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Foraclusão, exclusão e segregação : da drogadicção em suas relações com a família e com a sociedadeSöhnle Junior, Ernesto January 2010 (has links)
A presente tese visa retomar a análise dos processos de segregação, com ênfase nas relações entre drogadicção, família e sociedade, para com isto investigar como a hiperdeterminação entre exclusão social e exclusão psíquica leva o sujeito a propagar social e geracionalmente a Segregação, podendo, também (por causa de outrem), encontrar origem nessa. Em outros termos, buscamos verificar neste trabalho, conceitualmente, bem como na e através da interpretação dos casos “escutados”, a possível provocação foraclusiva da drogadicção, assim como os seus efeitos de retroalimentação perversa existentes no nível extensivo do laço social (toxicomania), vistos enquanto produtos e produtores dos processos de segregação. Isto implica admitir a vigência de uma suposição que articula conceitualmente, em espiral dialética, as categorias de: Foraclusão do Nome-do-Pai, auto e hetero Exclusão (através da agressividade egoica) e Segregação. Para tal, elaboramos um quadro teórico-clínico que responde à articulação da psicanálise intensiva (clínica) com a psicanálise extensiva, enquanto abordagem que possibilitou o mapeamento do modo de ser do fenômeno da droga, como um sintoma social. E, por se tratar de uma categoria extensiva, que nos confronta com o tema da Segregação, nossa abordagem buscou pensar as condições psíquicas e sociais da exclusão (drogatícia), com vistas à proposição de subsídios teóricos às medidas sócio-pedagógicas em prol dos necessários atos de inclusão nos ambientes escolares. Assim, do ponto de vista do excluído, por vezes um drogadito, o estudo constatou a presença possível de três questões: 1º) a agressividade egoica; 2º) uma tendência à ruína psíquica, expressa na forma auto-hostil de um gozo com a morte, causada pela recusa do desmame, em função da suposição de fusão com o objeto impossível; e, 3º) a possível falência social e transmissiva da família. Já enfocando os efeitos sociais da toxicomania, levantamos a possibilidade: 1º) da inserção do drogadito, por efeito de estrutura, na perversão social; 2º) da configuração extensiva de uma relação entre o duo drogadicção/toxicomania e o binômio Kant/Sade; e finalmente, 3º) do contexto retroativo da Segregação que, ao hiperdeterminar exclusão social e (auto-)exclusão psíquica, leva o sujeito (drogadito), não só a transmitir a segregação, inclusive geracionalmente, mas também, por causa da ancestralidade, a tomá-la como fato originário. Por isso, em nosso percurso experimental fomos forçados a reconhecer a validade do diagnóstico lacaniano sobre a morte do olhar do Outro, principalmente no que concerne a função simbólica da metáfora paterna, condição de possibilidade dos processos civilizatórios e educativos. Em face desta foraclusão do Outro, no nível do laço social, nossa leitura, em caráter preventivo, visou destacar a importância da promoção e da transmissão, na infância, do referencial simbólico e amoroso, quando emanado da paternidade. Por outro lado, do ponto de vista dos casos individuais, nossa abordagem enfatiza a “escuta”, enquanto ato capaz de colocar limite ao gozo com a morte (em suas formas auto e hetero-hostis), possibilitando ao sujeito (drogadito ou não) se incluir ali onde ele se excluiu, na família, na escola e na sociedade. / This thesis has the objective to review the analysis of the segregation processes, emphatizing the relation among the drug addiction, family and the society, to investigate how the overdetermination between social exclusion and psycho exclusion lead the subject to spread social and generationaly the Segregation, it also can (because of the other) be constitute in this. In other terms, we try to check in this paper, conceptualy as well as in and through the interpretation of the “listened” cases, the possible drug addiction exclusive provocation as its effects of the perverse retro-feeding existent in the extensive level from the social link (toxicomania), as products and producers from the segregation processes. This implies to admit the force of a supposition that conceptually articulates in dialectic spiral the categories of: Exclusion from Name-of-the-Father, self and hetero Exclusion (through the ego agressivity) and Segregation. For this, we elaborate a clinic-theoric scene that responds to the articulation from the intensive (clinic) with the extensive psychoanalysis, that as approaching makes possible the cartography of the way of being from the drug phenomenon, like a social symptom. And, because it is a extensive category that confronts us with the Segregation theme, our approaching try to think the psychical and social conditions from the exclusion (drug use), in order to the theoric subsidy proposition to the social-pedagocial measures on behalf of the necessary inclusion action in the school environment. So, from the point of view from the exclude subject, sometimes a drug user, the study notices the possible presence of three issues: 1st) ego agressivity; 2nd) a tendency to