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Somos sertanejos? E por que não?! Goiânia para além do art déco.

Martins, Tattiussa Costa 21 December 2006 (has links)
Submitted by admin tede (tede@pucgoias.edu.br) on 2017-11-22T13:08:53Z No. of bitstreams: 1 Tattiussa Costa Martins.pdf: 2197408 bytes, checksum: 0787ddb9182dab617e66dd232eef3526 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-11-22T13:08:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tattiussa Costa Martins.pdf: 2197408 bytes, checksum: 0787ddb9182dab617e66dd232eef3526 (MD5) Previous issue date: 2006-12-21 / This dissertation is regarding to ideological conception and conflicts existent in the social and urban Goiânia’s society in their first decades. The pioneers that conquered Goiânia describe the city differently from descriptions found on the printed official City’s documents. The pioneers describe the city of Goiânia as typical backwoods town while the official documents describes the Goiânia as boasted architecture, sumptuous buildings and modern city which lead to a contrast perception between two lines. An evident example is 20 Street. The issues surrounding this street establish an identity for the city. The Goiânia’s constructions started after the consolidation of the political forces. Because of proximity of the 30 Revolution, there weren’t any solid foundations prepared. The State of Goiás consolidated its power only after of the Goiânia city ‘constructions. Goiânia became the capital city and is used to camouflage the backwoods roots with superficial garb of modern discourse. Even though after the storm, Goiânia’s identity kept hidden. Some of the remaining buildings has architectural art déco style feature represents Goiânia’s beauty and power. These buildings has revived discussions about the Goiânia’s hidden identity closer to the Goiânia’s culture and values than modernity identify imposed. In this context, we ask if would not already time to rescue our backlands ‘identity? After all, are we country people? And why not?! / Essa dissertação versa sobre o conflito existente entre as concepções ideológicas e a realidade social e urbana encontrada na sociedade goianiense em suas primeiras décadas. Ao recorrermos aos pioneiros, percebemos que suas reminiscências mostravam uma Goiânia que em muito diferia da Goiânia estampada nos documentos oficiais. Lá Goiânia era descrita como uma cidadezinha tipicamente sertaneja. Aqui Goiânia ostentava uma arquitetura imponente, construções suntuosas, cidade moderna. A percepção de que existe um contraste entre as duas falas tornou-se evidente quando tomamos a Rua 20, compreendemos que toda problemática circundava em torno, de fixar uma identidade para a cidade que nascia. Para o projeto de Goiânia deslanchar era preciso consolidar as forças políticas, que em decorrência da proximidade com a Revolução de 30, não tinha ainda bases sólidas. A consolidação desse poder em Goiás, teve como expoente a construção de Goiânia, que para se afirmar camuflou suas raízes sertanejas, vestindo a roupagem discursiva do moderno. Contudo, o passar da tormenta não significou o resgate dessa identidade, ela continuou oculta. O tombamento dos edifícios que apresentam em sua fachada o estilo arquitetônico art déco, representante do poder e da Goiânia que se imaginava moderna desde o nascimento, reavivou as discussões em torno da identidade escondida, muito mais próxima dos goianienses do que a identidade imposta. Neste contexto, perguntamos: não estaria na hora de resgatar a nossa identidade sertaneja? Afinal, somos sertanejos? E por que não?!

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