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Quimioestratigrafia isotópica (C, O, Sr, Li, Mg) e proveniência sedimentar (U-Pb, Hf, Sm-Nd) do grupo Bambuí no sul da bacia do São Francisco / not availableSantos, Gustavo Macedo de Paula 30 May 2017 (has links)
Neste trabalho são apresentados novos dados isotópicos de C, O, Sr, Mg e Li e elementares de Elementos Terras Raras (ETR) para as rochas carbonáticas do Grupo Bambuí, no sul da Bacia do São Francisco. Também são apresentadas idades U-Pb e isótopos de Hf em zircão detrítico e dados isotópicos de Sm-Nd em amostras de rocha total de rochas siliciclásticas no mesmo setor da bacia. Os dados quimioestratigráficos permitem dividir as três formações basais do Grupo Bambuí em três intervalos quimioestratigráficos (chemostratigraphic intervals - CI), cada qual registrando um estágio evolutivo da bacia. O CI-1 corresponde à capa carbonática da Formação Sete Lagoas que apresenta excursão isotópica negativa de C, valores de \'delta\'¹³C negativos e razões 87Sr/86Sr crescentes de 0,7074 a 0,7082. Este intervalo marca o início da transgressão marinha que inundou o Cráton do São Francisco onde a bacia estava sujeita a controles locais na química marinha, gerando carbonatos com padrões planares de distribuição normalizada de ETR e com variações acopladas de \'delta\'7Li e \'delta\'26Mg dependentes das fácies sedimentares. O intervalo CI-2 corresponde à porção intermediária da Formação Sete Lagoas na qual foi reportada a ocorrência de Cloudina sp. (550-542 Ma). As rochas carbonáticas deste intervalo apresentam valores de \'delta\'¹³C ao redor de 0%o, \'delta\'7Li ao redor de 16%o, \'delta\'26Mg de aproximadamente -3,5%o e razões 87Sr/86Sr entre 0,7080 e 0,7087, dentro do padrão esperado para o limite Ediacarano-Cambriano. Neste estágio, a transgressão marinha culminou com a conexão da Bacia do São Francisco com outras bacias gondwânicas, permitindo migração de fauna e homogeneização isotópica. Apesar de alguns sinais geoquímicos de caráter global, o cenário intracontinental da bacia a mantinha sujeita a controles locais, observados no enriquecimento de ETR leves em relação aos pesados e por duas excursões negativas nos valores de \'delta\'7Li perfeitamente acopladas a excursões positivas de\'delta\'26Mg. O intervalo CI-3 engloba as formações Sete Lagoas superior, Serra de Santa Helena e Lagoa do Jacaré e seus calcários com valores de \'delta\'¹³C bastante positivos (acima de +3%o) e razões 87Sr/86Sr ao redor de 0,7075, abaixo das esperadas para o limite Ediacarano-Cambriano. O CI-3 marca a restrição da bacia em relação ao reservatório geoquímico e isotópico global, provavelmente pelo soerguimento dos orógenos marginais ao cráton. Tal soerguimento provocou aumento da taxa de denudação e consequente decréscimo da intensidade de intemperismo nas áreas fontes, reduzindo o fluxo dissolvido para a bacia, observado no desacoplamento dos sistemas isotópicos de Mg e Li, e ciclos de decréscimo das razões Sr/Ca e 26Mg removidos pela precipitação carbonática. A diminuição da intensidade de intemperismo e a declividade das áreas fontes tornaram o fluxo dissolvido oriundo de carbonatos mais importantes que os de silicatos, resultando em diminuição das razões 87Sr/86Sr, no aparecimento de distribuições normalizadas de ETR com padrão \"água do mar\", na restrição do suprimento de sulfato na bacia e consequente metanogênese. Os dados geocronológicos mostram que não houve uma reorganização significativa nas áreas de fontes para a bacia desde a deposição das fácies mais finas da Formação Carrancas e Laminito Moema até a deposição da Lagoa do Jacaré. Embora não resolva as principais questões de idade e geotectônicas da bacia, esta constatação é mais um argumento a favor da ausência de uma discordância na base da Formação Sete Lagoas, o que sugere que a glaciação na base da Bacia do São Francisco é provavelmente do Ediacarano Médio / Superior. Se existir esta discordância, a única idade absoluta disponível para a capa carbonática sugere que a glaciação seria Sturtiana (~720 Ma). / This work presents new C, O, Sr, Mg and Li isotope data and Rare Earth Element (REE) concentrations for the carbonate rocks of the Bambuí Group, in the southern São Francisco Basin. U-Pb and Hf geochronology in detrital zircon grains and whole rock Sm-Nd ages in siliciclastic rocks in the same area are also presented. The chemostratigraphic data allow subdividing the three lower units of