psycho ruin, expresses in from of self-hostile enjoyment with the death caused by the refusal from stopping weaning as a result of the supposition fusion with the impossible object; and 3rd) the possible social and transmissive bankruptcy of the family. Pointing out the social effects from the toximania, we got the possibility: 1st) the drug user insertion by the structure effect in the social perversion; 2nd) from extensive configuration of a relation among the duo addiction/toximania and the bi-named Kant/Sade; and finally, 3rd) from the Segregation’s retroactive context that as overdetermine social exclusion and psycho (self-)exclusion leads the subject (drug user) not just to transmit the segregation, even generationaly, but also because of the ancestrality, gets it as originate fact. Because of this, in our experimental journey we are forced to recognize the validity of the “lacaniano” diagnostic over the look´s death from other, mainly concerning to the symbolic function from the father’s metaphora, that is, possibility condition from the civilizatory and educative processes. Because of the Other inclusion in the social link level, our reading, in preventive character, aims to point out the importance of the promotion and transmission in the childhood of the symbolic and loving referencial when emaneted from the fatherhood. On the other hand, from the point of view of individual cases, our approaching emphatizes the “listening” while capable action to put limit to the enjoyment with the death (in their forms self and hetero-hostile), making possible to the subject (drug user) includes himself there where he has included himself, in family, in the school and in the society.
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Foraclusão, exclusão e segregação : da drogadicção em suas relações com a família e com a sociedadeSöhnle Junior, Ernesto January 2010 (has links)
A presente tese visa retomar a análise dos processos de segregação, com ênfase nas relações entre drogadicção, família e sociedade, para com isto investigar como a hiperdeterminação entre exclusão social e exclusão psíquica leva o sujeito a propagar social e geracionalmente a Segregação, podendo, também (por causa de outrem), encontrar origem nessa. Em outros termos, buscamos verificar neste trabalho, conceitualmente, bem como na e através da interpretação dos casos “escutados”, a possível provocação foraclusiva da drogadicção, assim como os seus efeitos de retroalimentação perversa existentes no nível extensivo do laço social (toxicomania), vistos enquanto produtos e produtores dos processos de segregação. Isto implica admitir a vigência de uma suposição que articula conceitualmente, em espiral dialética, as categorias de: Foraclusão do Nome-do-Pai, auto e hetero Exclusão (através da agressividade egoica) e Segregação. Para tal, elaboramos um quadro teórico-clínico que responde à articulação da psicanálise intensiva (clínica) com a psicanálise extensiva, enquanto abordagem que possibilitou o mapeamento do modo de ser do fenômeno da droga, como um sintoma social. E, por se tratar de uma categoria extensiva, que nos confronta com o tema da Segregação, nossa abordagem buscou pensar as condições psíquicas e sociais da exclusão (drogatícia), com vistas à proposição de subsídios teóricos às medidas sócio-pedagógicas em prol dos necessários atos de inclusão nos ambientes escolares. Assim, do ponto de vista do excluído, por vezes um drogadito, o estudo constatou a presença possível de três questões: 1º) a agressividade egoica; 2º) uma tendência à ruína psíquica, expressa na forma auto-hostil de um gozo com a morte, causada pela recusa do desmame, em função da suposição de fusão com o objeto impossível; e, 3º) a possível falência social e transmissiva da família. Já enfocando os efeitos sociais da toxicomania, levantamos a possibilidade: 1º) da inserção do drogadito, por efeito de estrutura, na perversão social; 2º) da configuração extensiva de uma relação entre o duo drogadicção/toxicomania e o binômio Kant/Sade; e finalmente, 3º) do contexto retroativo da Segregação que, ao hiperdeterminar exclusão social e (auto-)exclusão psíquica, leva o sujeito (drogadito), não só a transmitir a segregação, inclusive geracionalmente, mas também, por causa da ancestralidade, a tomá-la como fato originário. Por isso, em nosso percurso experimental fomos forçados a reconhecer a validade do diagnóstico lacaniano sobre a morte do olhar do Outro, principalmente no que concerne a função simbólica da metáfora paterna, condição de possibilidade dos processos civilizatórios e educativos. Em face desta foraclusão do Outro, no nível do laço social, nossa leitura, em caráter preventivo, visou destacar a importância da promoção e da transmissão, na infância, do referencial simbólico e amoroso, quando emanado da paternidade. Por outro lado, do ponto de vista dos casos individuais, nossa abordagem enfatiza a “escuta”, enquanto ato capaz de colocar limite ao gozo com a morte (em suas formas auto e hetero-hostis), possibilitando ao sujeito (drogadito ou não) se incluir ali onde ele se excluiu, na família, na escola e na sociedade. / This thesis