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Criação de valor compartilhado em negócios sociais: estudo com clínicas populares de saúde preventiva / Shared value creation in social business: study with popular preventive health clinics

Rocha, Rafael Toniolo da 09 August 2018 (has links)
O desenvolvimento humano tem ocorrido de forma desequilibrada: a maximização da riqueza econômica, paradoxalmente, maximiza a desigualdade social e a degradação ambiental. As organizações são os principais agentes do capitalismo, de modo que a estratégia das companhias interferem no desenvolvimento socioambiental e econômico. Neste contexto, a abordagem da criação de valor compartilhado (CVC) parece ter potencial para minimizar este paradoxo do desenvolvimento, ao considerar a geração de valor socioambiental como core business da organização. No entanto, existe sobreposição deste conceito com o conceito de negócios sociais. Assim, este estudo busca compreender como a estratégia de CVC está integrada aos negócios sociais em clínicas populares de saúde preventiva, a fim de identificar como a CVC e os negócios sociais podem contribuir para o equilíbrio do desenvolvimento econômico, social e ambiental. Para atingir este objetivo, foi conduzida uma pesquisa exploratória e descritiva desenvolvida por meio do método de estudo de múltiplos casos com dois negócios sociais que atuam no ramo de clínicas populares de saúde. Utilizou-se a entrevista em profundidade, o questionário e a observação direta. Os dados coletados foram comparados, buscando encontrar padrões comuns e aspectos conflitantes em cada um dos casos. Privilegiou-se a análise de conteúdo como técnica do estudo. Os casos foram classificados e comparados num continuum de negócio sociais, que varia de lógica de mercado a lógica social. Como resultado, verificou-se que os negócios sociais estudados criam valor compartilhado, apesar da limitação conceitual dos entrevistados. Notou-se que o continuum de negócios sociais não é suficiente para delimitar um negócio social, de modo que qualquer organização, independentemente do modelo, pode ser classificada entre lógica social e de mercado. Ademais, foram identificados dezenove fatores essenciais e periféricos para a CVC em negócios sociais, de modo que sete são essenciais e doze periféricos. As conclusões apontam que CVC e negócios sociais apresentam propósito semelhantes, mas se diferenciam em sua concepção. Observou-se que a CVC, assim como os negócios sociais, podem contribuir para o equilíbrio do paradoxo do desenvolvimento, mas não são suficientes para eliminá-lo. A resolução deste paradoxo depende de mudanças de paradigmas que vão além dessas estratégias. / Human development has occurred in an unbalanced way: maximizing economic wealth, paradoxically, maximizes social inequality and environmental degradation. Organizations are the main agents of capitalism, so that companies\' strategies interfere with socio-environmental and economic development. In this context, the shared value creation (SVC) approach seems to have the potential to minimize this development paradox by considering the generation of socio-environmental value as the organization\'s core business. However, there is overlap of this concept with the concept of social business. Thus, this study seeks to understand how the SVC strategy is integrated into social business, in order to identify how the SVC and social business can contribute to the balance of economic, social and environmental development. In order to achieve this goal, an exploratory and descriptive study was carried out using a multiple case study method with two social businesses that work in the field of popular health clinics. The in-depth interview, the questionnaire and the direct observation were used. The data collected were compared, seeking to find common patterns and conflicting aspects in each case. Content analysis was privileged as study technique. The cases were classified and compared in a social business continuum, which varies from market logic to social logic. As a result, it was verified that the social businesses studied create shared value, despite the conceptual limitation of the interviewees. It was noted that the social business continuum is not sufficient to delimit a social business, so that any organization, regardless of the model, can be classified between social and market logic. In addition, nineteen essential and peripheral factors were identified for the SVC in social businesses, so that eight are essential and eleven peripherals. The conclusions indicate that SVC and social businesses have similar purposes, but differ in their conception. It was observed that the SVC, as well as social business, can contribute to the balance of the development paradox, but they are not enough to eliminate it. The resolution of this paradox depends on paradigm shifts that go beyond these strategies.
