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Separações mãe-bebê: diversos sentidos na construção de uma relação.Ferreira, Marisa Vasconcelos 08 December 2000 (has links)
Os estudos sobre as separações mãe-bebê são fortemente influenciados pela Teoria do Apego de John Bowlby e Mary Ainsworth, que considera as separações entre figura de apego e bebê como fatores de risco para o desenvolvimento e enfatiza que, por natureza, o cuidado do bebê deve ser realizado por uma só pessoa, preferencialmente a mãe. Dessa teoria decorrem críticas aos cuidados de bebês e crianças pequenas em creche, que influenciam o imaginário social sobre as possíveis desvantagens do cuidado coletivo de bebês. Contrapõe-se à Teoria do Apego, uma perspectiva sócio-histórica de desenvolvimento que concebe a pessoa constituindo-se em relações sociais mais amplas, inseridas em contextos sócio-culturais, onde diversos parceiros significativos são possíveis ao bebê. Nessa perspectiva, a separação entre o bebê e seus parceiros significativos não constitui necessariamente fator de risco para o seu desenvolvimento. O objetivo deste trabalho é identificar, a partir de elementos do discurso de uma mãe, possíveis sentidos relacionados a eventos de separação, que permeiam sua relação com o bebê. Busca-se compreender como estes vão constituindo o papel dessa mãe que, contrariamente à visão naturalizada da Teoria do Apego, vai se construindo na especificidade do seu contexto sócio-cultural. O corpus desta pesquisa é composto por quatro entrevistas com uma mãe, realizadas entre o 8° mês de gravidez e o 8° mês de vida do bebê. Dividimos o período da pesquisa em quatro momentos: o pré-natal, os momentos iniciais da família após o nascimento do bebê, os primeiros meses da família com o bebê e a entrada da família na creche. Na análise, utilizamos a proposta teórico-metodológica da Rede de Significações elaborada pelo CINDEDI, buscando compreender transformações na rede de significações dessa mãe no decorrer dos momentos investigados. Nestes, o tema da separação aparece na fala da mãe com diferentes sentidos: por vezes, é visto como uma ameaça à relação mãe-bebê, fazendo emergir angústia na mãe e em outros membros da família; em outras, como possibilidade de diferenciação da mãe e do bebê. Estes sentidos vão sendo reconstruídos dependendo do contexto em que mãe e bebê estão inseridos e da situação interativa e emergem no decorrer do processo de desenvolvimento da pessoa que vai tendo sua rede de significações reconfigurada. Este processo de reconstrução indica não apenas uma possibilidade, como propõe a Teoria do Apego, mas uma variedade de sentidos possíveis para os eventos de separação mãe-bebê.
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Utilização de geotecnologias na análise da transformação sócio-espacial urbana da região serrana fluminense: o estudo de caso do distrito sede de TeresópolisCosta, Danielle Pereira da [UNESP] 29 August 2005 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2005-08-29Bitstream added on 2014-06-13T19:48:12Z : No. of bitstreams: 1
costa_dp_me_rcla.pdf: 8257449 bytes, checksum: a6203f12a8dd21b0cf9483304d37c94c (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O trabalho teve por objetivo analisar aplicabilidade de geotecnologias no estudo das transformações do espaço urbano do 1º distrito de Teresópolis, localizado na região Serrana do estado do Rio de Janeiro. Através da interpretação de imagens de satélite, foi caracterizada a distribuição da população nesse espaço quanto ao seu grau de organização e adensamento e a integração dessas informações com dados demográficos por setor censitário permitiu diagnosticar as potencialidades e condições de vida das pessoas residentes, sendo identificados ainda, os rebatimentos ecológicos decorrentes dessas transformações. Após esse diagnóstico foram criados cenários tendenciais frente à manutenção de determinados indicadores sócio-espaciais e foi produzida uma análise crítica dos limites e potencialidades do processo de seleção de indicadores, da integração de fontes espaciais e alfanuméricas com vistas a contribuir para o melhor ordenamento do município de Teresópolis.
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A produção do espaço urbano em Feira de Santana: Uma análise a partir do processo de auto-segregação residencialMACÁRIO, Ricky Marcelo de Macêdo 06 1900 (has links)
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Rick_Marcelo_Macedo_Macario_Dissertacao.pdf: 10171473 bytes, checksum: 7a44417b3e651ca2097d9360d592ca3c (MD5) / RESUMO
A pesquisa analisa a produção do espaço urbano de Feira de Santana a partir do processo de auto-segregação residencial. Para tanto, utilizou-se técnicas de pesquisa qualitativa, através de entrevistas semiestruturadas realizadas com os agentes imobiliários, políticos e sociais da cidade, e pesquisas quantitativas, por meio de levantamentos estatísticos secundários. Os resultados mostraram que a auto-segregação residencial na cidade apresenta elementos comuns ao restante do país, todavia, as especificidades locais constroem um perfil diferente no que tange as questões que envolvem os processos de periferização e fragmentação sócio-espacial. Apesar disto, a expansão deste processo nas últimas décadas, provocou um intenso parcelamento e ocupação do solo urbano a partir da construção de condomínios e loteamentos fechados. A apropriação do espaço urbano como forma de garantir a reprodução do capital imobiliário ocorre em estreita “parceria” com o Estado e vem produzindo contradições evidenciadas nos movimentos de fragmentação-articulação entre as diferentes áreas da cidade, tornando sua estrutura urbana mais complexa e dificultando ações que visam regulamentar e ordenar o uso e a ocupação do solo, como forma de garantir um desenvolvimento urbano mais equilibrado. / ABSTRACT
The research analyzes the production of urban space in Feira de Santana from the process of self-residential segregation. Therefore, we used qualitative research techniques, through semi-structured interviews with real estate agents, politicians and the city's social and quantitative research through statistical surveys side. The results showed that self-residential segregation in the city has elements common to the rest of the country, however, local specificities build a different profile regarding the issues surrounding the periphery processes and socio-spatial fragmentation. Nevertheless, the expansion of this process in recent decades, sparked an intense installment and occupation of urban land through the construction of condominiums and lots closed. The appropriation of urban space in order to ensure the reproduction of capital property is in close "partnership" with the state and has been producing contradictions evident in the movements of fragmentation-articulation between the different areas of the city, making its urban structure more complex and difficult actions which seek to regulate and order the use and occupation of land as a way to ensure a more balanced urban development.
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Associação Entre Estado Nutricional e Reação Hansênica - um Coorte em Portadores de Hanseníase dos Municípios da Grande Vitória (es)MONTENEGRO, R. M. N. 05 July 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-07-05 / hanseníase permanece como um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Suas complicações, conhecidas como reações hansênicas, são manifestações inflamatórias agudas que ocorrem durante o curso crônico da doença podendo levar a deformidades permanentes. É importante identificar os fatores de risco envolvidos, de modo a acompanhar os pacientes mais propensos evitando as sequelas. Objetivos: Delinear o perfil nutricional dos pacientes portadores da hanseníase; e relacionar a associação entre o estado nutricional e o aparecimento da reação hansênica com amostras de 152 e 141 pacientes, respectivamente. Metodologia: Foi realizado um estudo longitudinal de janeiro a dezembro de 2009 de uma coorte de portadores de hanseníase acompanhados por no mínimo até seis meses do início do tratamento poliquimioterápico ou até o aparecimento da reação hansênica. Os dados foram coletados nas Unidades de Saúde da Grande Vitória. Foram coletados dados sócio-demográficos, antropométricos, bioquímicos e de alimentação à partir de um questionário de freqüência alimentar (QFA) validado e adaptado. Foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) para avaliação do estado nutricional.
