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Perfil sociodemográfico, hematológico e imunológico de crianças com paralisia cerebral tetraparética espásticaMarçal, Maryane Leandro Prudente 18 August 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-08-18 / Cerebral palsy is a group of disorders in the control of movements, posture and
muscle tone. It s not progressive and it results from an encefalon aggression or
anomaly on the first stages of its development. The spastic tetraparetic form is the
most serious type of cerebral palsy due to clinical complications such as: mental
deficiency, convulsive crises, orthopedic deformities, gastroesophageal reflux,
malnutrition, audition, visual and speech deficits, and difficulty or incapacity of
locomotion and movement. This study aimed to set the sociodemographic,
haematologic and immunologic profile of children with spastic tetraparetic cerebral
palsy, searching to identify probable risk factors for respiratory infections. Thirty
children participated of the research, from 2 to 12 years old, of both genders, with
spastic tetraparetic cerebral palsy as clinical diagnosis, with or without pneumonia
account. Patients were separeted in 2 groups, 20 patients with pneumonia history
and 10 patients without pneumonia history. The study was realized by association
among the following institutions: Catholic University of Goiás, Association Pestalozzi
of Goiânia, APAE (Goiânia), CEAD and CORAE, in the period from November 2005
to May 2006. In this study, great part of families of children with spastic tetraparetic
cerebral palsy is formed by 3 to 5 people and has a low acquisitive power. The most
clinical factors found were level 5 of motor damage, microcephaly, hydrocephaly,
gastroesophageal reflux, convulsive crises and cognitive deficits, however they didn t
get statistics relevance as risk factors for respiratory infections. In haematologic and
immunologic assesments, lower levels of immunoglobulins IgM, IgA and IgG,
phagocytic index of neutrophils and higher C-reactive protein reactivity were
observed in patients with pneumonia account, but without statistic significance.
Hematimetric and plaquetary index and leukocytes relative and absolut values were
inside of normal parameters for all patients. The study suggests that respiratory
infections are the main causes of admission of patients with spastic tetraparetic
cerebral palsy. The execution of this study, by the association among the refered
institutions, permited the knowledge of clinical, haematologic and immunologic
conditions of the children with spastic tetraparetic cerebral palsy and the knowledge
of sociodemographic reality of their families. Results showed that conditions that
favoreced respiratory infections in children with spastic tetraparetic cerebral palsy are
multifactorial, getting harder to set risk factors separately. / A paralisia cerebral é caracterizada por um grupo de desordens no controle dos
movimentos, da postura e do tônus muscular; não é progressiva e resulta de uma
agressão ou anomalia do encéfalo nos primeiros estágios de seu desenvolvimento.
A forma tetraparética espática é considerada o tipo mais grave de paralisia cerebral,
em razão de complicações clínicas, tais como: deficiência mental, crise convulsiva,
deformidades ortopédicas, refluxo gastroesofágico, desnutrição, déficits auditivos,
visuais e de linguagem, bem como dificuldade ou incapacidade de locomoção e de
se movimentar. Este estudo teve por objetivo traçar o perfil sociodemográfico,
hematológico e imunológico de crianças com paralisia cerebral tetraparética
espástica, buscando identificar os prováveis fatores de risco para infecções
respiratórias. Participaram da pesquisa 30 crianças, de 2 a 12 anos de idade, de
ambos os gêneros, que tinham como diagnóstico clínico a paralisia cerebral
tetraparética espática, com e sem relato de pneumonia. Os pacientes foram divididos
em dois grupos, 20 pacientes com história de pneumonia e 10 pacientes sem história
de pneumonia. O estudo foi realizado por meio da associação entre as seguintes
instituições: Universidade Católica de Goiás, Associação Pestalozzi de Goiânia,
APAE (Goiânia), CEAD e CORAE, no período de novembro de 2005 a maio de
2006. Neste estudo, grande parte das famílias das crianças com paralisia cerebral
tetraparética espástica era constituída por três a cinco pessoas e possui um baixo
poder aquisitivo. Os fatores clínicos mais encontrados foram nível V de
comprometimento motor, microcefalia, hidrocefalia, refluxo gastroesofágico, crise
convulsiva e déficit cognitivo, porém não obtiveram relevância estatística como
fatores de risco para infecções respiratórias. Nas avaliações hematológicas e
imunológicas, foram observados níveis menores de imunoglobulinas IgM, IgA e IgG,
índice fagocitário de neutrófilos e maior reatividade da proteína C-reativa nos
pacientes com relato de pneumonia, porém sem significância estatística. Os índices
hematimétricos e plaquetários e os valores relativos e absolutos de leucócitos
encontravam-se dentro dos parâmetros de normalidade para todos os pacientes. O
estudo mostra que as infecções respiratórias são as principais causas de internação
dos pacientes com paralisia cerebral tetraparética espástica. A realização deste
estudo, por meio da associação entre as instituições referidas, possibilitou o
conhecimento das condições clínicas, hematológicas e imunológicas de crianças
com paralisia cerebral tetraparética espástica, bem como o conhecimento da
realidade sociodemográfica de suas famílias. Os resultados mostraram que as
condições que propiciam as infecções respiratórias em crianças com paralisia
cerebral tetraparética espástica são multifatoriais, o que torna difícil delimitar fatores
de risco isoladamente.
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