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Hipertensão arterial no contexto da Saúde da Família: a problemática da adesão no cuidado ampliado em saúde / Arterial hypertension in the context of Family Health: the problem of adherence in health careCampos, Aline Aparecida de Oliveira 31 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-31 / A Hipertensão arterial (HA) é considerada um dos mais importantes problemas de saúde pública devido a alta prevalência, baixas taxas de controle e elevado custo econômico e social. Na maioria das vezes, esta enfermidade é assintomática e seu controle requer mudanças de comportamento e de estilo de vida, o que está diretamente relacionado ao grau de adesão do portador ao tratamento. Objetivo: avaliar o efeito de duas estratégias de educação em saúde e nutrição realizadas, à nível de APS, sobre o hábito alimentar e nutricional de portadores de HA a fim de promover maior adesão aos hábitos relacionadas às mudanças de estilo de vida. Métodos: estudo de intervenção, do tipo ensaio comunitário, não cego, de abordagem quantitativa. Os participantes foram alocados em dois grupos, de forma a comparar diferentes modalidades de intervenção educativa em saúde e nutrição. Os grupos foram comparados quanto à adesão ao tratamento não medicamentoso. A amostra foi constituída por indivíduos com diagnóstico médico de HA acompanhados pela Estratégia Saúde da Família (n=84) do município de Viçosa, Minas Gerais, que atenderam aos critérios de inclusão/exclusão e aceitaram participar do estudo. As intervenções foram realizadas ao longo de cinco meses e constaram das seguintes estratégias, de acordo com cada grupo. No Grupo 1 (n=42) foram realizadas oficinas de educação em saúde e nutrição mensais, visando à educação e prevenção de agravos, com ênfase na terapêutica dietética da HA por meio de atividades educativas participativas e dialógicas. O Grupo 2 (n=42) recebeu oficinas de educação em saúde e nutrição, visitas domiciliares (VD) mensais, além de receberem um Mix de Temperos naturais, que foi produzido e patenteado pela equipe de pesquisadores do estudo, com o objetivo de reduzir o consumo de sódio das preparações. As VD foram realizadas no horário da principal refeição do dia e seguiram um plano sistemático de educação nutricional. Ambos os grupos foram escolhidos de forma aleatória, sendo que o tamanho da amostra foi previamente definido de forma a viabilizar a operacionalização das VD mensais. Os dados sobre o perfil socioeconômico e hábitos de vida foram coletados em entrevistas individuais antes do início da intervenção. As variáveis antropométricas, bioquímicas, pressão arterial, atividade física e as informações sobre o consumo de alimentos foram coletadas antes e depois das intervenções. Para a análise dos dados foi utilizada estatística descritiva com medida de tendência central (média). Para as análises foram realizados os testes Kolmogorov-Smirnov, Qui–Quadrado, Teste de Wilcoxon, Teste T pareado, Teste T. Foram adotadas para a análise as diferenças entre as variáveis mensuradas nas pré e pós-intervenções. Foi adotado o nível de significância p<0,05 e o pacote estatístico utilizado foi o SPSS 20.0. Resultados: a análise comparativa de antes e depois das duas estratégias de educação em saúde e nutrição revelou que houve melhoras estatisticamente significantes após a intervenção no Grupo 2, ou seja, aquele que recebeu além das oficinas de educação em saúde e nutrição, VD mensais. Houve diferença estatisticamente significante para peso, IMC, CC, colesterol total, glicemia de jejum, PAS, per capitas de óleo, sal e açúcar e escores de risco e de proteção de consumo alimentar. Ao analisarmos a estratégia de intervenção baseada somente nas oficinas de educação em saúde e nutrição (Grupo 1), houve diferença estatisticamente significante para glicemia de jejum e per capitas de óleo, sal e açúcar, escores de risco e proteção do consumo alimentar. Ao se analisar a estratégia educativa como um todo, independe do grupo de intervenção, observou-se que das 17 variáveis analisadas, 12 apresentaram diferenças estatisticamente significantes, sendo que os indivíduos participantes do estudo obtiveram melhores parâmetros antropométricos, bioquímicos, clínicos e dietéticos ao final do estudo. Conclusões: as intervenções educativas propiciaram resultados positivos sobre a adesão ao tratamento não medicamentoso da HA. Os resultados evidenciados no grupo 2 (atividades de educação em saúde e nutrição aliadas às VD) foram mais satisfatórios. A participação dos indivíduos nas oficinas educativas associadas ao recebimento das VD tornou a intervenção mais intensiva, uma vez que as atividades foram realizadas de forma individualizadas, ou seja, no ambiente domiciliar