Orientador: Ana Cláudia Bortolozzi Maia / Banca: Paulo Rennes Marçal Ribeiro / Banca: Ligia Ebner Melchiori / Resumo: Embora valores culturais reforcem a ideia de dessexualização do idoso, a sexualidade é inerente ao ser humano, percorrendo todas as fases do desenvolvimento, incluindo a velhice. O organismo modifica-se como um todo com o passar dos anos e a sexualidade também se transforma. O envelhecimento traz modificações importantes no que se refere aos aspectos físicos e emocionais, porém a sexualidade é experimentada até o fim da vida. Esta pesquisa qualitativa-descritiva teve por objetivo investigar a opinião sobre a sexualidade do idoso a partir do relato de dez pessoas com idade avançada, de ambos os sexos, que responderam a entrevistas semi-estruturadas que foram gravadas e transcritas na íntegra para análise de conteúdo temático. As categorias analisadas foram: 1) educação sexual; 2) vínculos familiares; 3) aspectos sociais: trabalho, lazer e amigos; 4) representação da velhice, imagem corporal e autoestima; 5) sexualidade, relacionamentos amorosos e sexuais e; 6) saúde e resposta sexual (desejo, excitação e orgasmo). Os resultados obtidos indicam que para os participantes a sexualidade foi percebida como sinônimo de ato sexual, demonstrando uma noção restritiva de sexualidade humana. Os idosos relatam que se envolveram em relacionamentos amorosos e sexuais após os 60 anos e tratam a sexualidade, vivenciada nessa etapa, como algo natural e necessário tendo sido algo importante na vida hoje e pregressa. Também notaram mudanças na resposta sexual e na frequencia das atividades sexuais; entretanto, apesar das limitações físicas, não deixaram de vivenciar sua sexualidade de maneira prazerosa; referem-se satisfeitos com o desejo e orgasmo próprio e do (a) parceiro (a). Conclui-se que a sexualidade é um aspecto importante no envelhecimento considerando suas dimensões fisiológicas... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Although cultural values reinforce the idea of elderly de-sexualization, sexuality is inherent in human beings, covering all developmental stages, including old age. The body changes as a whole over the year and sexuality also transforms. The aging brings significant changes with regard to physical and emotional aspects, but sexuality is experienced until the end of life. This descriptive, qualitative research aimed to investigate beliefs about the elderly sexuality in the report of ten people with advanced age, of both sexes, who answered semi-structured interviews that were recorded and wholy transcribed for theme content analysis. The analyzed categories were: 1) sex education, 2) family ties, 3) social aspects work, leisure and friends, 4) old age representation, body image and self esteem, 5) sexuality, love and sexual relationships, 6) health and sexual response (desire, arousal and orgasm). The results indicate for the participants, sexuality was perceived as a synonymous of sexual act, demonstrating a restrictive conception of human sexuality. Older people report that they engaged in sexual and romantic relationships after 60 years old and deal with sexuality, lived at his stage, as a natural and necessary act, being important in their lives today and in the past. They also noted changes in sexual response and frequency of sexual activities, however, despite the physical limitations, they hadn't left to live their sexuality in a pleasant way; they pleasantly refer to their own desire and orgasm and of their partner's. We conclude that sexuality is an important aspect in aging, considering its physiological, psychological, emotional and cultural dimensions. It is emphasized that the results are not intended to be generalized because it is a small sample and with specific characteristics: straight and healthy people, coming from middle and... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre