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Uma introdução ao estudo do Leviatã

Martins Neto, João dos Passos January 1993 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciencias Juridicas / Made available in DSpace on 2013-12-05T20:16:58Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 1993Bitstream added on 2016-01-08T18:19:34Z : No. of bitstreams: 1 93138.pdf: 4263630 bytes, checksum: 5bccb3b029af077d921107ffcc97a849 (MD5) / A presente dissertação constitui uma proposta de introdução ao estudo de uma das principais obras políticas do filósofo inglês Tomas Hobbes (1588-1679), qual seja, leviatã ou matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil, publicada pela primeira vez em 1651, uma obra cuja longevidade por si só atesta a sua superior importância. Aqui, nosso objetivo foi expor, interpretar e criticar, panoramicamente, as conclusões de Thomas Hobbes a respeito de um problema humano central: a necessidade de sujeição (ou não) a uma ordem político-jurídica reguladora das relações sociais entre indivíduos que vivem em comunidade, instância última de poder que Hobbes chamou de Estado. Por que o Estado precisa existir, como começa, o que é e pelo exercício de que poder se manifesta, segundo Hobbes, foram as indagações que procuramos responder. A cada uma delas, corresponde um capítulo, nos quais examinamos, isoladamente, os quatro momentos que consideramos fundamentais de sua filosofia política. O resultado a que chegamos é o seguinte: as conclusões políticas de Hobbes, com sua face tão ameaçadora, não são frutos de um perverso e gratuito capricho de gênio, mas encontram seu sentindo na história da Europa ocidental, uma história de sangrentas lutas que tiveram lugar em todo o continente na era de transição entre o medievo e a Idade Moderna. Uma lição que fica: mais do que julgar, é preciso procurar compreender.
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Ao fundo do abismo

Honesko, Vinícius Nicastro January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas. Programa de Pós-Graduação em Direito. / Made available in DSpace on 2012-10-23T03:46:51Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / O trabalho apresenta-se como desenvolvimento de três vertentes da teoria de Giorgio Agamben: o problema político, o onto-teo-lógico e a conformação messiânica do tempo. Expõe como o modelo político se desenvolve em torno de um princípio de exceção, cuja centralidade é obscurecida pelo aparato do ordenamento político-jurídico. Apresenta uma construção da idéia de biopolítica para além da proposta de Foucault, reconduzindo-a, através do rio subterrâneo da exceção, aos seus fundamentos mais distantes. Através desse desenvolvimento, mostra como do modelo conceitual da polis passa-se, na modernidade, para o modelo da metrópole, que em si carrega uma desomogeneidade essencial, que aponta para a transformação das relações de poder, isto é, de um poder soberania para um poder governo. Abre o caminho para apontar o campo como paradigma do espaço político contemporâneo. Num segundo momento, investiga o problema da linguagem humana e seus desdobramentos na esfera ontológica e, por assim dizer, teológica. Por meio da leitura de um clássico do misticismo cristão, expõe como a metafísica esteve implicada numa dimensão lingüística de modo que, seu problema fundamental - a questão do ser -, sempre esteve conexo àquele da cisão lingüística entre mostrar e significar. Apresenta o conceito de Voz como aquele que funda toda possibilidade de uma ontologia e que se coloca na posição de in-fundamento do homem. Exposto o vazio constitutivo do humano, trabalha com o problema da possibilidade da fundação de uma comunidade humana. Indica como, portanto, um fazer, que desde as mais antigas comunidades humanas é um sacrum facere, é colocado como princípio fundacional da comunidade. Reivindica a superação deste início ficcional, para além do mito do sacrifício. Aponta como a figura do homo sacer está num ponto pré-ficcional, num estágio político originário que deve ser reivindicado para sua própria superação. Num terceiro momento mostra como a idéia de um messianismo levado ao extremo pode ser o mecanismo de interpretação do tempo presente. Como único tempo que resta, a possibilidade de efetivação de um estado de exceção, tal como propõe Benjamin, é vislumbrada a partir do projeto messiânico. Através deste projeto é que a superação das categorias limites do pensamento, tais como a Voz e o campo, poderá ser pensada. Le travail se présente comme développement de trois lignes de la téorie de