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Autopercepção do peso corporal e transtornos mentais comuns em funcionários de uma universidade no Rio de Janeiro: Estudo Pró-Saúde / Self-perception of body weight and common mental disorders in university employees in Rio de Janeiro: Estudo Pro-Saúde

Alessandra Bento Veggi 28 April 2005 (has links)
Gênero, raça e transtornos mentais são variáveis importantes a serem consideradas em estudos que avaliam a autopercepção do peso corporal. Se, por um lado, a sociedade contemporânea se depara com um crescimento epidêmico do sobrepeso e da obesidade, por outro os paradigmas corporais construídos socialmente para homens e mulheres têm-se tornado com o passar dos anos mais rigorosos e inatingíveis, sendo relacionados não somente à saúde, mas também ao sucesso pessoal, profissional e afetivo. Desse modo, perceber-se fora desse padrão pode levar ao desenvolvimento de transtornos mentais comuns (TMC). Alguns grupos, entretanto, parecem ser menos vulneráveis a tais padrões como no caso de indivíduos da raça negra. No entanto, poucos estudos nacionais têm investigado essas questões. A presente tese avaliou a incidência de TMC segundo a autopercepção do peso corporal entre funcionários de uma universidade no Rio de Janeiro, assim como a concordância entre a autopercepção do peso corporal e o Índice de Massa Corporal (IMC) segundo raça nessa mesma população. O primeiro estudo avaliou dados da primeira onda de seguimento da coorte do estudo Pró-Saúde analisando através de modelos lineares generalizados os riscos relativos da associação entre o desenvolvimento de TMC e a autopercepção do peso corporal. O segundo avaliou a estrutura de concordância entre a autopercepção do peso corporal e o IMC segundo raça. Os resultados do primeiro artigo evidenciaram associação entre incidência de TMC e perceber-se acima do peso corporal (RR=1,42) no modelo ajustado por sexo. Na análise que avaliou a concordância entre o IMC e a autopercepção do peso corporal não foram observadas diferenças em relação à raça e a concordância variou de moderada a elevada em entre mulheres e homens, respectivamente.Em ambos os sexos, o padrão de concordância fora da diagonal principal indicou que categorias altas e baixas de IMC corresponderam às categorias extremas de percepção corporal. Entre as mulheres, entretanto, a concordância dentro da diagonal principal sugeriu um padrão de concordância possivelmente maior para as categorias extremas de autopercepção de peso e IMC. Não foram evidenciadas diferenças segundo raça, possivelmente, pelo fato das pressões sociais em relação à aquisição de peso ideal serem desenvolvidas, no Brasil, dentro de um contexto multiracial. / Gender, race and mental health are important variables to be considered in studies that evaluate the self-perception of body weight. If on the other hand, the actual society comes across with an epidemic growth of the overweight and of the obesity, for another one the body paradigms socially constructed for men and women have become unattachable and most rigorous and, being related not only to the health but also to the personal, professional and affective success. In this way, the selfperception out of the ideal weight can lead to the development of common mental disorders (CMD). Some groups, however, seem to be less vulnerable to such standards as in the case of individuals of the black race. However, few national studies have investigated these questions. The present thesis evaluated the incidence of CMD according to self-perception of body weight between employees of a university in Rio de Janeiro, as well as the agreement between the self-perception of body weight and the Body Mass Index (BMI) according to race in this same population. The first study it evaluated the first wave of cohort of the Pró-Saúde study analyzing through generalized linear models the relative risks of the association between incidence of CMD and self-perception of body weight. The second one evaluated the agreement between self-perception of body weight and BMI according to race. The first article, on the model adjusted for sex it was observed an association between incidence of CMD and having a perception above ideal weight (RR=1,42). In the analysis that evaluated the agreement between BMI and self-perception of body weight, differences related to race were not detected, so the agreement ranged from moderated to high among women and men, respectively. For both sexes, the structure of agreement out of the principal diagonal indicates that high scores of BMI corresponding to above ideal perception. For women, however, the exact agreement was higher to extremes categories of body weight perception and BMI. In Brazil, because social pressures related to obtaining the ideal weight are strongly development within a multiracial context, differences related to race were not detected.
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Autopercepção do peso corporal e transtornos mentais comuns em funcionários de uma universidade no Rio de Janeiro: Estudo Pró-Saúde / Self-perception of body weight and common mental disorders in university employees in Rio de Janeiro: Estudo Pro-Saúde

