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A formação do homem virtuoso no Emílio de Jean-Jacques Rousseau / La formation de l’homme vertueux chez Emile de Jean-Jacques RousseauSilva, Aline de Fatima Sales 03 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-03 / This paper approaches the fundamentals of virtuous man in Jean-Jacques Rousseau’s Émile in light of the concept of perfectibility, while discussing human formation from a universal perspective. In its totality, the human being is one of reason and emotion, and therefore oscillates between the natural and the civilian dimensions in a trajectory that goes from the moral awakening process to the degeneration of self-love (amour de soi) into a love of self (amour-propre), and natural pity, weakened and vilified by the misfortunes of social life. In the root of this constituted society, I distinguish between Rousseau’s political virtue and moral virtue in the attempt to demonstrate that, in Émile, virtue comprises, too, the whole of man’s reason and sensibility as the mainstay of the formative process, through which new meanings for human existence are constructed. As an advocate for negative education as opposed to the positive model carried on throughout the history of progress, Rousseau sustains it is no good to develop power to reason by flooding the ignorant child with social duties and matters. Instead, the preeminent and harmonic use of senses is a primary role of education and a valuable tool for instilling the ability to reason. Self-knowledge and self-awareness are then particular yet indispensable within a universal order capable of adjusting reason and emotions, duty and will, as well as conforming them to human potentialities by keeping the man in harmony with nature and themself, especially during the development of the moral being. / Esta tese busca, no Emílio de Jean-Jacques Rousseau, os fundamentos da formação do homem virtuoso. À luz do conceito de perfectibilidade discuto a possibilidade da formação humana na perspectiva universal, considerando o homem em sua totalidade como ser de sentimento e razão. Mostro, nesse percurso, os primeiros embates do homem no estado de natureza e o despertar da moralidade no processo civilizatório, trajetória pela qual o amor de si se transformou em amor-próprio, bem como a piedade natural, enfraquecida e vilipendiada pela vida social, é sufocada em meio ao artifício que sucedeu a vida simples e equilibrada do homem natural. Distingo, no seio dessa sociedade constituída, a virtude política da virtude moral em Rousseau e demonstro que a concepção de virtude no Emílio tem um caráter universal, abrange a totalidade do humano como ser de consciência e razão, daí a centralidade do processo formativo como possibilidade de ascensão da vida a outros patamares de existência. Seguindo o curso da natureza, que tudo faz de maneira correta, Rousseau elabora, na contramão da educação construída pela história do progresso, a educação negativa, formação que se diferencia da que ele chama de positiva, aquela que pretende formar o intelecto antes dos sentidos, enchendo as crianças de conhecimentos sobre os quais ela ainda não tem condições de raciocinar. Rousseau demonstra a preeminência do sentimento no homem como necessidade primeira da educação que deve começar por aperfeiçoar na criança os órgãos dos sentidos, desenvolvendo nela a sensibilidade para que possa exercer a razão pelo exercício bem-ordenado dos sentimentos. Conhecer si mesmo, suas necessidades e possibilidades é essencial à compreensão da ordem universal que, no plano do humano, garante o equilíbrio entre a razão e a sentimento, o dever e a vontade, mediando os desejos de acordo com as potencialidades do homem, mantendo-o em sintonia com a natureza e consigo mesmo, consciente dos embates que certamente enfrentará na vida social, especialmente na formação do ser moral.
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