Giorgio Agamben: le problème politique, le problème onto-teo-logique e la conformation messianique du temps. Il expose comme la modèle politique se développe autour d´un principe d´exception, dont la centralité est obscursi par l´apparat de l´ordre politique-juridique. Il présente une construction de l´idée de biopolitique au delà de la proposte de Foucault, en la ramenent, à travers le rivière souterrain de l´exception, à leurs fondement plus distants. À travers cette développement, il demontre comment de la modèle conceptuelle de la polis on passe, dans la modernité, à la modèle de la métropole, laquelle porte en si-même une desomogénéité essentiel, que points vers la transformation des relations de pouvoir, ça veut dire, d´un pouvoir soveranie envers un pouvoir gouvernement. Il ouvre le chémin pour pointer le camp comme paradigme de l´espace politique contemporain. Dans un deuxième moment, le travail recherche le problème de la langage humaine et leur dédoublement dans l´esphère ontologique et, pour ainsi dire, teologique. Par la lecture d´un classique du mysthicisme chrétien, il expose comme la metaphysique avait été impliqué dans une dimension linguistique de maniere que, son problème fondamentale - la question de l´être -, avait été toujours branché à ce de la scission linguistique entre demontrer e signifier. Il présente le concept de Voix comme ce que fonde tout possibilité d´une ontologie et comme ce que se pose dans la position de in-fondement de l´homme. Une fois exposé le vide constitutive de l´humain, il travail avec le problème de la possibilité de la fondation d´une communauté humaine. Il indique, donc, comme un faire, que depuis les plus vieux communautés humaines est un sacrum facere, est mis comme principe fondationel de la communauté. Le travail revendique la supplantation de ce débout ficcionel, au delà du mythe du sacrifice. Il points comme la figure du homo sacer est dans un point pre-ficcionel, dans un étage politique originaire que doit être revendiqué pour sa propre supplantation. Dans un troisième moment il montre comme l´idée d´un messianisme porté à l´extrême peut être le mecanisme d´interprétation du temps présente. Comme unique temps que reste, la possibilité de réaliser l´état de exception, tel que propose Benjamin, est visualisé à partir du projet messianique. À travers ce projet la supplantation des categories limites de la pensée, tel que la Voix e le camp, pourra être pensé.
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O agonismo no pensamento político de Hannah Arendt

Zilio, Lara Bethânia January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2014-08-06T18:07:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 325325.pdf: 991159 bytes, checksum: d4e516903310dffaca24bbe295dff2fc (MD5) Previous issue date: 2014 / Diante do fenômeno do totalitarismo e do niilismo europeu que culminou na morte do fundamento, Hannah Arendt procurou repensar a política contra o modo como ela era entendida na tradição da filosofia política. A politóloga alemã identificou uma desmedida da tradição nas tentativas de suplantar a contingência, instituir uma política da Verdade e uma política em nome do Bem entendido em termos absolutos. Contra essa hybris que tende a destruir a liberdade, e inspirada na Grécia trágica e na República Romana, Arendt elabora uma compreensão da política que é inerentemente agonística. Nela, o agonismo, a mútua contraposição de perspectivas na esfera pública, não seria um meio para atingir o consenso ou realizar um bem absoluto, mas a atividade através da qual os indivíduos e o mundo comum se revelam atualizando neste mundo a condição humana da pluralidade.<br> / Abstract : Starting from the phenomenon of totalitarianism and European nihilism that culminated in the death of the Ground, Hannah Arendt sought to rethink politics against the way it was understood in the tradition of political philosophy. The German political theorist identified hubris in the tradition in its attempts to overcome contingency, institute a policy of Truth and on behalf of Good understood in absolute terms. Against this hubris that tends to destroy freedom, and inspired by the tragic Greece and the Roman Republic, Arendt elaborates an understanding of politics that is inherently agonistic. In it, the agonism, the mutual contraposition of perspectives in the public sphere, would not be a means to reach consensus or performing an absolute good, but the activity through which individuals and the common world are revealed by updating in this world the human condition of plurality.