the Bambuí Group in three Chemostratigraphic Intervals (CI), each one recording a different evolution stage of the basin. The CI-1 comprises the Sete Lagoas Formation cap carbonates that display C isotope negative excursion, very negative \'delta\'¹³C values and 87Sr/86Sr ratios increasing upwards from 0.7074 to 0.7082. This intervals marks the start of the marine transgression over the São Francisco Craton in which the basin was subject to local controls over seawater, as shown by the flat type shale normalized REE distributions and coupled facies dependent \'delta\'Li and \'delta\'26Mg values variations. The CI-2 corresponds to the middle portion of the Sete Lagoas Formation where the Cloudina sp. (550-542 Ma) occurrence was described. The carbonate rocks of this interval display \'delta\'¹³C values around 0%o, \'delta\'7Li values around 16%o, \'delta\'26Mg around -3.5%o and 87Sr/86Sr between 0.7080 and 0.7087 that are expected for the Ediacaran-Cambrian limit. During this stage, the marine transgression provided connection of the São Francisco basin to other West Gondwana basins, allowing fauna migration and isotope homogenization. In spite of the global geochemical signals observed, the intracontinental scenario kept the basin subject to local controls, as shown by the enrichment in light REE and two perfectly coupled \'delta\'7Li and \'delta\'26Mg negative excursions. The CI-3 comprises the limestones of the upper Sete Lagoas, Serra de Santa Helena and Lagoa do Jacaré formations and with very positive \'delta\'¹³C values (> +3%o) and 87Sr/86Sr ratios around 0.7075, lower than those expected for the Ediacaran-Cambrian limit. The CI-3 records the restriction of the basin in relation to the global ocean geochemical and isotope reservoir, probably by the uplift of the craton\"s marginal orogens. Such uplift caused higher denudation rates and consequent decrease in the weathering intensity of the source areas, diminishing the dissolved influx to the basin that is observed in the Mg and Li isotope systems decouplement and in cycles of Sr/Ca ratios and 26Mg decrease by carbonate precipitation removal. The weathering intensity decrease caused the dissolved influx from carbonates to be more important than the one from silicates, resulting in the drop down of the 87Sr/86Sr ratios, the appearance of the \"seawater\" REE shale normalized distributions, and sulphate supply restriction driving methanogenesis. The geochronological data show that no significant reorganization of the basin source areas occurred from the deposition of the Carrancas Formation and Moema Laminites finer facies to the Lagoa do Jacaré Formation. Although the data do not solve the age and geotectonic questions, they add another argument against the existence of an unconformity at the base of the Sete Lagoas Formation, suggesting that the glaciation of the São Francisco Basin is likely Middle to Late Ediacaran in age. If there is an unconformity, the only available absolute age suggests it is a Sturtian Glaciation (~720 Ma).
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Revisão taxonômica de Characidium lagosantense Travassos, 1947 (Crenuchidae: characiformes: Ostariophysi), com descrição de uma nova espécie para o Alto Rio ParanáSilveira, Luiz Gustavo Gorgatto da [UNESP] 28 April 2008 (has links) (PDF)
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silveira_lgg_me_sjrp.pdf: 677330 bytes, checksum: 60c27e1985cb1219edc741012f5ab3db (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Characidium lagosantense Travassos, 1947 é redescrito e uma nova espécie do Alto rio Paraná é apresentada. Foram examinados 400 exemplares provenientes do centroeste (Goiás e Mato Grosso do Sul) e sudeste do Brasil (Minas Gerais e São Paulo). Através de análise morfométrica e merística, padrão de colorido e caracteres osteológicos foi possível redescrever C. lagosantense e reconhecer uma nova espécie para o sistema do Alto rio Paraná. Ambas as espécies diferenciam-se de todas as demais espécies do gênero por apresentarem corpo alto (em média maior que 25% do CP) e comprimento padrão máximo raramente ultrapassando 25 mm. Aproximam-se de C. bahiense Almeida, 1971, descrita de lagoas temporárias em Arembepe – Bahia, e C. laterale (Boulenger, 1895), descrita do Baixo rio Paraná no Paraguai. Characidium lagosantense difere de Characidium sp. por apresentar linha lateral completa, comprimento da nadadeira peitoral maior que o comprimento