Resultados: O estudo mostrou que: 79 (52%) dos participantes eram do sexo feminino, a média de idade foi de 40,4 anos (± 16,9); 81 (53,3%) possuíam vínculo empregatício; a média de anos de estudo foi de 7,1 (± 4,5). Em relação à doença, 79 (52%) eram multibacilares e 73 (48%) paucibacilares. O índice baciloscópico foi negativo em 125 (82,2%) pacientes. O excesso de peso foi identificado em 11,8% e 5,3% apresentaram baixo peso. O arroz e o feijão foram os alimentos relatados com maior freqüência de consumo, 87,3% e 88,7% respectivamente. A reação hansênica ocorreu em maior freqüência na forma dimorfa (17 pacientes,47,2%) e virchoviana (8 pacientes, 8,3%) (p=0,0023), em relação à associação do estado nutricional e o aparecimento da reação hansênica, quando utilizamos a classificação do índice de massa corpórea (IMC), a reação ocorre em 18(50%) (p=0,3836) nos pacientes eutróficos. Considerando a medida da circunferência do braço (CB), a reação hansênica aparece também em maior frequência entre os eutróficos, 26 pacientes (72,2%);p=0,1679. Na medida da dobra cutânea triciptal, a categoria sobrepeso e obesidade representam 19 pacientes (52,8%) das reações hansênicas (p= 0,0906) e
na utilização da medida da circunferência muscular do braço (CMB), a ocorrência da reação é em 25pacientes (69,4%) entre os eutróficos (p=0,9222). Conclusões. Conhecer o perfil nutricional de pacientes portadores de doenças infecciosas como a hanseníase pode ser importante para um melhor acompanhamento dos mesmos, bem como fornecer subsídios para uma intervenção mais eficaz visando melhoria em sua qualidade de vida. Os resultados obtidos com o estudo não mostram associação entre estado nutricional e reação hansênica. Novos estudos são necessários, com maior número de pacientes que apresentem episódios de reação hansênica, no sentido de comprovar os achados.
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Os caminhos e descaminhos da responsabilidade sócio ambiental empresarial : um estudo das estratégias das usinas de Açúcar e álcool do estado de PernambucoCornils Monteiro Benevides, Fernanda 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / As questões relacionadas ao meio ambiente ocupam diversos espaços na sociedade, trazendo a
tona uma das conseqüências do desenvolvimento do capitalismo e sua forma específica de
lidar com a natureza. Nesse contexto, as empresas, apesar de serem tidas como responsáveis
pelo desenvolvimento econômico e tecno-científico da humanidade, estão perdendo
credibilidade devido à crise ambiental mundial. Assim como o setor sucroalcooleiro
pernambucano, historicamente marcado por exploração, tanto da natureza natural quanto
humana, para além dos limites. O empresariado passa a traçar estratégias de gestão da crise,
entre elas, a responsabilidade sócio ambiental empresarial. Partindo do pressuposto do
desenvolvimento sustentável , onde seria possível produzir em escala crescente reduzindo
danos ambientais, o setor investe em instrumentos de mercado visando atrair o consumidor
verde , por meio de certificações e medidas compensatórias, em parceria com o terceiro setor.
Esse caminho deixa clara a tentativa do empresariado de ditar o ritmo das mudanças e
políticas públicas ambientais. A RSA permitirá a poucas usinas, evidenciando o caráter
acumulativo do capitalismo, a entrada no novo mercado. A concentração de terras,
intensificação da produção e substituição de trabalho vivo por tecnologia são conseqüências
desse processo. A presente dissertação pretende contribuir para a formação de uma visão
crítica acerca da RSA e da sustentabilidade da produção de derivados de cana-de-açúcar no
Brasil e mais especificamente em Pernambuco
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Estudo exploratório da capacidade de pagamento da alocação de água em perímetros irrigados : o caso do Projeto Icó-Mandantes no Sistema Itaparica - PEMozart Benevides Cruz, José January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / O estudo contextualiza a construção da barragem de Itaparica no leito do Rio São Francisco e
os perímetros irrigados do Sistema Itaparica. Objetivou-se levantar o perfil dos agricultores
que podem vir a arcar com os custos da alocação da água em perímetros irrigados,
especificamente explorando o caso do perímetro Icó Mandantes.