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Fernando Henrique Cardoso e o pensamento político brasileiro

Beal, Marcos Antônio January 2015 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-09-22T04:08:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 334767.pdf: 2708685 bytes, checksum: 203c74038e5251ae0356da3ddc8844fb (MD5) Previous issue date: 2015 / A construção do legado de Fernando Henrique Cardoso tem transcorrido a partir do signo de rupturas e dicotomias estruturantes, características que se articulam em torno da ideia da transição da atividade intelectual para a atividade política, num processo que reforça traços marcantes da imaginação política brasileira. Partindo da crítica dessa visão, este trabalho investiga o que o processo de formação do legado do autor como levado a cabo até aqui tem a dizer sobre os modos pelos quais se produz e se reinventa o ?pensamento político brasileiro?, ou, em outras palavras, o que sua trajetória intelectual individual representa em relação à trajetória coletiva de pensamento designada por esta expressão. Duas teses interpretativas principais são desenvolvidas ao longo deste trabalho: a primeira, de que o fio de continuidade e de unidade entre os diversos momentos da trajetória intelectual de Cardoso, negado pelas abordagens que até o presente vão dando conta da sistematização de seu legado, pode ser reconstruído e recuperado se a ênfase da análise recair na especificidade política de seus escritos, reconstrução e recuperação que, obviamente, não se furtam a considerar possíveis inconsistências, incoerências e mudanças nas crenças ao longo de sua trajetória; e a segunda, de que tal pensamento político, sem desconsiderar outras fontes genericamente rotuladas como ?universais?, estrutura-se a partir de um diálogo seletivo, sistemático e contínuo com algumas das principais matrizes de interpretação do político no país, diálogo este que, de um lado, torna possível evidenciar a existência de uma cosmovisão a atuar como ?fio condutor? para o conjunto de seu pensamento (conferindo a ele um sentido de coerência) e, de outro, entender o impacto ressignificador desse pensamento sobre tais matrizes. O trabalho está organizado em três partes: na primeira, produz-se uma reflexão teórico-metodológica do campo do pensamento político brasileiro; na segunda, discute-se a especificidade da reflexão política do autor a partir de dois momentos distintos (o do estabelecimento e o da consolidação das suas crenças políticas); e na terceira, num exercício de tentar aproximar as duas primeiras, discute-se a especificidade da inscrição do pensamento político do autor no campo do pensamento político brasileiro a partir de duas variáveis: as filiações e as recepções.<br> / Abstract : The construction of Fernando Henrique Cardoso?s legacy has been developed based on the mark of structuring ruptures and dichotomies, characteristics that are both articulated around the idea of the transition from the intellectual to the political activity, in a process that reinforces strong features of the Brazilian political imagination. Anchored in a criticism of this view, this study investigates what the process of formation of the author?s legacy developed until the present moment reveal about the forms through which the ?Brazilian political thought? is produced and reinvented, or, in other words, what his personal intellectual trajectory represents in relation to the collective thought trajectory designated by this expression. Two main interpretative theses are tested throughout this work: the first one is that the continuity and the unity between the several moments of Cardoso?s intellectual trajectory (denied by the approaches that, until the present moment, have been systematizing his legacy) can be reconstructed and recuperated if the emphasis of the analysis lies in the political specificity of his writings - assuming that both the reconstructing and the recuperation, obviously, do not fail to consider possible inconsistencies, incoherences and changes in the beliefs of the author throughout his trajectory; and second , that such political thought , without disregarding other sources generally labeled as ?universal? , is structured from a selective, systematic and continuous dialogue with some of the main forms of interpretation of the policy in the country, this dialogue , on the one hand , makes it possible to show the existence of a worldview to act as ?common thread? for all of his thought (giving him a sense of coherence), and on the other, to understand the impact of this ressignificador thinking about such matrices. The work is organized in three parts: in the first, the field of the Brazilian political thought is theoretical and methodologically questioned; in the second part, the specificity of the author?s political reflection is discussed based on two different moments (the establishment and the consolidation of his political beliefs); and, in the third part, in an attempt of approximating the two previous parts, the specificity of the insertion of the author?s political thought in the Brazilian political thought field is discussed, which is based on two variables: the filiations and the receptions.
