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Acidente vascular cerebral : análise dos entraves no atendimento em um pronto socorro de referênciaLiberato, Rafaela Bitencourt January 2017 (has links)
Orientadora : Profª. Drª. Viviane Flumignan Zetola / Coorientador : Prof. Dr. Norberto Luiz Cabral / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna. Defesa : Curitiba, 21/10/2016 / Inclui referências / Resumo: Introdução: Os benefícios da terapia intravenosa com o ativador tissular de plasminogênio recombinante (rtPA) em acidente vascular isquêmico agudo (AVCI), é dependente do tempo. As diretrizes recomendam que da chegada ao hospital até o início do tratamento (tempo porta-a-agulha), o tempo seja ? 60 minutos. O nosso objetivo foi analisar os tempos dos atendimentos ao paciente com suspeita de AVC, em um pronto socorro (PS) de referência. Métodos: Durante o período de setembro a novembro de 2013, registramos todos os pacientes admitidos com suspeita de acidente vascular cerebral isquêmico no PS do Hospital Municipal São José, Joinville, Brasil. Os critérios de inclusão foram sintomas com o tempo ? 24 horas, sem dependência funcional anterior. Todos os pacientes foram selecionados pelo Protocolo de Manchester. Nós medimos e analisamos os tempo de toda a cadeia do atendimento, desde a autopercepção do AVC até a infusão de rtPA. Resultados: Dos 98 pacientes incluídos, o tempo de reação (percepção dos sinais e sintomas até o acionamento do transporte) foi de cinco horas. Apenas 15 pacientes chamaram 192 (Serviço de atendimento móvel de urgência - SAMU) dentro de quatro horas e 30 minutos. Um terço (30/98) procurou diretamente o hospital, ao passo que 46% (45/98) dos pacientes procuraram os Pronto atendimentos (PAs) 24h e demais serviços não especializados no atendimento do AVC. Um terço chegou de veículos particulares (30/98) e 20,4% (20/98) pelo SAMU. Apenas um paciente chegou de helicóptero, enquanto que 2% (2/98) pelo serviço de ambulância particular. Entre 12 pacientes que foram submetidos à trombólise, os tempos mediano foram: 16 minutos para atendimento portamédico de triagem; 24 minutos para porta-neurologista; 40 minutos para a porta-tomografia e 71 minutos de porta-agulha. O tempo porta-agulha foi ? 60 minutos em apenas 16% (2/12) dos pacientes. O tempo porta-agulha foi melhor entre os pacientes que chegaram com o SAMU do que aqueles que vieram por transporte distinto. Conclusão: Os nossos resultados são alarmantes. É necessário haver campanhas públicas conscientizando da importância de acionar imediatamente o SAMU através do número 192. Os entraves no atendimento intra-hospitalar do AVCI agudo, precisam ser melhorados. Palavras-chave: acidente vascular cerebral, terapia trombolitica, serviços médicos de emergência, qualidade de assistência à saúde. / Abstract: Introduction The benefits of intravenous tissue-type plasminogen activator (tPA) in acute ischemic stroke (IS) are time dependent, and guidelines recommend an arrival to treatment initiation (door-to-needle) time of ? 60 minutes.We aim to know the all times to hyper-acute IS care in brazilian stroke center. Methods Over the September, 2012 we registered all patients with ischemic stroke who consecutively searched Hospital São Jose emergency, Joinville, Brazil. Inclusion criteria was symptons less than 24 hours, no previous functional dependence. All patients were screened by Manchester protocol. We measured all chain of times since stroke self perception until tPA infusion. Results: Of 98 patients included, patient mean reaction time (perception minus transport arrive) was 5 hours. Only 15 patients called 192, national mobile urgency care serve (SAMU), within 4.5 h. A third (30/98), searched hospital directly fom home, whereas 46% (45/98) searched a 24 h state-run health units before hospital. One third came from private cars (30/98) and 20.4% (20/98) by SAMU. Only one patient who came by theirself was lysed, whereas 2% (2/98) by private ambulance. Among 12 patients who were lysed, the median times were: 16 min for door-to-general physician; 24 min for door-to-neurologist; 40 min for door-to-tomography and 71 min for door-to-needle. The door-to-needle was ? 60 min in only 16 % (2/12) patients. Door-to-needle time was better among patients who came from SAMU than those who came from by distinct transport. Conclusion Our results are alarming. A public caimpagin about stroke awareness and SAMU 192 number use are urgently need. Intrahospitalar barriers to fast care of IS need to be analysed. Key-Words: Stroke, thrombolytic therapy, emergency medical services, quality of health care.
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