A pesquisa levantou os custos da CHESF no processo de alocação de água no perímetro,
definiu o perfil do reassentado, identificou o perfil dos que têm a capacidade de pagamento da
alocação da água e fornece instrumentos para a gestão e o controle dos gastos com essa
alocação. O estudo fundamentou-se na modelização conceitual da relação principal agente.
A amostra foi composta de 271 agricultores, em escolha aleatória do total de 650 produtores
cadastrados nas cooperativas. Na metodologia, um estudo empírico de levantamento das
características e perspectivas sócio-econômicas e de produção dos agricultores foi realizado,
por meio de questionários e de entrevistas com reassentados, dirigentes de cooperativas e
lideranças locais. Além disso, também foi aplicado um estudo econométrico, utilizando o
método da regressão linear.
Os resultados apontam que, em média, a alocação de água no Projeto de Icó-Mandantes está
acima do que é recomendado, e constatou-se a defasagem na produtividade. Nos resultados da
regressão linear , encontrou-se que as variáveis da idade, tamanho do lote e diversificação de
culturas são diretamente proporcionais à produtividade e à renda
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Separações mãe-bebê: diversos sentidos na construção de uma relação.Marisa Vasconcelos Ferreira 08 December 2000 (has links)
Os estudos sobre as separações mãe-bebê são fortemente influenciados pela Teoria do Apego de John Bowlby e Mary Ainsworth, que considera as separações entre figura de apego e bebê como fatores de risco para o desenvolvimento e enfatiza que, por natureza, o cuidado do bebê deve ser realizado por uma só pessoa, preferencialmente a mãe. Dessa teoria decorrem críticas aos cuidados de bebês e crianças pequenas em creche, que influenciam o imaginário social sobre as possíveis desvantagens do cuidado coletivo de bebês. Contrapõe-se à Teoria do Apego, uma perspectiva sócio-histórica de desenvolvimento que concebe a pessoa constituindo-se em relações sociais mais amplas, inseridas em contextos sócio-culturais, onde diversos parceiros significativos são possíveis ao bebê. Nessa perspectiva, a separação entre o bebê e seus parceiros significativos não constitui necessariamente fator de risco para o seu desenvolvimento. O objetivo deste trabalho é identificar, a partir de elementos do discurso de uma mãe, possíveis sentidos relacionados a eventos de separação, que permeiam sua relação com o bebê. Busca-se compreender como estes vão constituindo o papel dessa mãe que, contrariamente à visão naturalizada da Teoria do Apego, vai se construindo na especificidade do seu contexto sócio-cultural. O corpus desta pesquisa é composto por quatro entrevistas com uma mãe, realizadas entre o 8° mês de gravidez e o 8° mês de vida do bebê. Dividimos o período da pesquisa em quatro momentos: o pré-natal, os momentos iniciais da família após o nascimento do bebê, os primeiros meses da família com o bebê e a entrada da família na creche. Na análise, utilizamos a proposta teórico-metodológica da Rede de Significações elaborada pelo CINDEDI, buscando compreender transformações na rede de significações dessa mãe no decorrer dos momentos investigados. Nestes, o tema da separação aparece na fala da mãe com diferentes sentidos: por vezes, é visto como uma ameaça à relação mãe-bebê, fazendo emergir angústia na mãe e em outros membros da família; em outras, como possibilidade de diferenciação da mãe e do bebê. Estes sentidos vão sendo reconstruídos dependendo do contexto em que mãe e bebê estão inseridos e da situação interativa e emergem no decorrer do processo de desenvolvimento da pessoa que vai tendo sua rede de significações reconfigurada. Este processo de reconstrução indica não apenas uma possibilidade, como propõe a Teoria do Apego, mas uma variedade de sentidos possíveis para os eventos de separação mãe-bebê.