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Uma crítica à democracia pragmática de Richard Posner a partir de Jacques Rancière

Heinen, Luana Renostro January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas. Programa de Pós-Graduação em Direito / Made available in DSpace on 2012-10-26T11:52:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 301259.pdf: 1489275 bytes, checksum: 7213f002271fa4fe33cb3e1f5c9b8b41 (MD5) / Objetiva-se criticar, por meio da obra de Jacques Rancière, a democracia pragmática de Richard Posner demonstrando como esta proposta exclui a prática da política e, dessa maneira, a própria democracia. O jurista norte-americano Richard Posner, um dos principais nomes da escola da Análise Econômica do Direito, fundamenta sua teoria da democracia pragmática, na democracia de elites de Joseph Schumpeter. A democracia pragmática é representativa e bipartidária, pressupõe o fato da desigualdade (de capacidades) e reduz a política a um mercado eleitoral (disputa pelos votos dos eleitores) com o objetivo de garantir a estabilidade econômica e política. Para criticar esse modelo de Posner, busca-se resgatar, por meio da obra do filósofo franco-argelino Jacques Rancière, a democracia como prática da política. Rancière, de maneira oposta a Posner, funda a política e a democracia na ausência de fundamento: a igualdade. Para Rancière, a política se dá quando a parcela dos sem parcela (aqueles sem título algum, o demos que se atribui a igualdade como título) expõe o dano que sofre: aqueles que não têm direito de serem contados como seres falantes conseguem ser contados e instituem uma comunidade pelo fato de colocarem em comum o litígio. A partir de Rancière, pode-se afirmar que Posner relega à política limites extremamente estreitos de maneira a ter-se uma ordem policial (a ordem social pré-constituída na qual cada parte tem um lugar previamente atribuído) e não política. Conclui-se que a democracia pragmática se identifica com a pós-democracia, esta denunciada por Rancière como o governo que se apoia na necessidade objetiva da economia. / The objective is to criticize, through the work of Jacques Rancière, Richard Posner's pragmatic democracy demonstrating how the proposal excludes the practice of politics and thus, democracy itself. The American jurist Richard Posner, a leading name in the school of Economic Analysis of Law, grounds his pragmatic theory of democracy, democracy of elites of Joseph Schumpeter. The pragmatic democracy is representative and bipartisan, presupposes the fact of inequality (capacity) and reduces politics to an electoral market (competing for the votes of the voters) in order to ensure the economic and political stability. To criticize this Posner's model, seeks to recover, through the work of the French-Algerian philosopher Jacques Rancière, democracy as a practice of politics. Rancière, in a manner opposite to Posner, deep politics and democracy in the absence of foundation: equality. For Rancière, politics is when no part of the parcel (those without a title, the demos that are claimed to be equal as him title) that exposes the damage suffered: those who have no right to be counted as speaking beings can be counted and establishing a community because they put together the case. From Rancière, it can be said that Posner relegates politics very narrow limits so as to have a police order (the pre-established social order in which each party has a place previously assigned), not politics. We conclude that pragmatic democracy is identified with the post-democracy, as Rancière is denounced by the government that rests on objective need of the economy.
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Ética e política em Thomas Hobbes

Brondani, Clóvis January 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2012 / Made available in DSpace on 2013-06-26T00:24:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 313832.pdf: 1162672 bytes, checksum: 80bfe484277d398a7f9d5f6f15efeb6d (MD5) / Na presente tese, são investigadas as relações entre ética e política no pensamento de Thomas Hobbes. A motivação inicial da pesquisa se encontra nas interpretações que procuram estabelecer um fundamento moral e religioso para a obrigação política hobbesiana. Um dos objetivos fundamentais deste trabalho consistiu na demonstração de que a teoria da obrigação de Hobbes está fundada no contrato e não numa suposta obrigação moral incondicional diante das leis naturais. A argumentação, para demonstrar essa tese, é a de que a obrigação diante das leis naturais não pode ser concebida como uma obrigação genuína, tendo em vista que, de acordo com o filósofo inglês, uma obrigação é genuína apenas quando ocorre o cancelamento do direito de agir conforme a vontade. Desse modo, as tentativas de derivar a obrigação incondicional diante da lei natural a partir da obrigação in foro interno ou da obrigação diante de Deus revelam-se incoerentes com a definição hobbesiana de obrigação. Contudo, afirmar que não existe uma obrigação moral fundamentando a obrigação política não implica negar a importância da reflexão ética na filosofia de Hobbes. Ao