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Sentidos produzidos sobre a sexualidade por mulheres com paraplegia congênitaALVES, Silvia Rodrigues Cavalcanti 31 January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / As pessoas com deficiência e as mulheres compõem grupos minoritários que historicamente foram alvo de discriminação. Dessa forma, quando a questão das pessoas com deficiência é somado à questão do gênero, essas sofrem uma dupla marginalização devido aos preconceitos sexuais e pelas dificuldades causadas pela deficiência, que ainda carrega um estigma social que se reflete em vários âmbitos da vida e, logo, também no plano da sexualidade. Assim, as pessoas com deficiência tendem a ser consideradas como homogêneas assexuadas. A falta de informação acerca da sexualidade de tais pessoas alimenta a crença de que deficiência e sexualidade são incompatíveis, sendo forte a ideia de que a pessoa com deficiência não vivencia sua sexualidade, principalmente, quando essa deficiência é a paraplegia, por envolver os membros inferiores (onde se localiza os órgãos genitais). Entretanto, há muito que se desconstruir sobre tais concepções, primeiramente, porque a sexualidade não se resume ao ato sexual nem se localiza unicamente nos órgãos sexuais. Além disso, não há nenhuma evidência que relacione a paraplegia (ou qualquer outro tipo de deficiência) à falta de desejo sexual. Percebe-se que há uma escassez de estudos que abordem conjuntamente as questões do gênero e da sexualidade das pessoas com deficiência, assim, a presente pesquisa volta-se para a constituição da subjetividade de mulheres com paraplegia congênita no que se refere aos sentidos construídos por elas sobre a sexualidade. Segundo Bock, Furtado e Teixeira (1996), a subjetividade é o mundo das ideias e das significações construídas internamente pelo sujeito a partir de sua constituição biológica, suas relações sociais e suas vivências. É importante ressaltar que gênero e sexualidade serão entendidos como construções sociais, visto que através desses conceitos se definem regras de comportamento para os indivíduos. Ademais, a sexualidade será compreendida como forma de ser, sentir e viver, composta por sentimentos, ações e pensamentos, algo descentralizado dos órgãos genitais (Louro, 2003). Considerar outros aspectos na discussão sobre a deficiência proporciona novas compreensões para o estudo do problema. Assim, o presente estudo teve como objetivo principal: Apreender os sentidos produzidos sobre a sexualidade por mulheres com paraplegia congênita. Para tanto, definiu-se os seguintes objetivos específicos: (i) analisar o discurso de tais mulheres sobre a vivência da própria sexualidade; (ii) identificar como as relações de gênero revelam-se no discurso dessas mulheres sobre o sentido atribuído à própria sexualidade. A presente pesquisa utilizou a abordagem qualitativa e participaram 3 (três) mulheres com paraplegia congênita. Para a coleta de dados foi utilizada a técnica do depoimento pessoal e a análise dos dados procedeu-se a partir da proposta dos “núcleos de significação” sistematizado por Aguiar e Ozella (2006). Os resultados mostraram que as participantes não se enxergam como pessoas incapazes de manter relações amorosas e compreendem que a deficiência não representa um impedimento para a vivência da sexualidade. Apesar dos tabus de gênero ainda constituir os sentidos atribuídos à própria sexualidade, é possível perceber que as participantes se mostram no processo de ressignificação de tais concepções.
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