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Sobre o emprego de tijolos e blocos de vedação com função estrutural em edificações de pequeno porte.Noboa Filho, Salvador 14 June 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-06-14 / The small and medium size, ground or one floor constructions in the inner São Paulo
state, specially the residential ones, are predominantly build with massive ceramic brick or
structural function closure blocks without structural concrete (beam or columns). This is
known as resistant masonry.
This building way is not standardized in Brazil. It shows one similarity to structural
masonry: the resistant masonry concept, or the masonry besides the closure function, is also
the main structural element. Nevertheless, it does not attend to others construction process
characteristics, like dimension and detail process (project), material and execution
technological control. In this kind of work, the masonry resistance specification is empirical
determined, largely supported by the local workers professional experience and, eventually,
by an engineer, documented solely by a city hall standard
This study is focused on the resistant masonry building. The usual techniques are
discussed ant the main criterion witch may be applied to the wall s dimension according to
the Brazilian, British and European community rules. Using representative examples, find
out calculations requested by walls are estimated according to different hypothesis of vertical
loads distribution, the resistant capacity according to the dimension criterion applied by the
Brazilian (adapted if necessary), British and European rules are determined; this values are
then compared with the resistance of prism of varied material kinds used in this constructions
(brick and blocks) obtained in tests. Based on these results, the structural viability is
assessed. One of the many conclusions is the potential suitable use of the massive brick
and the relevance of the international standard adoption to the dimension process, to fulfill
the small building Brazilian structural masonry standard omission. / A construção de edificações térreas e assobradadas de pequeno e médio porte no
interior do estado de São Paulo, especialmente para fins residenciais, é predominantemente
realizada segundo processos construtivos tradicionais, nos quais se empregam tijolos
cerâmicos maciços ou blocos de vedação com função estrutural, que servem de apoio para
as lajes e eventual segundo pavimento. Os painéis de alvenaria são amarrados por
escalonamento dos elementos, sem estrutura de concreto (vigas e pilares). É o que se
denomina alvenaria resistente.
Esse particular modo de construir não possui respaldo em normas técnicas
específicas. Ele apresenta uma similaridade fundamental com a alvenaria estrutural: o
conceito da alvenaria resistente, ou seja, o elemento alvenaria, além da função de vedação,
é o principal elemento estrutural. No entanto, não atende aos demais importantes requisitos
característicos dos processos construtivos em alvenaria estrutural, quais sejam: cálculo
racional com segurança estabelecida, previsão de resistência mecânica dos elementos,
projeto detalhado (modulação, instalações hidro-sanitárias e elétricas compatíveis com a
integridade das paredes), controle tecnológico e de execução, entre outros. Nestas obras, a
especificação da alvenaria resistente ocorre de forma empírica, quase sempre com base na
experiência profissional de pedreiros e, eventualmente, de engenheiros, documentada
apenas num projeto padrão de prefeitura.
Neste trabalho se explora este universo das construções em alvenaria resistente.
Discutem-se as técnicas usualmente empregadas na sua execução e se apresentam os
principais critérios que podem ser utilizados no dimensionamento das paredes conforme as
normas brasileira, britânica e da comunidade européia. Através de exemplos
representativos, calculam-se as solicitações nas paredes segundo diferentes hipóteses de
distribuição do carregamento vertical; quantifica-se a capacidade resistente segundo os
critérios de dimensionamento utilizados pelas normas brasileira (com as adaptações
necessárias), britânica e européia. E comparam-se estes valores com a resistência de
prisma de diversos tipos de unidades empregadas na execução destas edificações, obtidos
em ensaios realizados. A partir destes resultados, analisa-se a viabilidade estrutural destas
construções. Entre outras conclusões, destaca-se o bom potencial de uso do tijolo maciço e
a pertinência de uso das normas internacionais para o dimensionamento, que preenchem
importante lacuna da norma brasileira de alvenaria estrutural para edificações de pequeno
porte.
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