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Análise espacial de indicadores de desenvolvimento socioambiental urbano das regiões norte, noroeste e meia ponte do município de Goiânia (1975 – 2015)

Ramos, Helci Ferreira 03 December 2016 (has links)
Submitted by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2018-09-06T21:09:32Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Helci Ferreira Ramos - 2016.pdf: 19545226 bytes, checksum: 104a0c80f7df6c6906e34b9e29fdad43 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2018-09-06T21:09:42Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Helci Ferreira Ramos - 2016.pdf: 19545226 bytes, checksum: 104a0c80f7df6c6906e34b9e29fdad43 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-06T21:09:42Z (GMT). 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The objective of this study was to evaluate the quality of urban life of the aforementioned regions, using methods to analyze the land issue, calculation of the green area index per capita as well as, of urban socio-environmental segregation patterns. Among the materials and methods used we can highlight the use of orbital data (Landsat 1, 2, 5 e 7) and suborbital aerial photographs (Goiânia prefecture) and IBGE census data (Census 2010), for the information processing the programs were used (Spring 5.3, ArcMap 10.1, ENVI 5.0), all licensed in the Laboratory of Image Processing and Geoprocessing - Lapig / UFG. The main methods used to analyze the data were the dasimetric. Spatial Analysis (Moran Index) and Digital Image Processing - DIP for the definition of the Index of Green Areas (IGA). Regarding the main results of this study we can highlight them in three axes being the first the land issue and urban growth occurred from the 80's, which resulted in the demand for housing, and the emergence of various clandestine settlements and invasions. The research points to 117 lots and lots without land information, 133 allotments with regular status together the supervisory bodies and 144 lots with irregular situation and 144 lots with irregular situation. The second axis of results are the green areas as an indicator of urban quality of life, the study presents a total of 201 public green areas (Squares, APP, APA and Parks) that were mapped. In addition, the Green Areas Index (BTI) was calculated by inhabitants for the three regions, presented a total of 243.52 m² / hab., index that is higher than the one recommended by the United Nations (UN) that defines for Latin America and Caribbean 9 m² / hab. And last line of research results are analyzes of socio-spatial segregation. The study points out that the problems of socio-spatial segregation of social exclusion / inclusion, are present in the three regions. In the analyzes, the Northwest Region is the most problematic, because it presented clusters in most of the variables of social and environmental indicators analyzed. Exclusion / inclusion problems are concentrated in the North-West and North, mainly of the history of implantation of the existing subdivisions and neighborhoods. / O crescimento e expansão do meio urbano ocorrem nas cidades e determinam toda a dinâmica de apropriação do espaço urbano, segundo a lógica do capital que, na maioria das vezes é, arbitrária e desigual. Assim, fenômenos como a segregação socioespacial ganham força na medida em que certas populações são forçadas a habitar nas periferias das grandes cidades, portanto, privadas do acesso à terra, dos serviços públicos e da assistência social. Este trabalho tem como área de estudo às regiões Norte, Noroeste e Meia Ponte, ambas pertencentes a Metrópole de Goiânia, sendo o principal recorte adotado dentro dessas regiões, para entender a dinâmica local, o setor censitário. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade de vida urbana das supracitadas regiões, empregando métodos para análise da questão fundiária, cálculo do índice área verde por habitante bem como, de padrões de segregação socioambiental urbana. Entre os materiais e métodos utilizados podemos destacar tanto a utilização de dados orbitais (Landsat 1, 2, 5 e 7) e suborbital as fotografias aéreas (prefeitura de Goiânia) quanto dados censitários do IBGE (Censo 2010) para o processamento das informações foram utilizados os programas (Spring 5.3, ArcMap 10.1, ENVI 5.0), todos licenciados no Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento – Lapig / UFG. Os principais métodos adotados para a análise dos dados foram o dasimétrico, Análise Espacial (Índice de Moran) e de Processamento Digital de Imagens – PDI para cálculo do Índice de Áreas Verdes (IAV). No que diz respeito aos principais resultados deste trabalho podemos destacalos em três eixos sendo o primeiro a questão fundiária e crescimento urbano ocorrido a partir da década 80, que resultou na demanda por moradias, e o surgimento de vários loteamentos clandestinos e invasões. A pesquisa aponta para 117 loteamentos e glebas sem informações fundiárias, 133 loteamentos com situação regular juntos os órgãos de fiscalização e 144 loteamentos com situação irregular. O segundo eixo de resultados são as áreas verde como indicador de qualidade de vida urbana, o estudo apresenta um total de 201 áreas verdes públicas (Praças, APP, APA e Parques) que foram mapeadas. Além disso, foi realizado o cálculo do Índice de Áreas Verdes (IAV) por habitantes para as três regiões, apresentou um total de 243,52 m²/hab., Índice que é superior ao recomentado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que define para a América Latina e Caribes 9 m²/hab. E último eixo de resultado da pesquisa são análises de segregação socioespacial. O estudo aponta que os problemas de segregação socioespacial de exclusão /inclusão social, estão presente nas três regiões. Nas análises aponta que a Região Noroeste é a mais problemática, pois ela, apresentou clusters na maioria das variáveis de indicadores socioambientais analisadas. Os problemas de exclusão/inclusão concentram na Região Noroeste e Norte por causa, principalmente do histórico de implantação dos loteamentos e bairros ali existentes.