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Subsídios à gestão territorial do programa de saúde ambiental: contribuição da geografia à construção de mapas operacionais para territorialização dos agentes de saúde ambiental no Recife-PECésar Vasconcelos Bezerra, Anselmo 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) possibilitou, através da diretriz da
descentralização, o surgimento de programas de saúde inovadores no nível local. O Programa
de Saúde Ambiental (PSA) desenvolvido na cidade do Recife apresenta essa característica,
pois buscou unificar a vigilância ambiental do município através de ações executadas pelos
Agentes de Saúde Ambiental (ASA), baseadas nos princípios da integralidade, universalidade
e eqüidade. Entretanto, a atual operacionalização desse programa não está plenamente de
acordo com esses princípios. Por isso, o objetivo desta pesquisa foi analisar a gestão territorial
do PSA no que concerne ao atendimento dos princípios da universalidade e eqüidade. Para
tanto, consideraram-se as diferenças sócio-espaciais do Recife e as práticas operacionais do
Programa, visando propor uma metodologia de avaliação territorial numa escala mais
específica que a do bairro, a qual é utilizada atualmente e que não dá conta da extrema
diversidade física e social da cidade. Para alcançar esse objetivo foi necessário compreender a
estrutura organizacional e operacional do PSA; refletir sobre os conceitos da geografia e suas
interfaces com o Programa e confrontar diversos recortes territoriais para visualizar as
principais inadequações na distribuição dos ASA pela cidade. Entre os procedimentos
metodológicos adotados constam revisão bibliográfica e pesquisa documental, coleta de
dados, entrevistas com gestores do Programa, análise sobre as bases que subsidiaram a
construção de um modelo (Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife, setores censitários,
imagens de satélite, bases cartográficas) e o próprio desenvolvimento desse modelo, através
do cotejamento de distintos mapas operacionais por meio do software arcview 3.2. Como
resultado, obteve-se uma nova proposta de mapa operacional do PSA que evidencia,
classificando cerca de doze mil quadras, níveis de atenção e dificuldade à operação do agente
em campo, na perspectiva da vulnerabilidade social da população, e também da dificuldade
operacional em relação a aspectos físicos do território, com os quais os ASA lidam
diariamente. Além disso, verificou-se que o arcabouço teórico e o manuseio de técnicas de
geoinformação desenvolvidos pela geografia podem subsidiar as esferas de planejamento e
gestão do programa analisado. Dessa forma, considera-se que a proposição de uma nova
forma de análise territorial pode auxiliar a gestão do Programa na identificação das
inadequações na distribuição dos ASA, viabilizando uma possível reformulação na
espacialização dos agentes, objetivando uma gestão do território mais racional do ponto de
vista econômico, pois alocaria os agentes levando em conta a diversidade das condições
operacionais encontradas no espaço físico de trabalho, mas também reforçaria a busca pela
eqüidade, já que a escala de análise foi mais refinada em relação àquela adotada no início do
Programa, permitindo um retrato mais pormenorizado das desigualdades sócio-espaciais intraurbanas
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Estudo de Práticas Sócio-espaciais a partir de um Conjunto Habitacional do BNH: reflexões acerca de práticas cotidianas atuais no Condomínio Residencial Ignêz Andreazza (CRIAZZA) em Recife PECristiano dos Santos, Clélio January 2002 (has links)
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Previous issue date: 2002 / A habitação constitui uma das condições elementares para a sobrevivência do indivíduo.