has the objective to review the analysis of the segregation processes, emphatizing the relation among the drug addiction, family and the society, to investigate how the overdetermination between social exclusion and psycho exclusion lead the subject to spread social and generationaly the Segregation, it also can (because of the other) be constitute in this. In other terms, we try to check in this paper, conceptualy as well as in and through the interpretation of the “listened” cases, the possible drug addiction exclusive provocation as its effects of the perverse retro-feeding existent in the extensive level from the social link (toxicomania), as products and producers from the segregation processes. This implies to admit the force of a supposition that conceptually articulates in dialectic spiral the categories of: Exclusion from Name-of-the-Father, self and hetero Exclusion (through the ego agressivity) and Segregation. For this, we elaborate a clinic-theoric scene that responds to the articulation from the intensive (clinic) with the extensive psychoanalysis, that as approaching makes possible the cartography of the way of being from the drug phenomenon, like a social symptom. And, because it is a extensive category that confronts us with the Segregation theme, our approaching try to think the psychical and social conditions from the exclusion (drug use), in order to the theoric subsidy proposition to the social-pedagocial measures on behalf of the necessary inclusion action in the school environment. So, from the point of view from the exclude subject, sometimes a drug user, the study notices the possible presence of three issues: 1st) ego agressivity; 2nd) a tendency to psycho ruin, expresses in from of self-hostile enjoyment with the death caused by the refusal from stopping weaning as a result of the supposition fusion with the impossible object; and 3rd) the possible social and transmissive bankruptcy of the family. Pointing out the social effects from the toximania, we got the possibility: 1st) the drug user insertion by the structure effect in the social perversion; 2nd) from extensive configuration of a relation among the duo addiction/toximania and the bi-named Kant/Sade; and finally, 3rd) from the Segregation’s retroactive context that as overdetermine social exclusion and psycho (self-)exclusion leads the subject (drug user) not just to transmit the segregation, even generationaly, but also because of the ancestrality, gets it as originate fact. Because of this, in our experimental journey we are forced to recognize the validity of the “lacaniano” diagnostic over the look´s death from other, mainly concerning to the symbolic function from the father’s metaphora, that is, possibility condition from the civilizatory and educative processes. Because of the Other inclusion in the social link level, our reading, in preventive character, aims to point out the importance of the promotion and transmission in the childhood of the symbolic and loving referencial when emaneted from the fatherhood. On the other hand, from the point of view of individual cases, our approaching emphatizes the “listening” while capable action to put limit to the enjoyment with the death (in their forms self and hetero-hostile), making possible to the subject (drug user) includes himself there where he has included himself, in family, in the school and in the society.
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Foraclusão, exclusão e segregação : da drogadicção em suas relações com a família e com a sociedadeSöhnle Junior, Ernesto January 2010 (has links)
A presente tese visa retomar a análise dos processos de segregação, com ênfase nas relações entre drogadicção, família e sociedade, para com isto investigar como a hiperdeterminação entre exclusão social e exclusão psíquica leva o sujeito a propagar social e geracionalmente a Segregação, podendo, também (por causa de outrem), encontrar origem nessa. Em outros termos, buscamos verificar neste trabalho, conceitualmente, bem como na e através da interpretação dos casos “escutados”, a possível provocação foraclusiva da drogadicção, assim como os seus efeitos de retroalimentação perversa existentes no nível extensivo do laço social (toxicomania), vistos enquanto produtos e produtores dos processos de segregação. Isto implica admitir a vigência de uma suposição que articula conceitualmente, em espiral dialética, as categorias de: Foraclusão do Nome-do-Pai, auto e hetero Exclusão (através da agressividade egoica) e Segregação. Para tal, elaboramos um quadro teórico-clínico que responde à articulação da psicanálise intensiva (clínica) com a psicanálise extensiva, enquanto abordagem que possibilitou o mapeamento do modo de ser do fenômeno da droga, como um sintoma social. E, por se tratar de uma categoria extensiva, que nos confronta com o tema da Segregação, nossa abordagem buscou pensar as condições psíquicas e sociais da exclusão (drogatícia), com vistas à proposição de subsídios teóricos às medidas sócio-pedagógicas em prol dos necessários atos de inclusão nos ambientes escolares. Assim, do ponto de vista do excluído, por vezes um drogadito, o