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Estruturas de governança e a capacidade de inovação em pequenas empresas: caso da indústria brasileira de torrefação e moagem de café / Governance structures and innovative capabilities in small firms: case of the Brazilian roast & ground coffee industryJardim, Gabriela Feresin 14 June 2012 (has links)
O que motivou a realização desse trabalho foi a pouca relevância que os estudos econômicos, em geral, atribuem à capacidade das firmas de pequeno e médio porte de inovarem. Essas firmas representam a maior parte das empresas brasileiras e respondem por mais de dois terços das ocupações do setor privado (SEBRAE, 2012). Dessa forma, entender essa questão é de fundamental importância, pois a inovação pode incrementar a competitividade dessas empresas diante da concorrência no mercado nacional e internacional. Abordagens recentes da Economia das Organizações relacionam as inovações às estruturas organizacionais das firmas (BARBIERI; ÁLVARES, 2004; COOMBS; METCALFE, 2005; GRANDORI; FURNARI, 2008, 2010). Assim, o objetivo desta pesquisa é investigar as combinações de estruturas de governança (interna e externa) que permitem maiores possibilidades de desenvolvimento das capacidades de inovação das pequenas firmas. Indo além da abordagem de Grandori e Furnari (2008, 2010), os quais mostram que existe uma relação entre as estruturas de governança interna e a capacidade de inovação das firmas, esta dissertação também incorpora o âmbito externo, na medida em que se admite que o processo de inovação envolva também interações entre as estruturas de governança externa à firma. Essas questões foram abordadas a partir da literatura da Nova Economia Institucional e testadas por meio de uma survey com 110 indústrias brasileiras de torrefação e moagem de café. Dois tipos de inovação foram investigados: i. produto; ii. método/processo. Para encontrar as combinações de elementos foi utilizada a Análise Comparativa Qualitativa (QCA) no software fs/QCA versão 2.0 (RAGIN, 2008). Tem-se como hipótese que a capacidade de inovar está mais presente em firmas que adotam um mix de estruturas de governança (interna e externa) do que as que apresentam estruturas singulares. Como resultado verificou-se que as estruturas de governança interna plurais, que combinam incentivos monetários, burocráticos e comunitários, apresentaram resultados mais consistentes para a inovação das pequenas firmas de torrefação. No que se refere às estruturas de governança externa, a principal estrutura apresentada foi a de mercado tanto do lado dos fornecedores quanto dos clientes. Essa estrutura singular não apresentou resultados significativos para as capacidades de inovação, corroborando com a hipótese apresentada. Observou-se ainda que a combinação entre as estruturas de governança interna e externa não é complementar, visto que para as firmas de torrefação inovadoras as estruturas de governança interna foram as que mais tiveram impacto. Esses resultados, ao permitirem identificar os requisitos organizacionais que produzem maiores possibilidades de inovação, podem ajudar a traçar ações de políticas públicas e privadas para as empresas brasileiras de modo a melhorar a sua taxa de inovação e a competitividade em seus mercados. / The motivation for this work is the lack of relevance generally ascribed by economic studies to the innovative ability of small and mid-sized firms. These firms represent the majority of Brazilian companies, accounting for over two thirds of employment in the private sector (SEBRAE, 2006). Understanding of this issue is important, because innovation can enhance their competitiveness in the global and domestic market. Also, recent approaches from the Economics of Organizations associate innovations with the organizational structures of firms (BARBIERI; ÁLVARES, 2004; COOMBS, METCALFE, 2005; GRANDORI, FURNARI, 2008, 2010). This work therefore aims to find the combinations of governance structures (internal and external) that allow the greatest scope for developing the innovation capacity of small firms. Going beyond Grandori and Furnari\'s approach (2008, 2010), which demonstrates that a relationship exists between internal governance structures and a firm\'s innovation capacity, this paper also incorporates the external framework insofar as it accepts that the innovation process also involves interactions between governance structures external to the firm. We draw on the literature of the New Institutional Economics to address these issues and test them through a survey of 110 Brazilian R&G coffee industries. Two types of innovation are investigated: i. product; ii. method/process. To determine the combinations of elements we used the Qualitative Comparative Analysis (QCA) software fs/QCA, version 2.0 (RAGIN, 2008). Our hypothesis is that the ability to innovate is more prevalent in firms that use a mix of governance structures (internal and external) than in those with a singular structure. As a result, it was found that plural internal governance structures, which combine monetary, bureaucratic, and community incentives, have more consistent innovation results for small roasting firms. With regards to external governance structures, the main structure presented--concerning both customers and suppliers--was the market. This unique structure did not show significant results for innovation capacity, supporting the present hypothesis. It was also observed that the combination of internal and external governance structures is not complementary, because for the innovative R&G firms the internal governance structures saw the greatest impact. In allowing the identification of the organizational requirements that create greater opportunities for innovation, these results can help chart the actions of public and private policies which enable Brazilian companies to improve their rate of innovation and competitiveness in their markets.