da nadadeira pélvica e ausência de uma mancha irregular na forma de um borrão no pedúnculo caudal. A distribuição de C. lagosantense é ampliada para a drenagem do rio Paranã (bacia do Alto rio Tocantins - GO) e para a drenagem do rio Mogi-Guaçu (bacia do Alto rio Paraná - SP). / Characidium lagosantense Travassos, 1947 is redescribed and a new species from the Alto rio Paraná is presentation. Four hundred specimens were examined from west central (Goiás and Mato Grosso do Sul) and southeast of Brazil (Minas Gerais and São Paulo). Through morfometric and meristic analysis, color pattern and osteological characters it was possible to redescribe C. lagosantense and propose a new species from the Alto rio Paraná system. Both species differ from all other species in the genus by presenting deep body (usually deeper than 25% of CP) and maximum standard length rarely surpassing 25 mm. Both approach C. bahiense Almeida, 1971, described from a small lake in Arembepe – Bahia, and C. laterale (Boulenger, 1895), described from lower rio Paraná – Paraguai. Characidium lagosantense differs from Characidium sp. for presenting complete lateral line, pectoral fin larger than pelvic fin, and irregular blotch in the form of a blot in the caudal peduncle absent. The distribution of C. lagosantense now includes also the drainages of rio Paranã (Alto rio Tocantins basin - GO) and rio Mogí- Guaçu (Alto rio Paraná basin - SP).
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Quimioestratigrafia isotópica (C, O, Sr, Li, Mg) e proveniência sedimentar (U-Pb, Hf, Sm-Nd) do grupo Bambuí no sul da bacia do São Francisco / not availableGustavo Macedo de Paula Santos 30 May 2017 (has links)
Neste trabalho são apresentados novos dados isotópicos de C, O, Sr, Mg e Li e elementares de Elementos Terras Raras (ETR) para as rochas carbonáticas do Grupo Bambuí, no sul da Bacia do São Francisco. Também são apresentadas idades U-Pb e isótopos de Hf em zircão detrítico e dados isotópicos de Sm-Nd em amostras de rocha total de rochas siliciclásticas no mesmo setor da bacia. Os dados quimioestratigráficos permitem dividir as três formações basais do Grupo Bambuí em três intervalos quimioestratigráficos (chemostratigraphic intervals - CI), cada qual registrando um estágio evolutivo da bacia. O CI-1 corresponde à capa carbonática da Formação Sete Lagoas que apresenta excursão isotópica negativa de C, valores de \'delta\'¹³C negativos e razões 87Sr/86Sr crescentes de 0,7074 a 0,7082. Este intervalo marca o início da transgressão marinha que inundou o Cráton do São Francisco onde a bacia estava sujeita a controles locais na química marinha, gerando carbonatos com padrões planares de distribuição normalizada de ETR e com variações acopladas de \'delta\'7Li e \'delta\'26Mg dependentes das fácies sedimentares. O intervalo CI-2 corresponde à porção intermediária da Formação Sete Lagoas na qual foi reportada a ocorrência de Cloudina sp. (550-542 Ma). As rochas carbonáticas deste intervalo apresentam valores de \'delta\'¹³C ao redor de 0%o, \'delta\'7Li ao redor de 16%o, \'delta\'26Mg de aproximadamente -3,5%o e razões 87Sr/86Sr entre 0,7080 e 0,7087, dentro do padrão esperado para o limite Ediacarano-Cambriano. Neste estágio, a transgressão marinha culminou com a conexão da Bacia do São Francisco com outras bacias gondwânicas, permitindo migração de fauna e homogeneização isotópica. Apesar de alguns sinais geoquímicos de caráter global, o cenário intracontinental da bacia a mantinha sujeita a controles locais, observados no enriquecimento de ETR leves em relação aos pesados e por duas excursões negativas nos valores de \'delta\'7Li perfeitamente acopladas a excursões positivas de\'delta\'26Mg. O intervalo CI-3 engloba as formações Sete Lagoas superior, Serra de Santa Helena e Lagoa do Jacaré e seus calcários com valores de \'delta\'¹³C bastante positivos (acima de +3%o) e razões 87Sr/86Sr ao redor de 0,7075, abaixo das esperadas para o limite Ediacarano-Cambriano. O CI-3 marca a restrição da bacia em relação ao reservatório geoquímico e isotópico global, provavelmente pelo soerguimento dos orógenos marginais ao cráton. Tal soerguimento provocou aumento da taxa de denudação e consequente decréscimo da intensidade de intemperismo nas áreas fontes, reduzindo o fluxo dissolvido para a bacia, observado no desacoplamento dos sistemas isotópicos de Mg e Li, e ciclos de decréscimo das razões Sr/Ca e 26Mg removidos pela precipitação carbonática. A