nos horários da principal refeição do dia. Estes aspectos contribuíram para um melhor entendimento por parte dos portadores da HA sobre a implementação de hábitos alimentares mais adequados, bem como um acompanhamento sistematizado e rotineiro. / The arterial hypertension (AH) is considered one of the most important public health problems due to high prevalence, low control rates and high economic and social cost. Most of the time, this disease is asymptomatic and its control requires changes in behavior and lifestyle, which is directly related to the degree of adherence of the patient to the treatment. Objective: to evaluate the effect of two health and nutrition education strategies carried out at the PHC level on the dietary and nutritional habits of patients with HA in order to promote greater adherence to habits related to lifestyle changes. Methods: interventional study, community-based, non-blind, quantitative approach. Participants were allocated into two groups in order to compare different modalities of educational intervention in health and nutrition. The groups were compared regarding adherence to non-drug treatment. The sample consisted of individuals with a medical diagnosis of AH accompanied by the Family Health Strategy (n = 84) of the municipality of Viçosa, Minas Gerais, who met the inclusion/exclusion criteria and accepted to participate in the study. The interventions were carried out over five months and consisted of the following strategies, according to each group. In group 1 (n = 42), monthly health and nutrition education workshops were held, aimed at education and prevention of diseases, with emphasis on HA dietary therapy through participatory and dialogic educational activities. Group 2 (n = 42) received health and nutrition education workshops, monthly home visits (HV), and received a Natural Seasoning Mix, which was produced and patented by the study team of researchers, with the objective of reducing The sodium consumption of the preparations. The HV’s were performed at the time of the main meal of the day and followed a systematic plan of nutritional education.Both groups were chosen randomly, and the sample size was previously defined in order to allow the operation of the monthly HV’s. Data on socioeconomic profile and life habits were collected in individual interviews prior to the start of the intervention. Anthropometric, biochemical, blood pressure, physical activity and food consumption information were collected before and after the interventions. Descriptive statistics were used for the analysis of the data with a central tendency measure (mean). Kolmogorov- Smirnov, Chi-Square, Wilcoxon test, Paired T-test, T-test were used for the analysis. Differences between the variables measured in the pre and post- interventions were adopted for the analysis. The significance level was adopted p <0.05 and the statistical package used was SPSS 20.0. Results: the comparative analysis of before and after the two health and nutrition education strategies revealed that there were statistically significant improvements after the intervention in Group 2, that is, the one that received in addition to the monthly health and nutrition education workshops. There was a statistically significant difference for weight, BMI, CC, total cholesterol, fasting glucose, SBP, per capita oil, salt and sugar, and risk and food consumption protection. When analyzing the intervention strategy based only on health and nutrition education workshops (Group 1), there was a statistically significant difference for fasting and per capita glycemia of oil, salt and sugar, risk scores and protection of food consumption. When analyzing the educational strategy as a whole, independent of the intervention group, it was observed that of the 17 analyzed variables, 12 presented statistically significant differences, and the individuals participating in the study obtained better anthropometric, biochemical, clinical and dietary parameters at the end of the study. Conclusions: educational interventions provided positive results on adherence to non-drug treatment of AH. The results evidenced in group 2 (health and nutrition education activities allied to HV’s) were more satisfactory. The participation of the individuals in the educational workshops associated to the receipt of the HV’s made the intervention more intensive, since the activities were carried out in an individualized way, that is, in the home environment at the main meal times of the day. These aspects contributed to a better understanding on the part of the AH patients on the implementation of more adequate eating habits, as well as systematized and routine follow-up.
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