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Estruturas de governança e a capacidade de inovação em pequenas empresas: caso da indústria brasileira de torrefação e moagem de café / Governance structures and innovative capabilities in small firms: case of the Brazilian roast & ground coffee industryGabriela Feresin Jardim 14 June 2012 (has links)
O que motivou a realização desse trabalho foi a pouca relevância que os estudos econômicos, em geral, atribuem à capacidade das firmas de pequeno e médio porte de inovarem. Essas firmas representam a maior parte das empresas brasileiras e respondem por mais de dois terços das ocupações do setor privado (SEBRAE, 2012). Dessa forma, entender essa questão é de fundamental importância, pois a inovação pode incrementar a competitividade dessas empresas diante da concorrência no mercado nacional e internacional. Abordagens recentes da Economia das Organizações relacionam as inovações às estruturas organizacionais das firmas (BARBIERI; ÁLVARES, 2004; COOMBS; METCALFE, 2005; GRANDORI; FURNARI, 2008, 2010). Assim, o objetivo desta pesquisa é investigar as combinações de estruturas de governança (interna e externa) que permitem maiores possibilidades de desenvolvimento das capacidades de inovação das pequenas firmas. Indo além da abordagem de Grandori e Furnari (2008, 2010), os quais mostram que existe uma relação entre as estruturas de governança interna e a capacidade de inovação das firmas, esta dissertação também incorpora o âmbito externo, na medida em que se admite que o processo de inovação envolva também interações entre as estruturas de governança externa à firma. Essas questões foram abordadas a partir da literatura da Nova Economia Institucional e testadas por meio de uma survey com 110 indústrias brasileiras de torrefação e moagem de café. Dois tipos de inovação foram investigados: i. produto; ii. método/processo. Para encontrar as combinações de elementos foi utilizada a Análise Comparativa Qualitativa (QCA) no software fs/QCA versão 2.0 (RAGIN, 2008). Tem-se como hipótese que a capacidade de inovar está mais presente em firmas que adotam um mix de estruturas de governança (interna e externa) do que as que apresentam estruturas singulares. Como resultado verificou-se que as estruturas de governança interna plurais, que combinam incentivos monetários, burocráticos e comunitários, apresentaram resultados mais consistentes para a inovação das pequenas firmas de torrefação. No que se refere às estruturas de governança externa, a principal estrutura apresentada foi a de mercado tanto do lado dos fornecedores quanto dos clientes. Essa estrutura singular não apresentou resultados significativos para as capacidades de inovação, corroborando com a hipótese apresentada. Observou-se ainda que a combinação entre as estruturas de governança interna e externa não é complementar, visto que para as firmas de torrefação inovadoras as estruturas de governança interna foram as que mais tiveram impacto. Esses resultados, ao permitirem identificar os requisitos organizacionais que produzem maiores possibilidades de inovação, podem ajudar a traçar ações de políticas públicas e privadas para as empresas brasileiras de modo a melhorar a sua taxa de inovação e a competitividade em seus mercados. / The motivation for this work is the lack of relevance generally ascribed by economic studies to the innovative ability of small and mid-sized firms. These firms represent the majority of Brazilian companies, accounting for over two thirds of employment in the private sector (SEBRAE, 2006). Understanding of this issue is important, because innovation can enhance their competitiveness in the global and domestic market. Also, recent approaches from the Economics of Organizations associate innovations with the organizational structures of firms (BARBIERI; ÁLVARES, 2004; COOMBS, METCALFE, 2005; GRANDORI, FURNARI, 2008, 2010). This work therefore aims to find the combinations of governance structures (internal and external) that allow the greatest scope for developing the innovation capacity of small firms. Going beyond Grandori and Furnari\'s approach (2008, 2010), which demonstrates that a relationship exists between internal governance structures and a firm\'s innovation capacity, this paper also incorporates the external framework insofar as it accepts that the innovation process also involves interactions between governance structures external to the firm. We draw on the literature of the New Institutional Economics to address these issues and test them through a survey of 110 Brazilian R&G coffee industries. Two types of innovation are investigated: i. product; ii. method/process. To determine the combinations of elements we used the Qualitative Comparative Analysis (QCA) software fs/QCA, version 2.0 (RAGIN, 2008). Our hypothesis is that the ability to innovate is more prevalent in firms that use a mix of governance structures (internal and external) than in those with a singular structure. As a result, it was found that plural internal governance structures, which combine monetary, bureaucratic, and community incentives, have more consistent innovation results for small roasting firms. With regards to external governance structures, the main structure presented--concerning both customers and suppliers--was the market. This unique structure did not show significant results for innovation capacity, supporting the present hypothesis. It was also observed that the combination of internal and external governance structures is not complementary, because for the innovative R&G firms the internal governance structures saw the greatest impact. In allowing the identification of the organizational requirements that create greater opportunities for innovation, these results can help chart the actions of public and private policies which enable Brazilian companies to improve their rate of innovation and competitiveness in their markets.
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