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Criação de valor compartilhado em negócios sociais: estudo com clínicas populares de saúde preventiva / Shared value creation in social business: study with popular preventive health clinics

Rafael Toniolo da Rocha 09 August 2018 (has links)
O desenvolvimento humano tem ocorrido de forma desequilibrada: a maximização da riqueza econômica, paradoxalmente, maximiza a desigualdade social e a degradação ambiental. As organizações são os principais agentes do capitalismo, de modo que a estratégia das companhias interferem no desenvolvimento socioambiental e econômico. Neste contexto, a abordagem da criação de valor compartilhado (CVC) parece ter potencial para minimizar este paradoxo do desenvolvimento, ao considerar a geração de valor socioambiental como core business da organização. No entanto, existe sobreposição deste conceito com o conceito de negócios sociais. Assim, este estudo busca compreender como a estratégia de CVC está integrada aos negócios sociais em clínicas populares de saúde preventiva, a fim de identificar como a CVC e os negócios sociais podem contribuir para o equilíbrio do desenvolvimento econômico, social e ambiental. Para atingir este objetivo, foi conduzida uma pesquisa exploratória e descritiva desenvolvida por meio do método de estudo de múltiplos casos com dois negócios sociais que atuam no ramo de clínicas populares de saúde. Utilizou-se a entrevista em profundidade, o questionário e a observação direta. Os dados coletados foram comparados, buscando encontrar padrões comuns e aspectos conflitantes em cada um dos casos. Privilegiou-se a análise de conteúdo como técnica do estudo. Os casos foram classificados e comparados num continuum de negócio sociais, que varia de lógica de mercado a lógica social. Como resultado, verificou-se que os negócios sociais estudados criam valor compartilhado, apesar da limitação conceitual dos entrevistados. Notou-se que o continuum de negócios sociais não é suficiente para delimitar um negócio social, de modo que qualquer organização, independentemente do modelo, pode ser classificada entre lógica social e de mercado. Ademais, foram identificados dezenove fatores essenciais e periféricos para a CVC em negócios sociais, de modo que sete são essenciais e doze periféricos. As conclusões apontam que CVC e negócios sociais apresentam propósito semelhantes, mas se diferenciam em sua concepção. Observou-se que a CVC, assim como os negócios sociais, podem contribuir para o equilíbrio do paradoxo do desenvolvimento, mas não são suficientes para eliminá-lo. A resolução deste paradoxo depende de mudanças de paradigmas que vão além dessas estratégias. / Human development has occurred in an unbalanced way: maximizing economic wealth, paradoxically, maximizes social inequality and environmental degradation. Organizations are the main agents of capitalism, so that companies\' strategies interfere with socio-environmental and economic development. In this context, the shared value creation (SVC) approach seems to have the potential to minimize this development paradox by considering the generation of socio-environmental value as the organization\'s core business. However, there is overlap of this concept with the concept of social business. Thus, this study seeks to understand how the SVC strategy is integrated into social business, in order to identify how the SVC and social business can contribute to the balance of economic, social and environmental development. In order to achieve this goal, an exploratory and descriptive study was carried out using a multiple case study method with two social businesses that work in the field of popular health clinics. The in-depth interview, the questionnaire and the direct observation were used. The data collected were compared, seeking to find common patterns and conflicting aspects in each case. Content analysis was privileged as study technique. The cases were classified and compared in a social business continuum, which varies from market logic to social logic. As a result, it was verified that the social businesses studied create shared value, despite the conceptual limitation of the interviewees. It was noted that the social business continuum is not sufficient to delimit a social business, so that any organization, regardless of the model, can be classified between social and market logic. In addition, nineteen essential and peripheral factors were identified for the SVC in social businesses, so that eight are essential and eleven peripherals. The conclusions indicate that SVC and social businesses have similar purposes, but differ in their conception. It was observed that the SVC, as well as social business, can contribute to the balance of the development paradox, but they are not enough to eliminate it. The resolution of this paradox depends on paradigm shifts that go beyond these strategies.

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