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Sobre a importância da deliberação e da escolha na ética a Nicômaco /Fernandes, Elaine Carvalho. January 2013 (has links)
Orientador: Reinaldo Sampaio Pereira / Banca: Ronildo Alves dos Santos / Banca: Mariana Claudia Broens / Resumo: A finalidade do texto é explicar a importância da escolha deliberada e da deliberação para a Ética a Nicômaco de Aristóteles. Discutiremos o método usado na EN, a definição de bem supremo, a consequente necessidade da modificação das divisões da alma humana e de suas respectivas funções, a definição de virtude para, por fim, comprovarmos a tal importância. Ao final teremos que a felicidade, que é o bem do homem, reside na virtude da sua função própria. Tal função própria seria a atividade do princípio racional, e a felicidade, na virtude de tal atividade. Assim, a vida feliz seria ou a vida virtuosa ou a vida contemplativa. Restringiremos esta dissertação à análise da vida virtuosa. A vida virtuosa diz respeito às ações. Como Aristóteles não é alheio ao papel dos desejos, prazeres e dores nas ações humanas, estes deveriam, de algum modo, participar da razão. Por isto, o Estagirita propõe um novo modelo de divisão da alma humana de um modo que a parte irracional da alma responsável por eles seja capaz de ouvir a razão. Mas não a razão teórica, que parte de princípios universais e imutáveis e que não daria conta da grande variedade de circunstâncias que envolvem a ação humana, mas sim a razão prática. Esta última será responsável pela deliberação. A deliberação, que Aristóteles restringe ao "como e através de que" podemos atingir um fim posto pelo desejo em grande parte controla e decide a escolha deliberada e a posterior ação. Controla, pois, se a deliberação chegar a um ponto em que o agente moral não encontrar saída, ou a única saída é moralmente reprovável, ele cessa a deliberação, e o fim é vetado. A felicidade não pode ser deliberada, apenas desejada, mas ela só será atingida pelo agente virtuoso que possui a virtude moral e intelectual, voltadas ao justo meio em relação a nós. A virtude moral seria a excelência da disposição... / Abstract: The purpose of the text is explaining the importance of deliberate choice and deliberation to Aristotle's Nicomachean Ethics. We will discuss the method used in the EN, the definition of the supreme good, the consequent need of modification of the divisions human soul divisions and their functions, the definition of virtue to finally prove such importance. At the end we will have that happiness , which is the good of man, lies in the virtue of its proper function. Such a function itself would be the activity of the rational principle, and happiness, in virtue of such activity. Thus, the happy life would be or the virtuous life or the contemplative life. Confine this work to the analysis of the virtuous life. The virtuous life concerns actions. As Aristotle is no stranger to the role of desires, pleasures and pains in human action, these should somehow participate reason. Therefore, Stagirite proposes a new model of division of the human soul, in a way that the irrational part of the soul responsible for them to be able to listen to reason. But no theoretical reason, that comes from universal and immutable principles, and that would not account for the wide variety of circumstances involving human action, but practical reason. The last one will be responsible for the deliberation. The deliberation, which Aristotle restricts the "how and through which" we can reach an end by desire, largely controls and decides the deliberate choice and subsequent action. It controls, because, if the deliberation reaches a point where the moral agent does not find out, or the only way is morally reprehensible, it ceases the deliberation and the end is vetoed. Happiness can not be deliberated, only desired, but it will only be achieved by the virtuous agent, who possesses the moral virtue and intellectual virtue, aimed at fair way towards us. The moral virtue would be the provision of engineered excellence, and... / Mestre
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A defesa da honra: processos de injúria no século XVIII em Mariana, Minas Gerais.Pereira, Luciano Guimarães January 2014 (has links)
Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto. / Submitted by Oliveira Flávia (flavia@sisbin.ufop.br) on 2015-04-08T21:38:25Z
