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EstratÃgias funcionais de plantas arbÃreas em uma cronossequÃncia na floresta tropical Ãmida / Functional strategies of woody plants in a chronosequence in the rainforestMaria Amanda Menezes Silva 10 August 2015 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / Em comunidades montadas por processos determinÃsticos os filtros abiÃticos ou biÃticos selecionam espÃcies e caracterÃsticas funcionais com melhor aptidÃo. Com base nisso, a hipÃtese deste trabalho à que filtros abiÃticos e biÃticos atuem ao longo da cronossequÃncia, gerando diferentes processos de montagem das comunidades. Deste
modo foram levantadas as seguintes previsÃes: I) Caso exista integraÃÃo funcional entre os ÃrgÃos, os diferentes processos de montagem da comunidade gerarÃo diferentes espectros de economia para a planta, II) CaracterÃsticas e estratÃgias funcionais apresentarÃo diferentes relaÃÃes com as taxas demogrÃficas ao longo da cronossequÃncia e III) Os diferentes processos de montagem vÃo gerar diferentes padrÃes para estrutura filogenÃtica e funcional, sendo estes modificados ao longo do tempo em virtude da mortalidade e do recrutamento. Para testar estas previsÃes, foram coletados dados de oito caracterÃsticas funcionais (foliares, reprodutivos, tronco e planta
inteira) em 64 espÃcies, distribuÃdas em nove Ãreas, sendo seis capoeiras (trÃs com 17 anos e trÃs com 25 anos de regeneraÃÃo, aproximadamente) e trÃs florestas maduras, localizadas sob domÃnio da Floresta OmbrÃfila Densa, na regiÃo do litoral Norte de
Pernambuco, Brasil. Em cada uma dessas Ãreas foram obtidas as taxas de mortalidade, recrutamento e crescimento das espÃcies e grupos de espÃcies. Foi observado que nÃo existe um espectro de economia para planta, de modo que os ÃrgÃos atuam de forma
independente, nÃo variando ao longo da cronossequÃncia. Algumas caracterÃsticas tiveram forte influÃncia sobre a demografia das plantas, mas estas relaÃÃes tambÃm nÃo variaram com a cronossequÃncia. Quando as espÃcies foram agrupadas com base no
maior nÃmero de caracterÃsticas voltadas para uso rÃpido do recurso (espÃcies aquisitivas), para a conservaÃÃo do recurso (espÃcies conservativas) ou com caracterÃsticas voltadas para ambas as estratÃgias (espÃcies intermediÃrias), as taxas demogrÃficas apresentam algumas variaÃÃes ao longo da cronossequÃncia, com maior mortalidade de espÃcies aquisitivas e intermediÃrias nas vegetaÃÃes com 25 anos de regeneraÃÃo e maior recrutamento de espÃcies intermediÃrias e conservativas no final da cronossequÃncia. AlÃm disso, foi observado que nÃo existe sinal filogenÃtico para as
caracterÃsticas estudadas, indicando que nÃo houve conservaÃÃo de nicho, e que as estruturas filogenÃtica e funcional apresentam padrÃo aleatÃrio nas fases iniciais da sucessÃo, enquanto que no fim da sucessÃo a comunidade era funcionalmente dispersa e filogeneticamente agrupada. Estes padrÃes se mantiveram ao longo do tempo, nÃo sofrendo influÃncia de indivÃduos e espÃcies mortos e recrutados. Deste modo, Ã possÃvel afirmar que ao longo desta cronossequÃncia, as variaÃÃes nos filtros foram percebidas de forma diferente quando analisadas por populaÃÃes e por comunidades.
CaracterÃsticas analisadas no nÃvel de populaÃÃo nÃo refletiram a influÃncia das mudanÃas observadas ao longo da cronossequÃncia, enquanto que para comunidade as influÃncias foram mais perceptÃveis. Portanto, o estudo das caracterÃsticas funcionais e da dinÃmica, bem como dos grupos de espÃcies, forneceram informaÃÃes importantes
sobre os processos e conseqÃentemente sobre montagem das comunidades com diferentes disponibilidades de recursos. / In communities assembled by deterministic processes, abiotic or biotic filters select species and functional traits with higher fitness. Based on this, the hypothesis of this work is that abiotic and biotic filters operate over a chronosequence, generating different community assembly processes. Thus, the following predictions were made: I) If functional integration exists between organs, different processes of community assembly will generate different economics spectra for the plant II) Functional strategies and traits will show different relationships with demographic rates over the chronosequence; and III) Assembly processes will generate different patterns of
phylogenetic and functional structure, which will be modified over time due to mortality and recruitment. To test these predictions, data on eight functional characteristics were collected (leaf, reproductive, stem and whole plant) in 64 species distributed in nine
areas, six being secondary growth forests (three with approximately 17 years and three with approximately 25 years of abandonment), and three mature forests, located within the dense ombrophilous forest domain in the northern coastal region of Pernambuco, Brazil. In each one of these areas rates of mortality, recruitment and growth of the species and communities were obtained. The existence of an economics spectrum for plants was not observed, meaning that the organs acted independently, not varying over the gradient. Some traits had a strong influence on the plant demographics, but these
relationships also did not vary with chronosequence. When species were grouped based on the largest numbers of traits favouring rapid resource use (acquisitive species), or resource conservation (conservative species) or traits adapted to both strategies (intermediate species), the demographic rates showed some variation over the chronosequence, with higher mortality in acquisitive and intermediate species in areas
with 25 years abandonment and higher recruitment of intermediate and conservative species at the end of the chronosequence. Furthermore, it was observed that a
phylogenetic signal did not exist for the traits studied, indicting that there was no niche conservation and that the phylogenetic and functional structure showed a random
pattern in the initial stages of succession, whilst at the end of succession the community was functionally dispersed and phylogenetically grouped. These patterns were maintained over time, not influenced by individuals and dead and recruited species. Thus, it is possible to say that throughout this chronosequence, the variations in filters were perceived differently when analysed by populations or communities. Traits analysed at the population level did not reflect the influence of changes observed over the chronosequence, while for the community these influences were more noticeable. Therefore, the study of functional and dynamic traits, as well as species groups, provides important information about the processes, and consequently the assembly, of
communities with different resource availabilities.
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