diminuição da intensidade de intemperismo e a declividade das áreas fontes tornaram o fluxo dissolvido oriundo de carbonatos mais importantes que os de silicatos, resultando em diminuição das razões 87Sr/86Sr, no aparecimento de distribuições normalizadas de ETR com padrão \"água do mar\", na restrição do suprimento de sulfato na bacia e consequente metanogênese. Os dados geocronológicos mostram que não houve uma reorganização significativa nas áreas de fontes para a bacia desde a deposição das fácies mais finas da Formação Carrancas e Laminito Moema até a deposição da Lagoa do Jacaré. Embora não resolva as principais questões de idade e geotectônicas da bacia, esta constatação é mais um argumento a favor da ausência de uma discordância na base da Formação Sete Lagoas, o que sugere que a glaciação na base da Bacia do São Francisco é provavelmente do Ediacarano Médio / Superior. Se existir esta discordância, a única idade absoluta disponível para a capa carbonática sugere que a glaciação seria Sturtiana (~720 Ma). / This work presents new C, O, Sr, Mg and Li isotope data and Rare Earth Element (REE) concentrations for the carbonate rocks of the Bambuí Group, in the southern São Francisco Basin. U-Pb and Hf geochronology in detrital zircon grains and whole rock Sm-Nd ages in siliciclastic rocks in the same area are also presented. The chemostratigraphic data allow subdividing the three lower units of the Bambuí Group in three Chemostratigraphic Intervals (CI), each one recording a different evolution stage of the basin. The CI-1 comprises the Sete Lagoas Formation cap carbonates that display C isotope negative excursion, very negative \'delta\'¹³C values and 87Sr/86Sr ratios increasing upwards from 0.7074 to 0.7082. This intervals marks the start of the marine transgression over the São Francisco Craton in which the basin was subject to local controls over seawater, as shown by the flat type shale normalized REE distributions and coupled facies dependent \'delta\'Li and \'delta\'26Mg values variations. The CI-2 corresponds to the middle portion of the Sete Lagoas Formation where the Cloudina sp. (550-542 Ma) occurrence was described. The carbonate rocks of this interval display \'delta\'¹³C values around 0%o, \'delta\'7Li values around 16%o, \'delta\'26Mg around -3.5%o and 87Sr/86Sr between 0.7080 and 0.7087 that are expected for the Ediacaran-Cambrian limit. During this stage, the marine transgression provided connection of the São Francisco basin to other West Gondwana basins, allowing fauna migration and isotope homogenization. In spite of the global geochemical signals observed, the intracontinental scenario kept the basin subject to local controls, as shown by the enrichment in light REE and two perfectly coupled \'delta\'7Li and \'delta\'26Mg negative excursions. The CI-3 comprises the limestones of the upper Sete Lagoas, Serra de Santa Helena and Lagoa do Jacaré formations and with very positive \'delta\'¹³C values (> +3%o) and 87Sr/86Sr ratios around 0.7075, lower than those expected for the Ediacaran-Cambrian limit. The CI-3 records the restriction of the basin in relation to the global ocean geochemical and isotope reservoir, probably by the uplift of the craton\"s marginal orogens. Such uplift caused higher denudation rates and consequent decrease in the weathering intensity of the source areas, diminishing the dissolved influx to the basin that is observed in the Mg and Li isotope systems decouplement and in cycles of Sr/Ca ratios and 26Mg decrease by carbonate precipitation removal. The weathering intensity decrease caused the dissolved influx from carbonates to be more important than the one from silicates, resulting in the drop down of the 87Sr/86Sr ratios, the appearance of the \"seawater\" REE shale normalized distributions, and sulphate supply restriction driving methanogenesis. The geochronological data show that no significant reorganization of the basin source areas occurred from the deposition of the Carrancas Formation and Moema Laminites finer facies to the Lagoa do Jacaré Formation. Although the data do not solve the age and geotectonic questions, they add another argument against the existence of an unconformity at the base of the Sete Lagoas Formation, suggesting that the glaciation of the São Francisco Basin is likely Middle to Late Ediacaran in age. If there is an unconformity, the only available absolute age suggests it is a Sturtian Glaciation (~720 Ma).