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Previous issue date: 2014 / A presente dissertação investiga as ações de injúria propostas no foro secular, durante o século XVIII, em Mariana, com o propósito de analisar a aplicação do direito na defesa da honra, considerando as virtudes que delimitavam o papel da honra naquela sociedade. O estudo discute os aspectos ligados ao Antigo Regime e a natureza das relações entre a jurisdição e a administração sugerindo características para a diferenciação entre os sistemas de mercês e os contratos, partindo dos estudos sobre a dádiva e pagamento. A sociedade mineira no século XVIII estava em formação. No mesmo período, o império português estava em transformação. Na pouca presença dos estratos mais rígidos Antigo Regime português, a sociedade mineira apresentou mais mobilidade social, além de características próprias, oriundas da presença indelével da escravidão. Contudo, os valores do Antigo Regime se mantiveram presentes, embora já atingidos pelas mudanças do pensamento liberal, cuja evidência pode ser vista através da mudança no sistema de mercês que passou a conviver com um regime francamente contratual. ____________________________________________________________________________ / ABSTRACT: This dissertation investigates the actions of injury proposed in secular court, during the eighteenth century, in Mariana, for the purpose of analyzing the application of law in defense of honor, considering the virtues which marked the honor role in that society. The study discusses aspects related to the Old Regime and the nature of relations between the jurisdiction and the administration suggesting features for differentiation between systems favors and contracts, based on the studies of the gift and payment. The society of Minas in the eighteenth century was in generating. In the same period, the Portuguese empire was changing. The little presence of the strictest layer Portuguese Ancient Regime, the society of Minas had more social mobility, in addition to its own characteristics, arising from the indelible presence of slavery. However, the values of the Old Regime remained present, although already achieved by changes of liberalism, whose evidence can be seen through the change in the system that favors started living with a frankly contractual basis.
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Kant e a ideia de uma história universal nos limites da razãoKlein, Joel Thiago January 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia / Made available in DSpace on 2013-06-25T19:59:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
310841.pdf: 2134695 bytes, checksum: cb1754374e8cb725759453cd9eb270e9 (MD5) / A presente tese procura oferecer uma interpretação abrangente e sistemática da filosofia da história de Immanuel Kant. Nessa perspectiva defende-se três posições: primeira, que Kant sustenta nos textos histórico-políticos a possibilidade do progresso de uma virtude moral; segunda, que o projeto de uma história universal se assenta essencialmente sobre a perspectiva prática da faculdade de julgar reflexionante; e terceira, que a história universal constitui uma parte indispensável de uma imagem moral do mundo e da arquitetônica da razão pura. / The present PhD dissertation attempts to provide a comprehensive and systematic interpretation of Immanuel Kant's philosophy of history and will defend three main positions: first, that Kant sustains in his historical-political works the possibility of the progress of a moral virtue; second, that the project of a universal history is grounded essentially in a practical perspective of reflective judgment; third, that a universal history constitutes an indispensable part of a moral image of the world as well as of the architectonic of pure reason.
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Sobre a virtude estoicaSantos, Ronildo Alves dos 06 October 2002 (has links)
Orientador : João Quartim de Moraes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-02T05:59:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2002 / Resumo: o estoicismo buscou derivar a moralidade de uma tendência primitiva, a oikeíosis, presente em todos os seres animados. Biologicamente essa tendência se manifesta como um instinto de conservação presidindo o comportamento; psicologicamente ela se apresenta como um amor-de-si em virtude do qual cada ser não tem nada de mais querido que si mesmo. Tal tendência é profundamente transformada quando aparece, no homem, um princípio que vai lhe distinguir essencialmente de todos os outros seres e lhe conferir sua especificidade: a razão - a partir de então será a si mesmo enquanto ser racional e não mais enquanto animal que o homem está apropriado. É esta razão que funda toda sua atividade cognitiva e, igualmente, seu agir moral. O ato moral decorre, com efeito, do conhecimento e a virtude é definida como um saber. Sem sair da esfera da natureza, já que a razão é imanente à natureza, penetramos assim na esfera da moralidade e vemos
