: Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, D.
Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires. Para analisar os textos sob o enfoque
eleito, lançamos mão de um percurso teórico integrado por conceitos como dialogismo,
intertextualidade e paródia, conforme trabalhados em escritos de Bakhtin (2002b), Koch
(2001), Hutcheon (1989) et al. Para situar a nossa leitura no plano dos críticos que se
ocuparam das citações na obra machadiana, recorremos a Magalhães Jr. (1957), Miguel-
Pereira (1988), Candido (1993) e ao próprio Assis (2004). Em linhas gerais,
verificamos que, nos romances por nós estudados, as alusões paródicas se mostram
como o modus operandi mais recorrente, uma vez que Machado de Assis constrói novos
significados para as referências aos textos gregos e latinos. Isso nos faz ver que o tom
predominante, nessas paródias, é o de afastamento, conseguido por meio da reinvenção
de uma dada referência. Percebemos, assim, que é esse o processo mais propício ao
sentido de reconstrução dado por Machado às citações
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