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Revisão taxonômica de Characidium lagosantense Travassos, 1947 (Crenuchidae: characiformes: Ostariophysi), com descrição de uma nova espécie para o Alto Rio Paraná /Silveira, Luiz Gustavo Gorgatto da. January 2008 (has links)
Resumo: Characidium lagosantense Travassos, 1947 é redescrito e uma nova espécie do Alto rio Paraná é apresentada. Foram examinados 400 exemplares provenientes do centroeste (Goiás e Mato Grosso do Sul) e sudeste do Brasil (Minas Gerais e São Paulo). Através de análise morfométrica e merística, padrão de colorido e caracteres osteológicos foi possível redescrever C. lagosantense e reconhecer uma nova espécie para o sistema do Alto rio Paraná. Ambas as espécies diferenciam-se de todas as demais espécies do gênero por apresentarem corpo alto (em média maior que 25% do CP) e comprimento padrão máximo raramente ultrapassando 25 mm. Aproximam-se de C. bahiense Almeida, 1971, descrita de lagoas temporárias em Arembepe - Bahia, e C. laterale (Boulenger, 1895), descrita do Baixo rio Paraná no Paraguai. Characidium lagosantense difere de Characidium sp. por apresentar linha lateral completa, comprimento da nadadeira peitoral maior que o comprimento da nadadeira pélvica e ausência de uma mancha irregular na forma de um borrão no pedúnculo caudal. A distribuição de C. lagosantense é ampliada para a drenagem do rio Paranã (bacia do Alto rio Tocantins - GO) e para a drenagem do rio Mogi-Guaçu (bacia do Alto rio Paraná - SP). / Abstract: Characidium lagosantense Travassos, 1947 is redescribed and a new species from the Alto rio Paraná is presentation. Four hundred specimens were examined from west central (Goiás and Mato Grosso do Sul) and southeast of Brazil (Minas Gerais and São Paulo). Through morfometric and meristic analysis, color pattern and osteological characters it was possible to redescribe C. lagosantense and propose a new species from the Alto rio Paraná system. Both species differ from all other species in the genus by presenting deep body (usually deeper than 25% of CP) and maximum standard length rarely surpassing 25 mm. Both approach C. bahiense Almeida, 1971, described from a small lake in Arembepe - Bahia, and C. laterale (Boulenger, 1895), described from lower rio Paraná - Paraguai. Characidium lagosantense differs from Characidium sp. for presenting complete lateral line, pectoral fin larger than pelvic fin, and irregular blotch in the form of a blot in the caudal peduncle absent. The distribution of C. lagosantense now includes also the drainages of rio Paranã (Alto rio Tocantins basin - GO) and rio Mogí- Guaçu (Alto rio Paraná basin - SP). / Orientador: Francisco Langeani / Coorientador: Paulo Andreas Buckup / Banca: Luiz Roberto Malabarba / Banca: Flávio César Thadeo de Lima / Mestre
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Ecologia trófica e ecomorfologia de peixes em um trecho do Alto Rio São Francisco impactado pela transposição do Rio Piumhi, com ênfase nas espécies Pimelodus fur Lütken, 1874 e Leporinus reinhardti Lütken, 1875 / Trophic ecology and ecomorphology of fishes in a stretch of the the Upper São Francisco River basin, impacted by the transposition of Piumhi River, with emphasis on the species Pimelodus fur Lütken, 1874 and Leporinus reinhardti, Lütken, 1875Stefani, Patrícia Monte 28 May 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-05-28 / Financiadora de Estudos e Projetos / Studies on the feeding of fishes provide relevant information for understanding the mechanisms allowing the coexistence and exploitation of resources by several species of fishes and also by other components of the aquatic communities.. The objective of the present study was to analyze in detail the feeding habits and the ecomorphology of the fish species Pimelodus fur and Leporinus reinhardti as well as to preliminarily characterize the fedding habits and describe the morphological characteristics of other nine species of fish occurring in a stretch of the Upper São Francisco River Basin. Fishes were sampled in four periods: December 2006 and 2008 (rainy periods) and April 2007 and June 2008 (dry periods) using with gillnets, seine nets and sieve. The results on the feeding ecology of P.fur revealed that this species belong to the trophic gulid of the insectivores, since insects represent between 74.0% and 79.0% of its diet. There were seasonal changes in the diet of P. fur, with food items essentially authochtonous, as aquatic insects larvae being consumed in the dry periods and insects from terrestrial sources, as Araneae and Hymenoptera being added to its diet during the rainy periods, in both São Francisco River and its tributary Piumhi River. In these rivers P. fur displayed high trophic specialization, being a specialist in consuming aquatic insects. It