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Diáspora africana na Paraíba do Norte: trabalho, tráfico e sociabilidade na primeira metade do século XIXGuimarães, Matheus Silveira 27 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The main subject of this work is the African population of slaves and free people who lived in Paraíba in the first half of the 19th century. For many decades, historiography has denied, omitted or minimized the participation of African people in the historical process. However, the presence of men and women who came from Africa was constant in this province. Our main goal is to understand how the African population was introduced in Paraíba (a peripheral region in the Atlantic trade of slaves) and how they lived there. In order to achieve it, we have outlined a historiographical route to identify the gaps in a given historical culture. By making usage of the theoretical and methodological assumptions of Marxist Social History, we have made a critique of this portion of historiography that denied the participation of black populations and African populations in particular in the history of the province. Next, by using a variety of sources such as reports and official mail correspondence of governors and presidents of Paraíba, inventories and wills, requests of release, baptism records, manumission and many others, we have managed to comprehend further on the matters issued, approaching social and economic aspects of the region, indicating which were the main routes of importation and what was the everyday-life of African people. We have come to realise that Paraíba was inserted in the Atlantic trade of slaves indirectly which had a complementary character to this slave-holding society. Therefore the quantity of slaves who came from Africa was inferior to the ones sent to other locations such as Recife, Salvador and Rio de Janeiro. This factor marked certain specificities in the life of these African people. However the fundamental practise of slavery remained: violence. / Este trabalho tem como objeto a população africana escravizada e liberta que viveu na Paraíba na primeira metade do século XIX. Por muitas décadas, a historiografia negou, omitiu ou minimizou a participação dos africanos no processo histórico. Entretanto, a presença de homens e mulheres que vieram da África era constante nessa capitania/província. Nosso objetivo é compreender como os africanos foram introduzidos na Paraíba (uma região periférica no tráfico atlântico de escravos) e como essa população viveu na região. Para isso, fizemos um percurso historiográfico para identificar as lacunas existentes em uma dada cultura histórica do local estudado. Utilizando-nos dos pressupostos teóricos e metodológicos da História Social de influência marxista, fizemos a crítica a essa parte da historiografia que negava à população negra, em especial a africana, a participação na história da capitania/província pesquisada. Em seguida, a partir de diversas fontes como relatórios e correspondências de governadores e presidentes da Paraíba, inventários e testamentos, requerimentos de soltura, registros de batismo, cartas de alforria, dentre outras, nos aprofundamos nas questões propostas, abordando aspectos econômicos e sociais da região, indicando quais eram as principais rotas de importação e como se dava o cotidiano dos africanos. Percebemos que a Paraíba se inseria no mercado atlântico de escravizados de maneira indireta e o tráfico assumia um caráter complementar nessa sociedade escravista. Por conseguinte, a quantidade de escravizados vindos da África era inferior a outras capitanias/províncias centrais como Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Esse fator marcou determinadas especificidades na vida desses africanos. Contudo, a prática fundamental da escravidão continuou presente: a violência.
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