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Discurso ecológico: a palavra e a fotografia no Protocolo de Kyoto / Ecological discourse: writing and photography in the Kyoto ProtocolBonfiglioli, Cristina Pontes 11 August 2008 (has links)
Esta pesquisa teve como objetivo relacionar operações discursivas distintas a palavra e a imagem a partir de um recorte também duplo, o discurso ecológico constituído pelo Protocolo de Kyoto e as fotografias que se auto-designam como representações imagéticas do mesmo. O trabalho elabora relações, aproximando e diferenciando conceitos como formação discursiva e enunciação de Foucault; escritura, de Derrida; representação, de Heidegger; gesto fotográfico, de Flusser, e ato fotográfico, de Dubois, Sensação, de Deleuze, além de incluir as abordagens teóricas sobre a fotografia de paisagem, de Krauss e considerações sobre a natureza e a história da fotografia, de Fabris. A partir da convenção que define que toda fotografia é permeada por texto ou por formações discursivas, propôs-se a análise de grupos de imagens fotográficas desvinculadas de seus textos de origem, mas às quais se atribui o papel de ilustração do Protocolo de Kyoto. O resultado mostra que há fotografias produzidas como cópias estereotipadas da significação que seus textos de origem lhes impõem e há outras que conseguem desvincular-se deles, apresentando-se ao observador como fruição e Sensação. O Protocolo de Kyoto é representado pelos textos e formações discursivas que o organizam e o instituem, mas não por todas as imagens fotográficas que lhe são associadas. Tais fotografias expressam maior autonomia em relação aos seus contextos de origem porque seus elementos estéticos são vetores de força mais intensa que a escritura científica que legitima o valor de verdade do Protocolo. / This research intended to relate distinct discursive operations considered as the opposition between writing and image, based in another opposition, the ecological speech, constituted by the Kyoto Protocol and the photographs that are assigned as representations to illustrate it. The analysis elaborates relations, by approaching and differentiating concepts such as discursive formation and enunciation in Foucault; scripture and writing, in Derrida; representation, in Heidegger;, in Flusser, and photographic act, in Dubois, Sensation, in Deleuze, beyond including the theoretical approaches on the photograph of landscape, by Krauss and considerations about the nature and the history of the photograph, by Fabris. From the convention that defines that all photography is permeated by text or surrounded by discursive formations, the approach proposed the analysis of groups of photographic images freed from their texts of origin, but to which the role of \"illustration\" of the Protocol of Kyoto is attributed. The result shows that there are photographs produced as stereotyped copies of the significance that their texts of origin impose to them and there are other photographs which seem to be detached from texts, presenting themselves to the observer as fruition and Sensation. The Protocol of Kyoto is represented by the texts and discursive formations that organize and institutionalize it, but not by all the photographic images that are associated to it. Such photographs express bigger autonomy regarding their contexts of origin because their aesthetic elements are vectors of more intensive force than the scientific writing, which legitimizes the value of truth of the Protocol.
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Discurso ecológico: a palavra e a fotografia no Protocolo de Kyoto / Ecological discourse: writing and photography in the Kyoto ProtocolCristina Pontes Bonfiglioli 11 August 2008 (has links)
Esta pesquisa teve como objetivo relacionar operações discursivas distintas a palavra e a imagem a partir de um recorte também duplo, o discurso ecológico constituído pelo Protocolo de Kyoto e as fotografias que se auto-designam como representações imagéticas do mesmo. O trabalho elabora relações, aproximando e diferenciando conceitos como formação discursiva e enunciação de Foucault; escritura, de Derrida; representação, de Heidegger; gesto fotográfico, de Flusser, e ato fotográfico, de Dubois, Sensação, de Deleuze, além de incluir as abordagens teóricas sobre a fotografia de paisagem, de Krauss e considerações sobre a natureza e a história da fotografia, de Fabris. A partir da convenção que define que toda fotografia é permeada por texto ou por formações discursivas, propôs-se a análise de grupos de imagens fotográficas desvinculadas de seus textos de origem, mas às quais se atribui o papel de ilustração do Protocolo de Kyoto. O resultado mostra que há fotografias produzidas como cópias estereotipadas da significação que seus textos de origem lhes impõem e há outras que conseguem desvincular-se deles, apresentando-se ao observador como fruição e Sensação. O Protocolo de Kyoto é representado pelos textos e formações discursivas que o organizam e o instituem, mas não por todas as imagens fotográficas que lhe são associadas. Tais fotografias expressam maior autonomia em relação aos seus contextos de origem porque seus elementos estéticos são vetores de força mais intensa que a escritura científica que legitima o valor de verdade do Protocolo. / This research intended to relate distinct discursive operations considered as the opposition between writing and image, based in another opposition, the ecological speech, constituted by the Kyoto Protocol and the photographs that are assigned as representations to illustrate it. The analysis elaborates relations, by approaching and differentiating concepts such as discursive formation and enunciation in Foucault; scripture and writing, in Derrida; representation, in Heidegger;, in Flusser, and photographic act, in Dubois, Sensation, in Deleuze, beyond including the theoretical approaches on the photograph of landscape, by Krauss and considerations about the nature and the history of the photograph, by Fabris. From the convention that defines that all photography is permeated by text or surrounded by discursive formations, the approach proposed the analysis of groups of photographic images freed from their texts of origin, but to which the role of \"illustration\" of the Protocol of Kyoto is attributed. The result shows that there are photographs produced as stereotyped copies of the significance that their texts of origin impose to them and there are other photographs which seem to be detached from texts, presenting themselves to the observer as fruition and Sensation. The Protocol of Kyoto is represented by the texts and discursive formations that organize and institutionalize it, but not by all the photographic images that are associated to it. Such photographs express bigger autonomy regarding their contexts of origin because their aesthetic elements are vectors of more intensive force than the scientific writing, which legitimizes the value of truth of the Protocol.
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