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Uma análise do sentido de número a partir do conhecimento sobre medidasBATISTA, Rosita Marina Ferreira 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A compreensão do conceito de medidas tem sido foco de interesse tanto de pesquisadores
do desenvolvimento cognitivo como de educadores. Os significados atribuídos a este
conceito nas suas diversas manifestações (situações variadas, tipos de medidas variados) e
as formas de medir no cotidiano (instrumentos, unidades convencionais e não
convencionais) tornam este conceito de grande importância para Psicologia da Educação
Matemática. A literatura na área tem apontado alguns princípios como sendo os aspectos
chaves para a compreensão deste conceito. Por outro lado, é recente o interesse de
pesquisadores sobre o sentido de número, o qual pode ser definido como uma habilidade
cognitiva que permite interagir com recursos da situação, gerando soluções bem sucedidas
para realizar as atividades do cotidiano que envolve matemática. A maioria dos estudos
sobre o desenvolvimento do conceito de medidas em crianças utiliza situações em que
estas são solicitadas a realizar algum tipo de atividade envolvendo medidas. Por sua vez,
pesquisas sobre sentido numérico, utilizam situações de investigação em que as crianças
não precisam realizar algo, mas sim emitir julgamentos acerca de situações numéricas. A
presente pesquisa teve por objetivo investigar o sentido de número em crianças em relação
a diferentes tipos de medida (volume, tempo, massa, distância e comprimento) e aos
diferentes princípios apontados na literatura como importantes na formação da noção de
medida. Participaram da pesquisa 40 crianças, igualmente divididas em dois grupos: alunos
da 1º ano (crianças com 6 anos) e alunos da 3º ano (crianças com 8 anos) de escolas
públicas da cidade do Recife. O estudo consistiu na aplicação de três tarefas que têm como
base os princípios considerados para compreensão de medidas e envolvem situações
cotidianas que incluem o uso de medidas convencionais e não convencionais. Cada criança
foi individualmente solicitada a responder questões em três tarefas. A Tarefa 1 investigou a
capacidade de reconhecer a relação entre unidade-objeto e uso apropriado de unidades de
medida. A Tarefa 2 avaliou a compreensão da relação inversa entre o tamanho da unidade
e o número de unidades para medir algo. E a Tarefa 3 examinou a capacidade em
reconhecer o uso de uma mesma unidade para comparar objetos diferentes. Os dados foram
analisados em cada grupo com relação ao desempenho em cada tarefa, em cada tipo de
medida e em relação aos tipos de respostas que variavam quanto ao grau de sofisticação
que apresentavam. Verificou-se diferenças significativas com relação ao desempenho entre
os grupos apenas na Tarefa 3. Nas Tarefa 1 e 2 observou-se que o desempenho não se
altera em função do avanço da idade. Com relação ao desempenho entre os grupos em
função do tipo de medida, diferenças significativas foram encontradas para as medidas de
Massa, Distância e Comprimento. Em termos dos tipos de respostas, observou-se
diferenças significativas entre os grupos com relação ao tipo de resposta mais elaborado
para as Tarefas 1 e 3. Os resultados obtidos indicam que entre os princípios investigados, o
que foi avaliado pela Tarefa 2 é um princípio geral especialmente para as medidas de
Comprimento, Massa, Distância e Volume, os quais as crianças conseguem explicitar
verbalmente as razões de suas justificativas, indicando um sentido numérico elaborado
para esta capacidade. Já o princípio investigado na Tarefa 3 foi o que apresentou maior
dificuldade entre os grupos investigados. Os dados derivados deste estudo geram
implicações importantes para a educação matemática em crianças das séries iniciais do
ensino fundamental
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O sentido numérico em crianças: um estudo comparativo entre crianças de escola pública e particularRIBEIRO, Lêda Maria de Carvalho January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Pouco investigado no Brasil, sentido numérico é tema amplo, que permeia os diversos
conteúdos curriculares da educação infantil e do ensino fundamental. Por não se tratar de um
conceito matemático específico ou de um conteúdo escolar, sentido numérico não é fácil de
ser definido, mas pode ser entendido como uma boa intuição sobre os números, seus usos e
suas relações. O sentido numérico pode ser reconhecido através de alguns indicadores e
habilidades tais como: computação numérica flexível; julgamentos quantitativos e inferência;
uso de âncoras; reconhecer um resultado como adequado ou absurdo; reconhecer a magnitude
relativa e absoluta dos números; habilidade de compreender o efeito das operações sobre os
números; usar e reconhecer que um instrumento ou um suporte de representação pode ser
mais útil ou apropriado que outro; e reconhecer usos, significados e funções dos números no
cotidiano. A partir de cinco tarefas distintas, a presente investigação examinou esses
indicadores de sentido numérico em crianças da educação infantil em relação às operações de
adição e subtração. Os participantes haviam recém concluído a educação infantil, sendo
divididos em dois grupos: (a) 30 crianças de classe média-alta, alunas de escolas particulares,
e (b) 30 crianças de baixa renda, alunas de escolas públicas. As crianças foram
individualmente solicitadas a responder questões em cinco tarefas. A Tarefa 1 era composta
por quatro perguntas abertas que tinham por objetivo examinar os usos e funções atribuídos
pelas crianças às operações de adição e de subtração. A Tarefa 2 investigou a capacidade da
criança em reconhecer a adequação de diferentes instrumentos e suportes de representação na
resolução de operações de adição e de subtração. A Tarefa 3 examinou a capacidade de
reconhecer e avaliar a adequação de estimativas relativas a resultados de operações de adição
e de subtração. A Tarefa 4 examinou a capacidade de reconhecer se uma determinada situação
envolvendo números era uma operação de adição ou de subtração. A Tarefa 5 explorou a
compreensão da criança acerca do efeito das operações de adição e de subtração sobre os
números quando a operação causava efeito inverso. Os dados foram analisados em função do
número de acertos (quando apropriado) e das justificativas oferecidas pelas crianças.
Comparações entre os grupos de participantes foram feitas em cada tarefa. Na Tarefa 1 os
dois grupos tendiam, igualmente, a atribuir usos e funções puramente escolares às operações
de adição e de subtração. Na Tarefa 2, ambos obtiveram desempenho semelhante, mas as
crianças da escola particular apresentaram justificativas mais elaboradas. Na Tarefa 3, na
Tarefa 4 e na Tarefa 5, as crianças da escola particular tiveram desempenho superior ao das
crianças da escola pública, apresentando, ainda, um maior número de justificativas mais
elaboradas. De maneira geral, os dados indicam que as crianças da escola pública apresentam
um conhecimento matemático mais elementar quando comparadas às crianças da escola
particular. Ao concluírem a educação infantil as crianças de baixa renda apresentam um
sentido numérico pouco elaborado acerca da adição e da subtração, bem como apresentam
certas limitações em explicitar verbalmente as justificativas acerca de seus julgamentos sobre
as situações matemáticas apresentadas nas tarefas propostas. Os resultados obtidos
contribuem para pesquisa na área de sentido numérico em crianças tanto do ponto de vista
metodológico como na perspectiva de possibilidades de análise, fornecendo suporte empírico
ao que a literatura na área se refere como indicadores de sentido numérico
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