se delinear o fim último que a tendência, interiormente transformada pelo advento da razão, deve se propor: "a vida conforme à natureza, isto é, segundo a virtude", ou, segundo ainda uma precisão dada por Crísipo: "viver segundo a virtude equivale a viver conforme à experiência das coisas que acontecem naturalmente"; ele acrescenta que por natureza "é preciso entender tanto aquela que é própria do homem quanto a do Todo",
Definida como um saber a virtude se especifica nas quatro virtudes fundamentais ou cardeais: a prudência, a justiça, a coragem e a temperança - elas próprias subdivididas em uma quantidade de virtudes particulares -, mas que são, na realidade, inseparáveis e formam um corpo indissolúvel: nenhuma pode se realizar sem arrastar todas as outras consigo. Tendo consciência da fragilidade, ocasionada pela precariedades das fontes,
que pode apresentar a tentativa de reconstrução teórica de uma moral que buscava se afirmar sob uma concepção de totalidade orgânica, o objetivo deste trabalho é de tentar dar conta da noção de virtude e de seu lugar no conjunto da doutrina estóica / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Filosofia
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Ensina-se a virtude? : conexões do Mênon de Platão com o ensino de valores na escolaGodoy Junior, Valdy José January 2005 (has links)
A questão da possibilidade ou não de se ensinar a virtude é um dos problemas mais antigos em ética. Mesmo que não surja de forma sempre explícita, já as epopéias homéricas tratam da questão. Platão, ao ocupar-se do tema, é devedor de uma longa tradição. Nesse sentido, esta pesquisa de cunho teórico, busca, inicialmente, investigar como o conceito grego de aretê e sua possibilidade de ensino, ocorrem na anterioridade platônica em Homero e Hesíodo, passando pelos poetas líricos, trágicos, cômicos, filósofos pré-socráticos, sofistas e Sócrates, indo até Platão no diálogo Mênon que contém a abordagem mais direta do tema da ensinabilidade da virtude. O mestre da Academia, apesar de considerar a aretê o cerne da polis ideal, reluta em afirmar categoricamente que a mesma pode ser ensinada, pois essa posição estava na raiz da controvérsia dos sofistas com seu mestre Sócrates. A partir do século XIX, quando a antiga unidade de um bem a todos não mais se sustenta, o termo “virtude” é substituído por “valor”. É com ensino de valores, portanto, que a escola passa a ocupar-se, e ainda hoje é proposição importante na prática e no debate pedagógico. A pesquisa procura mostrar as conexões possíveis entre o ensino da aretê e o ensino de valores. Sugere que, apesar da enorme distância entre a nossa cultura e a cultura grega, a dimensão própria da aretê permanece na escola, presentificada pela impossibilidade de educar sem apelo aquilo que hoje denominamos valores. A Dissertação não pretende constituir, enfim, uma crítica ao ensino de valores na atualidade, mas mostrar a tensão entre o que é intrínseco à prática escolar e seus limites de consecução.
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Significado ético da amizade na ética a NicômacoWarken, Hilda Maria. January 2005 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em Filosofia / Made available in DSpace on 2013-07-15T23:48:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
225101.pdf: 297917 bytes, checksum: 3ef92bccbbde5fc57bb91d59fbef2a83 (MD5) / Este trabalho procura demonstrar o significado da amizade na Ética a Nicômaco e sua relação com a ética e a política. Para isso investiga se a virtude da amizade possibilita entender melhor a relação entre a vida política e a vida contemplativa e analisa a experiência da amizade como realização da natureza humana e sua vinculação com a eudaimonia. Naturalmente a polis visava à auto-suficiência, possibilitando que cada cidadão, vivendo "em comum", alcançasse a felicidade, que só era possível na polis. E somente na polis, entre cidadãos, poderia acontecer a verdadeira amizade, a amizade virtuosa. Ao apresentar os conceitos aristotélicos de virtude e justiça pretende-se mostrar como a virtude participa da idéia de felicidade e como, através do agir virtuoso, adquirido pelo aprendizado e pelo hábito, o homem se torna um bom homem e um bom cidadão. Apresenta-se os três tipos de amizade aristotélicos: útil, prazerosa e a baseada na virtude, sendo esta última a melhor e a mais perfeita amizade e que só é encontrada entre os bons e iguais na virtude. Também se procura apresentar a amizade aristotélica em sua dimensão ética, política e ontológica, mostrando a importância da amizade para o autoconhecimento humano.