contrário - este é outro argumento fundamental desta tese -, a reflexão ética se constitui como parte essencial do projeto político de Hobbes. Porém, para elucidar mais precisamente o papel da ética, é necessário investigar mais profundamente a própria definição estabelecida pelo filósofo de Malmesbury. Desse modo, o ponto de partida deste texto está justamente no esclarecimento da concepção hobbesiana de ética e da compreensão de sua relação com os argumentos políticos. Nesse sentido, a princípio, é indicado que a concepção de ética, conforme Hobbes, apresenta um duplo sentido. Num primeiro sentido, a ética é compreendida propriamente como a análise dos movimentos da mente, isto é, uma teoria das paixões. Trata-se, portanto, de uma ciência descritiva que, partindo da física, visa descrever uma realidade apresentada à imaginação. Nesse estágio, Hobbes descreve o aparecimento das noções de bem e mal, originadas diretamente das paixões. Esse não é, porém, o único sentido que Hobbes concede à ética. Há outro aspecto, que Hobbes nomeia de filosofia moral, isto é, a ciência do bem e o mal na convivência humana. Trata-se, nesse caso, não mais de uma mera ciência descritiva, uma vez que é na filosofia moral que se estabelecem as leis de natureza. Esta esfera, a filosofia moral, está mais próxima da matemática, já que é concebida como puro cálculo com nomes e, nesse sentido, não pretende descrever nenhuma realidade, tal como ocorre na teoria das paixões. É, por isso, um cálculo perfeito, pois, da mesma forma que ocorre na geometria, somos nós seus próprios criadores. O estabelecimento das leis de natureza ressalta a importância de outra distinção fundamental no pensamento de Hobbes, a saber, a distinção entre prudência e razão. Enquanto a primeira é apenas um cálculo com imagens, sendo, portanto, a esfera própria da imaginação e das paixões, a razão é a esfera do discurso verbal, dos cálculos com nomes. Apenas nessa esfera é possível atingir a universalidade e a necessidade dos cálculos, e é nessa esfera que Hobbes fundamenta a teoria da obrigação, visto que, fundamentalmente, para Hobbes, uma obrigação consiste em não contradizer o que foi significado na promessa. Entretanto, a análise da filosofia moral, isto é, das leis de natureza, aponta também para a insuficiência da própria razão no estabelecimento de relações pacíficas na esfera da natureza. Não somente as leis de natureza são insuficientes, na medida em que não obrigam por natureza, como também a própria razão parece apontar que, numa condição natural, a não cooperação e os ataques preventivos seriam os comportamentos mais razoáveis para a garantia da autopreservação. Vislumbra-se, assim, o aspecto mais fundamental de toda a argumentação hobbesiana: a necessidade do Estado. É somente no interior do Estado que o comportamento virtuoso torna-se razoável. Logo, é somente no interior do estado civil que a moralidade é estabelecida. O Estado também possui o papel de arbitrar os conflitos de opinião que, num hipotético estado de natureza, conduziriam à guerra de todos contra todos. Assim, se por natureza, em virtude da fluidez das paixões, não havia a possibilidade de um acordo moral, será tarefa do soberano estabelecer uma regra comum que elimina a possibilidade do conflito. Desse modo, a relação entre ética e política pode ser pensada de outro modo. Não como uma relação de fundação, conforme as interpretações de Taylor e Warrender advogaram, mas como uma relação indissociável, na qual se percebe que, para Hobbes, a reflexão ética (a teoria das paixões e o estabelecimento das leis de natureza) é parte essencial para o desenvolvimento de sua argumentação política.<br> / Abstract : The present thesis investigates the relations between the ethics and the politics in the Tomas Hobbes# thoughts. The initial motivation of this study is found in the interpretations which tries to establish a moral and religious fundament to the hobbesian political obligation. One of the fundamental aims of this study consists in the demonstration that the obligation theory of Hobbes is founded in the contract e not in a supposed unconditional moral obligation before the natural laws. We argue, to demonstrate this thesis, that the obligation before the natural laws cannot be conceived as a genuine obligation, since then, according to the English philosopher, an obligation is genuine only when it occurs the canceling of the right of acting according to the will. This way, the attempts to derive the unconditional obligation up against the natural law from the obligation in foro interno or the obligation before God, reveal themselves inconsistent in the Hobbesian definition on obligation. However, to confirm that it does not exist a founded moral obligation founding the political obligation, it does not implies to deny the importance of the ethic reflection in the Hobbes ` philosophy. On the contrary, - this is another fundamental argument in this thesis -, the ethic reflection constitutes as an essential part of Hobbes` political project. Otherwise in order to clear the ethics role, it is necessary to investigate deeply the definition itself established