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Ser mãe eu sei, o que agora falta é social : sobre o processo de constituição da identidade profissional no Acolhimento Institucional de CriançasLima, Aline Ottoni Moura Nunes de 30 April 2009 (has links)
This work aimed to comprehend how social mothers give meaning to their daily life in an
Institutional Shelter and to analyze their inter-relations with the making up of Professional
identity. We were guided by a Historical-material dialect of man and world and the
expression of this in Psychology which considers the making up of a person as a human
being as a material and historical character and is made up in and from the established
relations between I and the other throughout ontogenesis. We also assume that the
process of building professional identity of the Social Mothers surges from a network of
personal and social articulated interactions which make multiple meanings possible in a
dialectic process. We then performed a qualitive research in which we interviewed two
professionals (Social Mothers), responsible for the direct care of children in temporary and
exceptional shelter. Interviews were taped individually and completely transcribed. From
there, we defined, through an adaption of idea association maps proposed by Spink e
Lima (2000), four general categories: 1) family history; 2) work at the shelter; 3) the social
mothers and the children; 4) the social mothers and other actors of the guarantee of rights
system. The basic fundamental that oriented our analysis was the interpretive character of
knowledge, highlighted by Gonzáles-Rey (2002), which consists in a process of giving
meaning to the expressions of the participants in a way of integrating them so as they can
make sense to the group of researchers. Our interviews produced a context of review and
emergence of meanings upon the activity Social Mother made from phylogenetic
development as well as ontogentic development. Family histories were highlighted
especially those that were connected to meanings of child, family and Institutional Shelter.
The question about what it is to be a Social Mother led to talk of the professionals to a
movement of fusion (action repetition) and differentiation (creation) in the construction of
meanings on social mothering played by them. We emphasize however that professional
identity is not a data or a fragmented product, an isolated character lived by the person in
his/her life, but a whole in composition involving multiple social roles inserted in historical
and cultural context. / Este trabalho teve como objetivo de compreender como as mães sociais
significam o cotidiano no Acolhimento Institucional e analisar suas interrelações com a
constituição da sua identidade profissional. Pautamo-nos numa concepção materialista
histórico dialética de homem e mundo e na expressão desta na Psicologia, que considera
a constituição da pessoa enquanto ser humano como um caráter material e histórico e se
dá pelas e nas relações estabelecidas entre o eu e o outro ao longo de sua ontogênese.
Também partimos do pressuposto de que o processo de constituição da identidade
profissional das Mães Sociais emerge a partir de uma rede de interações pessoais e
sociais articuladas, que possibilitam a construção de significados múltiplos em um
processo dialético. Frente a isto realizamos uma pesquisa qualitativa, na qual
entrevistamos duas profissionais (Mães Sociais) responsáveis pelos cuidados diretos de
crianças em situação provisória e excepcional de abrigamento. As entrevistas foram
gravadas individualmente e transcritas na íntegra. A partir daí delimitamos, por meio de
uma adaptação do mapa de associação de idéias proposto por Spink e Lima (2000),
quatro categorias gerais: 1) história familiar; 2) o trabalho no abrigo; 3) as mães sociais e
as crianças; 4) as mães sociais e os outros atores do sistema de garantia de direitos. O
princípio básico que orientou nossas análises foi o caráter interpretativo do
conhecimento, realçado por Gonzáles-Rey (2002), que consiste num processo de dar
sentido às expressões dos participantes, de forma a integrá-las de tal maneira, que
passem a fazer sentido para o conjunto de pesquisadores. Nossas entrevistas
produziram um contexto de revisão e emergência de significados sobre a atividade Mãe
Social, constituídos a partir, tanto do desenvolvimento filogenético, quanto das relações
estabelecidas ao longo de seu desenvolvimento ontogenético. Sobretudo, realçaram suas
histórias familiares, que se conectam aos significados de criança, família e abrigo.
Perguntarmos sobre o que é ser Mãe Social conduziu os discursos das profissionais a um
movimento de fusão (repetição de ações) e diferenciação (criação) na constituição de
significados sobre a maternagem social protagonizados pelas Mães Sociais. Enfatizamos,
portanto, que a identidade profissional não é um dado ou um produto fragmentado, um
personagem isolado dos demais vividos pela pessoa em sua vida, mas sim um todo em
constituição, envolvida por múltiplas determinações e múltiplos papéis sociais, inseridas
em um contexto histórico e cultural. / Mestre em Psicologia Aplicada
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