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Sobre a importância da deliberação e da escolha na ética a NicômacoFernandes, Elaine Carvalho [UNESP] January 2013 (has links) (PDF)
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000736312.pdf: 1144121 bytes, checksum: e467ef65deee05c5c84f6619816523cb (MD5) / A finalidade do texto é explicar a importância da escolha deliberada e da deliberação para a Ética a Nicômaco de Aristóteles. Discutiremos o método usado na EN, a definição de bem supremo, a consequente necessidade da modificação das divisões da alma humana e de suas respectivas funções, a definição de virtude para, por fim, comprovarmos a tal importância. Ao final teremos que a felicidade, que é o bem do homem, reside na virtude da sua função própria. Tal função própria seria a atividade do princípio racional, e a felicidade, na virtude de tal atividade. Assim, a vida feliz seria ou a vida virtuosa ou a vida contemplativa. Restringiremos esta dissertação à análise da vida virtuosa. A vida virtuosa diz respeito às ações. Como Aristóteles não é alheio ao papel dos desejos, prazeres e dores nas ações humanas, estes deveriam, de algum modo, participar da razão. Por isto, o Estagirita propõe um novo modelo de divisão da alma humana de um modo que a parte irracional da alma responsável por eles seja capaz de ouvir a razão. Mas não a razão teórica, que parte de princípios universais e imutáveis e que não daria conta da grande variedade de circunstâncias que envolvem a ação humana, mas sim a razão prática. Esta última será responsável pela deliberação. A deliberação, que Aristóteles restringe ao “como e através de que” podemos atingir um fim posto pelo desejo em grande parte controla e decide a escolha deliberada e a posterior ação. Controla, pois, se a deliberação chegar a um ponto em que o agente moral não encontrar saída, ou a única saída é moralmente reprovável, ele cessa a deliberação, e o fim é vetado. A felicidade não pode ser deliberada, apenas desejada, mas ela só será atingida pelo agente virtuoso que possui a virtude moral e intelectual, voltadas ao justo meio em relação a nós. A virtude moral seria a excelência da disposição... / The purpose of the text is explaining the importance of deliberate choice and deliberation to Aristotle's Nicomachean Ethics. We will discuss the method used in the EN, the definition of the supreme good, the consequent need of modification of the divisions human soul divisions and their functions, the definition of virtue to finally prove such importance. At the end we will have that happiness , which is the good of man, lies in the virtue of its proper function. Such a function itself would be the activity of the rational principle, and happiness, in virtue of such activity. Thus, the happy life would be or the virtuous life or the contemplative life. Confine this work to the analysis of the virtuous life. The virtuous life concerns actions. As Aristotle is no stranger to the role of desires, pleasures and pains in human action, these should somehow participate reason. Therefore, Stagirite proposes a new model of division of the human soul, in a way that the irrational part of the soul responsible for them to be able to listen to reason. But no theoretical reason, that comes from universal and immutable principles, and that would not account for the wide variety of circumstances involving human action, but practical reason. The last one will be responsible for the deliberation. The deliberation, which Aristotle restricts the how and through which we can reach an end by desire, largely controls and decides the deliberate choice and subsequent action. It controls, because, if the deliberation reaches a point where the moral agent does not find out, or the only way is morally reprehensible, it ceases the deliberation and the end is vetoed. Happiness can not be deliberated, only desired, but it will only be achieved by the virtuous agent, who possesses the moral virtue and intellectual virtue, aimed at fair way towards us. The moral virtue would be the provision of engineered excellence, and...
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Ensina-se a virtude? : conexões do Mênon de Platão com o ensino de valores na escolaGodoy Junior, Valdy José January 2005 (has links)
A questão da possibilidade ou não de se ensinar a virtude é um dos problemas mais antigos em ética. Mesmo que não surja de forma sempre explícita, já as epopéias homéricas tratam da questão. Platão, ao ocupar-se do tema, é devedor de uma longa tradição. Nesse sentido, esta pesquisa de cunho teórico, busca, inicialmente, investigar como o conceito grego de aretê e sua possibilidade de ensino, ocorrem na anterioridade platônica em Homero e Hesíodo, passando pelos poetas líricos, trágicos, cômicos, filósofos pré-socráticos, sofistas e Sócrates, indo até Platão no diálogo Mênon que contém a abordagem mais direta do tema da ensinabilidade da virtude. O mestre da Academia, apesar de considerar a aretê o cerne da polis ideal, reluta em afirmar categoricamente que a mesma pode ser ensinada, pois essa posição estava na raiz da controvérsia dos sofistas com seu mestre Sócrates. A partir do século XIX, quando a antiga unidade de um bem a todos não mais se sustenta, o termo “virtude” é substituído por “valor”. É com ensino de valores, portanto, que a escola passa a ocupar-se, e ainda hoje é proposição importante na prática e no debate pedagógico. A pesquisa procura mostrar as conexões possíveis entre o ensino da aretê e o ensino de valores. Sugere que, apesar da enorme distância entre a nossa cultura e a cultura grega, a dimensão própria da aretê permanece na escola, presentificada pela impossibilidade de educar sem apelo aquilo que hoje denominamos valores. A Dissertação não pretende constituir, enfim, uma crítica ao ensino de valores na atualidade, mas mostrar a tensão entre o que é intrínseco à prática escolar e seus limites de consecução.