by the philosopher of Malmesbury. This way, the starting point of our text is exactly in the clearness of the Hobbesian conception of ethics and in the comprehension of its relation with the political arguments. In this sense, we begin indicating that the ethics conception, according to Hobbes, shows double meaning.In the first meaning, the ethics is perceived as the analysis of the movements of the mind, that is, the passion theory. It is considered a descriptive science that, starting from Physics, aims to describe a reality presented to the imagination. On this stage Hobbes describes the beginning of the notions of good and bad, originated straight from passions. This is not the single meaning in which Hobbes gives to the ethics. There is another feature which Hobbes calls on moral philosophy, that is, the science of good and bad in the human relationship. In this case, it is not a simple descriptive science anymore given that, it is in the moral philosophy that establishes the nature of laws. In this area, the moral philosophy is closer to the mathematics, given that it is conceived as a pure calculus with names and, in this sense, it doesn´t intend to describe a reality as it happens in theory of passions. For that reason, a perfect calculus so, in the same way that occurs in geometry, we are their own generators. The establishment of the laws of the nature highlights the importance of another fundamental distinction in the Hobbes# thoughts, that is, the distinction between prudence and reason. While the first is only the calculus with images that way, being the sphere itself of the imagination and the passions, the reason is the sphere of the verbal discourse and from the calculus with names. Only in this extent it is possible to reach the universality and the necessity of the calculus, and it is in this sphere that Hobbes found the obligation theory, given that, fundamentally to Hobbes, the obligation consists in do not contradicting what was significant the promise. Otherwise, the analysis of the moral philosophy, that is, of the nature laws also points to the insufficiency of the proper reason in the establishment of the pacific relations in the human sphere. Not only the laws of nature are enough, in a sense that they do not obligate by nature, as well the own reason seems to point that, in a natural condition, the no cooperation and the preventive attacks would be the most reasonable behaviors to grant the self-preservation. On that view, the most fundamental feature of all hobbesian argumentation: the need of the State. The State also has the role to arbitrate the conflicts of opinion that, in a hypothetic nature state, conduct to the war of all against all. So, if by nature, due to the fluidity of the passions, there was no possibility for a moral agreement, it will be the task of the sovereign to establish a common rule that eliminates the possibility of conflict. This way, the relations between ethics and politics may be thought in another way. Not only as relationship foundation, according to the interpretations of Taylor and Warrender , but as an inseparable relationship in which it is noticed, to Hobbes, the reflection of ethics ( the theory of passions and the establishment of the natural laws) is part of the essential to the development of its political argumentation.
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Aspectos político-jurídicos da intervenção do Estado no domínio econômico

Rodrigues, José Antonio Pereira 05 December 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1980. / Made available in DSpace on 2013-12-05T19:20:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 321110.pdf: 3330000 bytes, checksum: e1ee07583709ae09c1a39c2edcce98b1 (MD5)
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A democracia steniense como projeto de sociedade auto-instituída

Silva, Luís Felipe Trois Bueno e January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Jurídicas. Programa de Pós-Graduação em Direito. / Made available in DSpace on 2012-10-21T13:26:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 214335.pdf: 768158 bytes, checksum: 1dcb37edbc98104f52076ea93b174dbf (MD5) / O objetivo deste trabalho é possibilitar, a partir do exemplo histórico democrático ateniense, uma reflexão que atente para os pressupostos radicais do político. O político compreendido enquanto atividade autônoma realizada por homens livres dentro de um espaço público mediante o lógos. Com efeito, em primeiro lugar, analisa-se as condições necessárias para a criação de um pensamento democrático - paralelo e em estreita relação com a emergência do direito e da filosofia - o qual levaria posteriormente à edificação da pólis clássica. Em seguida, busca-se problematizar o ideal democrático assim como ele seria vivenciado pelos próprios cidadãos atenienses, por meio de uma apreciação das manifestações culturais características daquela cidade. Por fim, nesta pesquisa, desenvolve-se o estudo do funcionamento da instituição ateniense tomando por base sua organização político-judiciária e seus mecanismos garantidores do princípio constitucional democrático.