was also observed great overlap in the food items consumed by the different size classes of P. population sampled in both rivers. L. reinhardti had intense feeding activity in both seasons dry and rainy periods. This species belong to the trophic guild of herbivores, being its diet composed mainly by plant material. The feeding spectrum of L. reinhardti is wider in São Francisco River than in the Piumhi River, what can be a consequence of the fact that the gallery forest in the São Francisco River is better preserved in this region than that of the Piumhi River. There were seasonal changes in the diet of L. reinhardt, with some food items as Trichoptera and Hymenoptera only being consumed in the rainy periods. There was no significant change in the diet of L. reinhardti along its development, with preference by plant material in all size classes. L. reinhardti is a feeding specialist with narrow niche breath. There was no feeding niche overlap between P. fur and L. reinhardti in any seasonal period or river stretch studied. Although feeding activity of both P. fur and L. reinhardti was intense during all periods analyzed, the narrow feeding niche breath and the large diet overlap among the size classes within each species population indicate that food sources are abundant in this part of the Upper São Francisco River basin. Regarding the morphological characteristics there was also trophic structuring of the species studied in Piumhi and São Francisco Rivers, with segregation between the body shape of the specialists (insectivores and piscivores) and the more generalist feeders (omnivores and herbivores). / Os estudos sobre a alimentação de peixes fornecem informações importantes para a compreensão dos mecanismos que permitem a coexistência e exploração dos recursos por várias espécies de peixes e pelos demais componentes das comunidades aquáticas. O objetivo deste estudo foi analisar detalhadamente o hábito alimentar e a ecomorfologia das espécies de peixe Pimelodus fur (mandi-branco) e Leporinus reinhardti (piau-de-três-pintas), bem como descrever preliminarmente os hábitos alimentares e as características morfológicas de outras nove espécies de peixes com ocorrência em um trecho da bacia do alto rio São Francisco. Os peixes foram coletados em dezembro de 2006 e dezembro de 2008 (períodos chuvosos) e abril de 2007 e junho de 2008 (períodos secos), utilizando-se redes de espera, redes de arrasto, tarrafas e peneiras. Os resultados sobre a alimentação de P. fur revelaram que esta espécie pertence à guilda trófica insetívora, sendo que os insetos representaram entre 74 a 70% de sua dieta. Foi observada variação estacional na alimentação de P. fur, com itens alimentares essencialmente autóctones sendo consumidos no período de seca (larvas de insetos aquáticos) e com artrópodos de origem terrestre (Araneae e Hymenoptera) sendo adicionados à sua dieta no período chuvoso em ambos os rios estudados, Rio São Francisco e Rio Piumhi. Nos rios estudados P. fur apresentou elevada especialização trófica, sendo uma espécie especialista no consumo de insetos aquáticos. Verificou-se também elevada sobreposição alimentar entre as diferentes classes de tamanho de P. fur na população amostrada em ambos os rios. L. reinhardti tem uma alta atividade alimentar em ambos os períodos climáticos, seca e cheia. A espécie L. reinhardti pertence à guilda alimentar herbívora, sendo a sua dieta composta preferencialmente por vegetais superiores. O espectro alimentar de L. reinhardti é mais amplo no Rio São Francisco, do que no Rio Piumhi, provavelmente pelo fato desse trecho do rio apresentar vegetação ciliar mais preservada. Verificou-se variação estacional na alimentação do piau-três-pintas, onde alguns itens como fragmentos de insetos, Trichoptera e Hymenoptera só foram consumidos na estação chuvosa. Não houve variação na dieta ao longo do desenvolvimento de L. reinhardti, sendo observada a preferência por material vegetal em todas as classes de tamanho. L. reinhardti é um peixe especialista, com pequena amplitude de nicho em todas as classes de tamanho. Não ocorreu sobreposição alimentar entre P. fur e L. reinhardti em nenhum dos períodos ou rio avaliados. Embora a atividade alimentar de P. fur e L. reinhardti tenha sido intensa em todos os períodos, a pequena amplitude do nicho e a grande sobreposição alimentar entre as diferentes classes de tamanho em cada espécie sugere que os recursos alimentares sejam abundantes neste trecho do Alto Rio São Francisco. Observou-se estruturação trófica quanto à morfologia das espécies estudadas nos rios Piumhi e São Francisco, com a separação entre as formas do corpo das espécies mais especialistas (insetívoros e piscívoros) daquelas das espécies mais generalistas (onívoro e herbívoro).
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