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A noção de prudência na Suma de teologia (IIª-IIª, Q. 47-51) de Tomás de Aquino /Oliveira, Eloi Maia de. January 2017 (has links)
Orientador: Andrey Ivanov / Banca: Anderson D'Arc Ferreira / Banca: Carlos Alberto Albertuni / Resumo: O presente trabalho tem como objetivo geral analisar o conjunto de questões da Suma de teologia que concernem ao tratamento da prudência, recorrendo quando necessário a outros textos de Tomás de Aquino. Nosso objetivo específico é desenvolver uma investigação que envolve a filosofa moral de Tomás e, para isso, será necessário entendermos a o papel da alma humana e suas ações. A noção de hábito e, consequentemente, a noção de virtude e suas distinções perpassarão nosso trabalho a fim de nos determos em particular da virtude da prudência considerada em si mesma e suas partes. Nossa linha de trabalho será a de compreender o papel da prudência na ação moral do agente, de acordo com Tomás, e como tal virtude beneficia determinada ação, dispondo dos meios necessários para a realização do bem moral em consonância com as demais virtudes cardeais e intelectuais. / Abstract: The present work has as main objective to analyze the set of questions of the Summa theologiae that concern the treatment of prudence, relying on other Aquinas' texts when needed. Our specific objective is to develop an investigation that involves the moral philosophy of Aquinas and, therefore, it will be necessary to understand the role of the human soul and its actions. The notion of habit and consequently the notion of virtue and its distinctions will run through our work in order to dwell particularly on the virtue of prudence considered in itself and its parts. Our working line will be to understand the role of prudence in the moral action of the agent according to Aquinas, and how such virtue benefits a certain action having the necessary means for the fulfillment of moral good in consonance with other cardinal and intellectual virtues. / Mestre
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Ensina-se a virtude? : conexões do Mênon de Platão com o ensino de valores na escolaGodoy Junior, Valdy José January 2005 (has links)
A questão da possibilidade ou não de se ensinar a virtude é um dos problemas mais antigos em ética. Mesmo que não surja de forma sempre explícita, já as epopéias homéricas tratam da questão. Platão, ao ocupar-se do tema, é devedor de uma longa tradição. Nesse sentido, esta pesquisa de cunho teórico, busca, inicialmente, investigar como o conceito grego de aretê e sua possibilidade de ensino, ocorrem na anterioridade platônica em Homero e Hesíodo, passando pelos poetas líricos, trágicos, cômicos, filósofos pré-socráticos, sofistas e Sócrates, indo até Platão no diálogo Mênon que contém a abordagem mais direta do tema da ensinabilidade da virtude. O mestre da Academia, apesar de considerar a aretê o cerne da polis ideal, reluta em afirmar categoricamente que a mesma pode ser ensinada, pois essa posição estava na raiz da controvérsia dos sofistas com seu mestre Sócrates. A partir do século XIX, quando a antiga unidade de um bem a todos não mais se sustenta, o termo “virtude” é substituído por “valor”. É com ensino de valores, portanto, que a escola passa a ocupar-se, e ainda hoje é proposição importante na prática e no debate pedagógico. A pesquisa procura mostrar as conexões possíveis entre o ensino da aretê e o ensino de valores. Sugere que, apesar da enorme distância entre a nossa cultura e a cultura grega, a dimensão própria da aretê permanece na escola, presentificada pela impossibilidade de educar sem apelo aquilo que hoje denominamos valores. A Dissertação não pretende constituir, enfim, uma crítica ao ensino de valores na atualidade, mas mostrar a tensão entre o que é intrínseco à prática escolar e seus limites de consecução.
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