Alessandra Bento Veggi 28 April 2005 (has links)
Gênero, raça e transtornos mentais são variáveis importantes a serem consideradas em estudos que avaliam a autopercepção do peso corporal. Se, por um lado, a sociedade contemporânea se depara com um crescimento epidêmico do sobrepeso e da obesidade, por outro os paradigmas corporais construídos socialmente para homens e mulheres têm-se tornado com o passar dos anos mais rigorosos e inatingíveis, sendo relacionados não somente à saúde, mas também ao sucesso pessoal, profissional e afetivo. Desse modo, perceber-se fora desse padrão pode levar ao desenvolvimento de transtornos mentais comuns (TMC). Alguns grupos, entretanto, parecem ser menos vulneráveis a tais padrões como no caso de indivíduos da raça negra. No entanto, poucos estudos nacionais têm investigado essas questões. A presente tese avaliou a incidência de TMC segundo a autopercepção do peso corporal entre funcionários de uma universidade no Rio de Janeiro, assim como a concordância entre a autopercepção do peso corporal e o Índice de Massa Corporal (IMC) segundo raça nessa mesma população. O primeiro estudo avaliou dados da primeira onda de seguimento da coorte do estudo Pró-Saúde analisando através de modelos lineares generalizados os riscos relativos da associação entre o desenvolvimento de TMC e a autopercepção do peso corporal. O segundo avaliou a estrutura de concordância entre a autopercepção do peso corporal e o IMC segundo raça. Os resultados do primeiro artigo evidenciaram associação entre incidência de TMC e perceber-se acima do peso corporal (RR=1,42) no modelo ajustado por sexo. Na análise que avaliou a concordância entre o IMC e a autopercepção do peso corporal não foram observadas diferenças em relação à raça e a concordância variou de moderada a elevada em entre mulheres e homens, respectivamente.Em ambos os sexos, o padrão de concordância fora da diagonal principal indicou que categorias altas e baixas de IMC corresponderam às categorias extremas de percepção corporal. Entre as mulheres, entretanto, a concordância dentro da diagonal principal sugeriu um padrão de concordância possivelmente maior para as categorias extremas de autopercepção de peso e IMC. Não foram evidenciadas diferenças segundo raça, possivelmente, pelo fato das pressões sociais em relação à aquisição de peso ideal serem desenvolvidas, no Brasil, dentro de um contexto multiracial. / Gender, race and mental health are important variables to be considered in studies that evaluate the self-perception of body weight. If on the other hand, the actual society comes across with an epidemic growth of the overweight and of the obesity, for another one the body paradigms socially constructed for men and women have become unattachable and most rigorous and, being related not only to the health but also to the personal, professional and affective success. In this way, the selfperception out of the ideal weight can lead to the development of common mental disorders (CMD). Some groups, however, seem to be less vulnerable to such standards as in the case of individuals of the black race. However, few national studies have investigated these questions. The present thesis evaluated the incidence of CMD according to self-perception of body weight between employees of a university in Rio de Janeiro, as well as the agreement between the self-perception of body weight and the Body Mass Index (BMI) according to race in this same population. The first study it evaluated the first wave of cohort of the Pró-Saúde study analyzing through generalized linear models the relative risks of the association between incidence of CMD and self-perception of body weight. The second one evaluated the agreement between self-perception of body weight and BMI according to race. The first article, on the model adjusted for sex it was observed an association between incidence of CMD and having a perception above ideal weight (RR=1,42). In the analysis that evaluated the agreement between BMI and self-perception of body weight, differences related to race were not detected, so the agreement ranged from moderated to high among women and men, respectively. For both sexes, the structure of agreement out of the principal diagonal indicates that high scores of BMI corresponding to above ideal perception. For women, however, the exact agreement was higher to extremes categories of body weight perception and BMI. In Brazil, because social pressures related to obtaining the ideal weight are strongly development within a multiracial context, differences related to race were not detected.

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