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A vontade geral segundo Jean-Jacques Rousseau

Pitz, Gelazio January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-22T02:12:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 221632.pdf: 451803 bytes, checksum: 4b7650ac26c28eaed2bd88a79371740e (MD5) / A teoria política de Rousseau deve ser compreendida a partir da análise de três momentos teóricos distintos que estão coerentemente encadeados. Num primeiro momento, como autor do Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens, Rousseau produz, mesmo que por um método hipotético, uma reflexão realista sobre a realidade humana, quanto à sua evolução e organização social, econômica e política. É o trabalho da constatação, compreensão e crítica ao real através de sua dedução abstrata. O segundo momento lhe possibilita, tendo por base o primeiro, uma reflexão acerca do ideal para onde deseja, deve (moralmente pela via política) e pode evoluir a sociedade humana. É o momento da proposta para uma transformação ideal da realidade constatada no primeiro momento. Passamos a nos deparar com um Rousseau romântico, sonhador e, portanto, extremamente idealista, presente no Do Contrato Social. Neste segundo momento sua reflexão se dá no sentido de esclarecer que não basta apenas ter sido capaz de compreender e explicar a realidade, mas também, que é preciso ser capaz de inquietar-se com o que se constatou e não medir esforços para propor a construção da melhor sociedade possível para o gênero humano. Propõe como ideal aquela sociedade que considera como único fundamento legítimo à vontade geral. E, finalmente no terceiro momento, Rousseau se depara novamente com o real, no entanto, agora sentindo-se na obrigação de agir tendo em vista tudo o que já analisou, criticou e propôs. É o momento da transformação do real, tendo em vista a aplicação do ideal, dentro dos limites do possível. É a ocasião em que se cobre com as vestes do legislador ou do conselheiro e então percebe as significativas distâncias que separam uma teoria da sua aplicação prática.
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O momento comtiano

Lacerda, Gustavo Biscaia de 25 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T05:12:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 276336.pdf: 3443838 bytes, checksum: 1fd9c7b70c50c4399fd0bb00ad782ca4 (MD5) / A pesquisa visa a expor e a explicar os principais traços da teoria política de Augusto Comte, considerando em particular seu projeto de república. Para isso, é necessário compreender o caráter sistêmico de tal pensamento, que implica que o todo precede as partes e que cada aspecto é ligado a todos os demais; assim, aplicando essa regra ao que Augusto Comte chama de "natureza humana" e à própria história humana, o que podemos chamar de "teoria política comtiana" é somente um aspecto de um pensamento englobante que abarca a inteireza da realidade humana. Isso nos conduz a um novo princípio para compreendermos as idéias de Comte: o "englobamento de contrários", conforme definido por Louis Dumont. Tal princípio consiste em que os valores sociais estabelecem ordens englobantes, que indicam a importância relativa de cada elemento face ao conjunto da sociedade; se o valor principal modificar-se ou alterar-se, a ordem dele derivada também se modifica. Assim, o Positivismo estabelece um princípio geral: o mais nobre modifica o mais grosseiro ao submeter-se a este; esse princípio é de caráter epistemológico, social e político e é completado por um par conceitual: "objetivo" e "subjetivo". A combinação desses elementos resulta que o mais geral precede lógica, teórica e politicamente o mais específico, seja em termos humanos (subjetivos), seja em termos cosmológicos (objetivos); a essas oposições, especialmente na ordem humana, acrescenta-se outra: masculino-feminino, que pode ser convertida para intelectual/prático-moral/afetivo. Esses pares de oposições geram duas ordens gerais e englobantes de classificação: uma "oficial", baseada em aspectos materiais, presentes e objetivos (políticos e econômicos), e outra "subjetiva", baseada em aspectos espirituais e passados e futuros (intelectuais e morais). Em termos metodológicos, como nos propomos a levar em consideração a lógica interna do pensamento comtiano, baseamo-nos nos conceitos elaborados por Mark Bevir: "tradições", "dilemas" e "agência humana". Grosso modo, eles referem-se respectivamente às correntes de pensamento que informam as idéias de alguém; as diferentes idéias que resultam em dificuldades que cada qual tem para confrontar ou para acomodar às suas próprias idéias na vida adulta; as capacidades e a liberdade individuais para criar novas formas de pensar e de organizar as idéias. Aplicando essas categorias analíticas a Comte, o resultado é o seguinte: as tradições que o informaram foram, de acordo com suas próprias observações, a dos "reacionários" (com Joseph de Maistre), a dos "revolucionários" (com o Marquês de Condorcet) e uma terceira, chamada genericamente de "positiva", relacionada aos "enciclopedistas" (com Denis Diderot); seus dilemas eram os diálogos que realizou entre essas tradições a partir da terceira delas e, de maneira mais específica, a respeito dos problemas políticos, sociais e filosóficos com que se defrontou a França após a Revolução Francesa e, depois, com que o próprio Comte defrontou-se durante a década de 1840, particularmente durante a II República