Enquanto mercadoria produzida segundo a lógica capitalista, a habitação integra
sucessivamente valor de uso e de troca. Um bem que se caracteriza tanto pelo papel que
desempenha no conjunto do sistema econômico, quanto por ser um produto que influencia os
papéis, os níveis e as filiações simbólicas dos seus habitantes. Essa lógica habitacional, bem
recepcionada nos países subdesenvolvidos, emerge no Brasil na década de 1960, enquanto
principal eixo da política urbana do regime ditatorial. Ao Banco Nacional da Habitação
(BNH), grande protagonista da produção de habitações, caberia plantar casas e dar um
arranjo aos casulos , em conjuntos, sob a forma financiamentos. Uma nova configuração
sócio-espacial se cristaliza nos espaços urbanos, marcando fronteiras nas periferias, criando
bairros. Em diferentes escalas, a concepção e a implementação dos grandes Conjuntos
habitacionais, produziram espaços rigorosos, segmentados e massificantes. A forma urbana
destes conjuntos cidades delimita e reduz as necessidades sociais e urbanas, impondo um
cotidiano organizado tanto aos seus habitantes, quanto à cidade. Emerge, assim, a necessidade
de refletir acerca das fissuras existentes entre as macroestruturas e o espaço vivido
cotidianamente, tendo em vista, acreditar-se que os moradores, a partir das suas práticas
cotidianas, estabelecem diferentes modos de viver, interpretar e representar a rigidez desses
espaços projetados, reinventando-os e adaptando-os à sua cultura. É nesse contexto que este
trabalho analisa as práticas cotidianas atuais e as representações dos moradores do
Condomínio Residencial Ignêz Andreazza (CRIAZZA) em Recife PE, numa área de
300.000 m2 e com uma população estimada em 10.000 habitantes. A partir da caracterização
dos espaços planejados deste Condomínio, observou-se a relação entre a previsão de um
consumo programado dos espaços coletivos e as práticas cotidianas atuais dos seus
moradores, assim como, através da análise do mundo vivido destes, identificou-se suas
representações quanto ao significado do lugar e do espaço. Decorridos, então, quase 20 (vinte)
anos da construção do CRIAZZA, emergem problemas e desafios de convivência e
sobrevivência e, até problemas sócio-ambientais, quer seja no seu âmbito interno, ou dele em
relação ao bairro e à cidade. A imagem deste conjunto se encontra comprometida, tanto do
ponto de vista estético, com implicações sócio-econômicas na Paisagem, desvalorizando-a e
depreciando-a, quanto das questões que interferem na qualidade de vida dos seus moradores
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Espaços livres públicos inseridos na paisagem urbana : memórias, rugosidades e metamorfoses: estudo dos parques urbanos 13 de Maio, Recife-Brasil e do Tiergarten, Berlim-AlemanhaALBUQUERQUE, Mariana Zerbone Alves de January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Esta dissertação tem como objetivo realizar uma análise dos espaços livres
públicos inseridos na paisagem urbana, em especial dos parques urbanos, a fim
de compreender a configuração espacial destes, observando a relação entre
forma-conteúdo, função, estrutura e processo, identificando as memórias,
rugosidades e metamorfoses, tomando como objetos para estudo de caso os
parques 13 de Maio em Recife, Brasil, e o Tiergarten em Berlim, Alemanha. Em
sua maioria, os parques urbanos foram projetados e executados com a finalidade
de proporcionar lazer à população e embelezar o ambiente urbano, entretanto,
deve-se refletir acerca dessas funções, principalmente no que se refere à relação
forma-conteúdo desses espaços públicos atualmente. Ao analisar esse dois
parques urbanos os quais estão em sítio e situação bem distintos, percebe-se
diferenciações em vários aspectos, surgindo assim alguns questionamentos
acerca deste assunto: Como os parques urbanos são configurados no espaço?
Como são formados e estruturados? Qual a função que desempenham? Como
se apresentam em âmbito global e local? Desta forma, percebe-se que os
arranjos territoriais dos parques urbanos situados nas metrópoles refletem e
condicionam formas de gestão sócio-espacial distintas e/ou comuns no plano das
relações cotidianas do lugar (CARLOS, 1999), cujas afinidades desafiam
diferenciações entre os sistemas político administrativos, sócio-econômicos e
culturais
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