estudo constatou a presença possível de três questões: 1º) a agressividade egoica; 2º) uma tendência à ruína psíquica, expressa na forma auto-hostil de um gozo com a morte, causada pela recusa do desmame, em função da suposição de fusão com o objeto impossível; e, 3º) a possível falência social e transmissiva da família. Já enfocando os efeitos sociais da toxicomania, levantamos a possibilidade: 1º) da inserção do drogadito, por efeito de estrutura, na perversão social; 2º) da configuração extensiva de uma relação entre o duo drogadicção/toxicomania e o binômio Kant/Sade; e finalmente, 3º) do contexto retroativo da Segregação que, ao hiperdeterminar exclusão social e (auto-)exclusão psíquica, leva o sujeito (drogadito), não só a transmitir a segregação, inclusive geracionalmente, mas também, por causa da ancestralidade, a tomá-la como fato originário. Por isso, em nosso percurso experimental fomos forçados a reconhecer a validade do diagnóstico lacaniano sobre a morte do olhar do Outro, principalmente no que concerne a função simbólica da metáfora paterna, condição de possibilidade dos processos civilizatórios e educativos. Em face desta foraclusão do Outro, no nível do laço social, nossa leitura, em caráter preventivo, visou destacar a importância da promoção e da transmissão, na infância, do referencial simbólico e amoroso, quando emanado da paternidade. Por outro lado, do ponto de vista dos casos individuais, nossa abordagem enfatiza a “escuta”, enquanto ato capaz de colocar limite ao gozo com a morte (em suas formas auto e hetero-hostis), possibilitando ao sujeito (drogadito ou não) se incluir ali onde ele se excluiu, na família, na escola e na sociedade. / This thesis has the objective to review the analysis of the segregation processes, emphatizing the relation among the drug addiction, family and the society, to investigate how the overdetermination between social exclusion and psycho exclusion lead the subject to spread social and generationaly the Segregation, it also can (because of the other) be constitute in this. In other terms, we try to check in this paper, conceptualy as well as in and through the interpretation of the “listened” cases, the possible drug addiction exclusive provocation as its effects of the perverse retro-feeding existent in the extensive level from the social link (toxicomania), as products and producers from the segregation processes. This implies to admit the force of a supposition that conceptually articulates in dialectic spiral the categories of: Exclusion from Name-of-the-Father, self and hetero Exclusion (through the ego agressivity) and Segregation. For this, we elaborate a clinic-theoric scene that responds to the articulation from the intensive (clinic) with the extensive psychoanalysis, that as approaching makes possible the cartography of the way of being from the drug phenomenon, like a social symptom. And, because it is a extensive category that confronts us with the Segregation theme, our approaching try to think the psychical and social conditions from the exclusion (drug use), in order to the theoric subsidy proposition to the social-pedagocial measures on behalf of the necessary inclusion action in the school environment. So, from the point of view from the exclude subject, sometimes a drug user, the study notices the possible presence of three issues: 1st) ego agressivity; 2nd) a tendency to psycho ruin, expresses in from of self-hostile enjoyment with the death caused by the refusal from stopping weaning as a result of the supposition fusion with the impossible object; and 3rd) the possible social and transmissive bankruptcy of the family. Pointing out the social effects from the toximania, we got the possibility: 1st) the drug user insertion by the structure effect in the social perversion; 2nd) from extensive configuration of a relation among the duo addiction/toximania and the bi-named Kant/Sade; and finally, 3rd) from the Segregation’s retroactive context that as overdetermine social exclusion and psycho (self-)exclusion leads the subject (drug user) not just to transmit the segregation, even generationaly, but also because of the ancestrality, gets it as originate fact. Because of this, in our experimental journey we are forced to recognize the validity of the “lacaniano” diagnostic over the look´s death from other, mainly concerning to the symbolic function from the father’s metaphora, that is, possibility condition from the civilizatory and educative processes. Because of the Other inclusion in the social link level, our reading, in preventive character, aims to point out the importance of the promotion and transmission in the childhood of the symbolic and loving referencial when emaneted from the fatherhood. On the other hand, from the point of view of individual cases, our approaching emphatizes the “listening” while capable action to put limit to the enjoyment with the death (in their forms self and hetero-hostile), making possible to the subject (drug user) includes himself there where he has included himself, in family, in the school and in the society.
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