francesa (1848-1851). Antes e durante a apresentação das idéias políticas comtianas, tratamos do ponto de vista teórico de alguns conceitos-chave tanto para a Teoria Política contemporânea quanto para a de Comte: "política", "liberdade", "igualdade", "direitos e deveres", "república", "autoritarismo", "ditadura" e, last but not the least, "democracia". Após isso, apresentamos o projeto político positivista - nomeado em referência à realidade social, isto é, como "sociocracia" -; em termos gerais, esse projeto afirma que não há sociedade sem governo (nem vice-versa: não há governo sem sociedade); o governo, por seu turno, pode ser de dois tipos: espiritual ou temporal. A partir do "princípio de Aristóteles" - que estabelece que a sociedade consiste na separação dos ofícios e na convergência dos esforços -, o objetivo do governo é buscar a convergência dos esforços parciais: o poder Temporal no âmbito material, prático, e o poder Espiritual no que se refere às questões de idéias, valores e crenças. Além disso, enquanto o poder Temporal é responsável pelas pátrias ("cidades", "cités"), o poder Espiritual atua no âmbito da educação, unindo entre si os cidadãos de cada cidade e as repúblicas do mundo inteiro. As principais características das sociedades modernas, republicanas, são estas: pacificismo, altruísmo, generalidade de vistas; acima e antes de tudo, a estrita separação dos dois poderes (Temporal e Espiritual), conjugando a liberdade espiritual (isto é, as liberdades de pensamento e de expressão) com a ordem material (isto é, civil); ao mesmo tempo, deve ocorrer a consolidação dos poderes sociais (ou seja, políticos e econômicos) com afirmação das suas responsabilidades sociais, sob vigilância constante da opinião pública. A partir de tais valores e medidas práticas, segue-se uma detalhada e arrazoada relação de medidas específicas: transformação das grandes Forças Armadas em reduzidas gendarmarias; fragmentação livre e pacífica dos grandes estados em pequenas unidades políticas; fim dos orçamentos teóricos (teológicos, metafísicos e científicos); estabelecimento da "hereditariedade sociocrática"; concentração do governo em um governante, seguida de um triumvirato, com a redução do parlamento a funções apenas e estritamente orçamentárias. / The objective of this study was to characterize the social thinking about ageing and rejuvenating for different age groups from the relations among the social representations of these study targets with attitudes and stereotypes regarding to elderly and old age. Theories and theorical paradigms were used as a support, in one hand, the Erikson`s Psychosocial Theory and the Lifespan Theory proposed by Baldes to understand the social subjects (ageing, elderly and rejuvenating): in the other hand, the Social Representations Theory developed by Moscovici and the Social Categorization Theory proposed by Tajfel, which offer different manners to describe and explain the attitudes, stereotypes and social representations that assembled the social thinking about the cited social subjects. Therefore, a multi-method approach that evolve a descriptive and investigative design was utilized, but also comparative, through the collective application of questionnaires, focal groups and individual semi-structured interviews. The research was shared into three distinct studies, the first one about attitudes, age stereotypes, normative beliefs and structure of the social representations of ageing, the second one about elderly stereotypes and the third one regards to content and relation among social representations of ageing, elderly and rejuvenating. In the first study, 638 people shared by gender and age group (adolescents, adults and elderlies), of these 40 people participated the second study and 60 in the third sttudy. The results from EAEE (attitudes and age stereotypes scale), developed and validated throughout the study, indicated that, in general, the participants were favorable to ageing and elderly, but women and adolescents were more favorable, mainly regarding to positive age stereotypes. Besides, it was verified that the cross generation contact may suggest a more favorable positioning regarding to ageing and elderly, especially the grandparents contact. From the focal groups became evident the existence of a fragile social identity of the elderly, that perceives their own group as homogeneous, that was categorized, by the elderly males, more negatively than positively. Ageing assumes characteristics of losses and gains, nevertheless, in relation to normative beliefs the losses prevail. However, the hegemonic social representations about ageing evolve positive age stereotypes, especially wisdom and life experience. Besides these, the retirement has shown as a strategic element on social representation of ageing, both to men and women. People live longer, and longevity relates to wisdom and experience, however, they do not want to grow older because old age and ageing assume negative characteristics to all groups. The rejuvenating evolves precisely the losses from ageing, but presents itself in a form more subjective and less functional, because is related to feel younger. The appreciation of youth and depreciation of old age, where there is more loss than gains, may develop a dangerous way to ageism (prejudice on age), aspect that justify and make interesting the present study.

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