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Filhos da precarização social do trabalho no Brasil: um estudo de caso sobre a juventude trabalhadora nos anos 2000Oliveira, Luiz Paulo Jesus de 18 October 2013 (has links)
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Tese de Luiz Paulo jesus de Oliveira.pdf: 2938039 bytes, checksum: b2e93a034a5b0bdf47e0d7988015973d (MD5) / O presente estudo tem como objetivo analisar as principais transformações e especificidades
dos processos de transição e inserção da força de trabalho juvenil no mercado de trabalho
brasileiro nos anos 2000. Parte-se do pressuposto de que o trabalho é um eixo estruturante da
condição juvenil brasileira, não sendo, portanto, nenhum truísmo qualificá-la como juventude
trabalhadora brasileira. Dadas às especificidades históricas da realidade brasileira, a juventude
não pode ser caracterizada como moratória em relação ao trabalho, mas antes a condição
juvenil só é vivida porque trabalham. A partir dos anos de 1990 houve mudanças
significativas no padrão brasileiro de transição escola-trabalho provocadas pela expansão do
sistema educacional e pela reestruturação produtiva que implicaram o adiamento da entrada
no mercado de trabalho; o desemprego no início das trajetórias de vida, e consequentemente,
a constituição de um mercado de trabalho altamente competitivo, onde as vagas (escassas)
passaram a ser disputadas entre jovens e adultos. Nos anos 2000, observa-se uma relativa
melhora dos principais indicadores do mercado de trabalho (aumento da formalização do
emprego; a redução do desemprego e a elevação do rendimento médio dos trabalhadores).
Mas, tal processo não beneficiou os jovens da mesma forma que os adultos, sobre eles recai a
vivência desigual da precarização social do trabalho, estando mais vulneráveis ao
desemprego, e às formas de trabalho e contrato mais precários (terceirizado, contrato
temporário, estágios etc.). Neste sentido, conclui-se que na cartografia social dos mercados de
trabalho metropolitanos, os jovens trabalhadores da Região Metropolitana de Salvador (RMS)
são aqueles que estão mais expostos à condição mais instável e precária do mercado de
trabalho: a condição de desempregados. Portanto, sobre eles o peso das transformações do
mundo do trabalho assume feições próprias, cujos percursos, trajetórias de trabalho e
expectativas futuras carregam as marcas materiais e simbólicas da herança socialmente
imposta: filhos da precarização social do trabalho. Por fim, este estudo se baseia na análise
dos dados secundários e nos principais resultados de um estudo de caso, de caráter qualitativo,
realizado com 21 jovens egressos do Consórcio Social da Juventude na RMS.
The present study aims to analyze the main changes and specificities of transition processes
and insertion of the working youth force in the Brazilian labor market in the years 2000s. It
assumes that the work is a structuring axis of Brazilian youth condition; therefore, it is no
truism to qualify it as Brazilian youth worker. Based on the historical specificities of Brazilian
reality, the youth may not be characterized as moratorium in relation to work, once the
juvenile condition is only lived because they work. From the year of 1990 there have been
significant changes in Brazilian standard of school-to-work transition; caused by the
expansion of the educational system and by productive restructuring that resulted in the
postponement of entry into the labor market; unemployment at the beginning of life histories,
and consequently, the constitution of a highly competitive labor market, whose vacancies
(scarce) started to be disputed between youth and adults. In the years 2000, it was observed a
relative improvement of the main indicators of the labor market (increase of the formal
employment; reduction of unemployment and elevation of the average income of
workers).But, this process has not benefited the young people in the same way that it did to
adults, on them lies the uneven experience of social precariousness of work, once they are
more vulnerable to unemployment, and to more precarious forms of work and contract
(outsourced, temporary contract, internships etc.). In this regard, it is concluded that in social
cartography of metropolitan labor markets,the MRS young workers are those who are most
exposed to the most unstable and precarious labor market condition: the
unemployed.Therefore, upon them the weight of the transformations of the world of work
takes its own features, whose own pathways, trajectories of work and future expectations
carry the marks of material and symbolic inheritance socially imposed: sons of the
precariousness of social work. Finally, this study is based on the analysis of secondary data
and the main results of a study case, of qualitative nature, carried out with 21 young graduates
of the Social Youth Consortium in the Metropolitan Region of Salvador.
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